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Fecho dos mercados: Spread face à dívida italiana em mínimos de 2009 e euro em mínimos de Dezembro
A política italiana agita os mercados esta quarta-feira, com os juros da dívida italiana a subirem e a moeda única europeia a rumar no sentido inverso. As bolsas europeias, contudo, fecharam a sua maioria no verde.
Os mercados em números
PSI-20 caiu 0,07% para 5.695,67 pontos
Stoxx 600 apreciou 0,21% para 393,21 pontos
S&P 500 valoriza 0,26% para 2718,51 pontos
"Yield 10 anos de Portugal apreciou 6,6 pontos base para os 1,807%.
Euro recua 0,42% para os 1,1788 dólares
Petróleo desvaloriza 0,46% para os 78,07 dólares por barril
Europa no verde. PSI-20 cede o palco
As principais praças europeias viram uma tendência positiva. O Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, apreciou 0,21% para 393,21 pontos. As cotadas do sector das matérias-primas puxaram pelos resultados positivos com uma valorização de 2,79%. Também o sector químico se destacou no verde com ganhos de 1,04%.
Já o PSI-20 caiu 0,07% para 5.695,67 pontos, sendo esta a primeira queda em nove sessões. A pressionar estiveram os CTT, que afundaram 9,69% no dia em que os títulos descontam o dividendo que a empresa vai distribuir aos accionistas.
Itália põe spread da dívida portuguesa em mínimos de 2009
A "yield" da dívida nacional a 10 anos subiu 6,6 pontos base para 1,807%. No sentido oposto rumou a dívida alemã, que caiu 3,9 pontos base para 0,606%, colocando o prémio da dívida portuguesa face à alemã nos 120,1 pontos base. Já as subidas expressivas dos juros de Itália, que estão a apreciar-se na ordem dos 16,1 pontos base, levam o spread da dívida portuguesa face à italiana a mínimos de 2009.
Euribor só cai a seis meses
As taxas Euribor mantiveram-se a três, nove e 12 meses e desceram a seis meses face a terça-feira. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez em 6 de Novembro de 2015, desceu hoje ao ser fixada em -0,272%, menos 0,001 pontos e contra o actual mínimo de sempre, de -0,279%, registado pela primeira vez em 31 de Janeiro de 2018.
Euro em mínimos de Dezembro
A moeda única europeia confirma a tendência negativa que mantém há três sessões consecutivas. Cai 0,42% para os 1,1788 dólares. A intenção manifestada esta quarta-feira pelos candidatos à formação do governo italiano, 5 Estrelas e Liga, de cancelar 250 mil milhões de euros de dívida italiana detida pelo Banco Central Europeu está a causar preocupação nos mercados. Já o dólar mantém a nota positiva à boleia dos títulos do Tesouro americanos, que continuam a subir.
Petróleo alivia de máximos
O "ouro negro" inverteu dos ganhos das últimas duas sessões. O barril de Brent desvaloriza 0,46% para os 78,07 dólares, mas chegou a cair acima de 1% para os 77,61 dólares. Esta quebra acontece apesar de hoje a Administração de Informação em Energia (sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia) ter anunciado uma queda das reservas de crude pela segunda semana consecutiva.
Ouro reforça mínimos de Dezembro
O ouro reforça as perdas, caindo pela quarta sessão consecutiva. O metal amarelo está a cotar nos 1.290,17 dólares por onça, uma descida de 0,03%, isto depois de na última sessão contar a maior perda desde Dezembro de 2016. O metal precioso é afectado pela subida dos juros nas obrigações a 10 anos dos EUA, que estão em máximos de 2011, pelo dólar forte e pelos aumentos esperados nas taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana.