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Fecho dos mercados: Stoxx 600 em máximos de julho de 2015. Ouro com maior queda em dois meses

As bolsas europeias continuam em alta, alargando o máximo conseguido na sessão anterior. Já o ouro regista a sua maior queda em dois meses.

Reuters
05 de Novembro de 2019 às 17:16
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Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,6% para 5.234,42 pontos
Stoxx 600 valorizou 0,2% para os 404,23 pontos
S&P 500 desvaloriza 0,1% para os 3.075,09 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos somam 1,5 pontos base para os 0,245%
Euro desce 0,52% para os 1,107 dólares
Petróleo em Londres ganha 1,19% para 62,87 dólares por barril

Bolsas europeias atingem máximos de julho de 2015
O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, subiu 0,2% para os 404,23 pontos esta terça-feira, 5 de novembro, atingindo máximos de julho de 2015, acima dos máximos de agosto desse mesmo ano que tinha alcançado na sessão de ontem.

O otimismo na frente comercial continua a beneficiar os ativos com mais risco, como é o caso das ações, em detrimento de outros ativos. Hoje surgiu a notícia de que a China quer que os EUA deixem cair tarifas que estão em vigor de forma a assinar um acordo comercial parcial. De Washington há sinais de alguma cedência a essa exigência, ainda que não na mesma dimensão. 

Na Europa, a sessão foi também marcada por resultados do terceiro trimestre menos positivos face à semana anterior. Cotadas como a Pandora, a Telefónica e a Siemens Gamesa anunciaram números aquém do esperado. 

Em Lisboa, o PSI-20 subiu 0,6% para 5.234,42 pontos, renovando máximos de julho. 10 cotadas fecharam em alta, sete em queda e uma inalterada. O destaque foi para os CTT que subiram quase 7%.

Juros alemães em máximos de julho
Com o apetite por risco a aumentar, os juros associados às obrigações soberanas na Europa estão a subir pela terceira sessão consecutiva. Os juros portugueses a dez anos estão a agravar-se em 1,5 pontos base para os 0,245%. 

Com uma subida mais expressiva estão os juros das obrigações alemães a dez anos que avançam 4,1 pontos base para os -0,311%, um máximo de 18 de julho. 


Euro com maior queda em um mês
As últimas sessões tinham sido de recuperação para o euro. Mas a tendência inverteu e o euro está a desvalorizar 0,52% para os 1,107 dólares, a maior queda em um mês. Já o dólar está a subir após várias sessões em baixa.


De manhã o destaque tinha sido o yuan. A moeda chinesa atingiu máximos de agosto com a cotação a situar-se abaixo de 7 yuans por dólar pela primeira vez em três meses.

Petróleo sobe mais de 1% com otimismo comercial
A cotação do barril está a subir mais de 1% tanto em Londres como em Nova Iorque, beneficiando das perspetivas de acordo entre os EUA e a China na frente comercial e a expectativa de que sejam retiradas algumas tarifas. Esta é a terceira sessão consecutiva em que o petróleo está a valorizar, colocando a cotação em máximos de seis semanas.

O efeito do otimismo comercial está a sobrepor-se, nesta sessão, ao aumento das reservas de crude nos EUA. Uma sondagem da Bloomberg aponta para aumentos de dois milhões de barris para um máximo de agosto. Além disso, dados oficiais do departamento do Comércio mostram que os EUA registaram pela primeira vez um excedente comercial de petróleo numa altura em que a produção bateu recordes. 

Na sessão de hoje, o WTI, negociado em Nova Iorque, valoriza 1,2% para os 57,21 dólares por barril, ao passo que o Brent, que é transacionado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, sobe 1,19% para 62,87 dólares.

Ouro cede mais de 1% e negoceia abaixo dos 1.500 dólares
O ouro está a desvalorizar 1,83% para os 1.482,26 dólares por onça numa sessão em que os investidores continuam a revelar maior apetite por risco, afastando-se de ativos de refúgio. O metal precioso regista a sua maior queda em dois meses. 

Nas últimas três semanas, o ouro registou um saldo semanal positivo. O metal precioso tinha caído mais de 3% em setembro, mas recuperou grande parte dessa perda em outubro, mês em que a Reserva Federal norte-americana decidiu descer os juros diretores. Em novembro, para já, a tendência é de queda.

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