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Fecho dos mercados: Powell anima bolsas europeias. Libra cai para mínimo de mais de 10 meses

As bolsas internacionais posicionam-se em terreno positivo impulsionadas pelo discurso de Powell e pelos resultados das empresas americanas, que reforçam a confiança na maior economia do mundo. Já no Reino Unido sentimento é oposto e atira a libra para mínimos.

Bloomberg
18 de Julho de 2018 às 17:31
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,26% para os 5.623,32 pontos

Stoxx 600 ganhou 0,54% para os 387,04 pontos

S&P 500 valoriza 0,15% para os 2.813,89 pontos 

Juros da dívida portuguesa a dez anos subiram 2,6 pontos base para 1,765%

Euro recua 0,13% para 1,1646 dólares

Petróleo em Londres recua 0,03% para os 72,14 dólares o barril


Europa aproveita impulso dos EUA

O Stoxx 600 registou um avanço de 0,54% para os 387,04 pontos. A força da Europa tem origem nos EUA, mais precisamente nas palavras do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, que antevê um longo período de baixa inflação e de robustez no mercado de trabalho. As empresas americanas também têm animado os investidores e sinalizado a força da maior economia do mundo. O banco Morgan Stanley, que apresentou os resultados esta quarta-feira, superou as estimativas dos analistas.  

Lisboa fechou em contramão com a Europa, com o sector da energia a puxar o principal índice para terreno negativo. O PSI-20 caiu 0,26% para os 5.623,32 pontos, pressionada por EDP, a respectiva subsidiária das renováveis e pela Galp.

Juros da dívida agravam em dia de emissão

As obrigações nacionais a dez anos avançaram 2,6 pontos base para os 1,765%. Isto, no dia em que Portugal conseguiu financiar-se mais uma vez a taxas negativas na emissão de dívida a curto-prazo, de seis e doze meses. Os juros foram contudo menos negativos que aqueles conseguidos no último leilão comparável, a 20 de Junho, no qual emitiu a dívida a 12 meses com uma taxa negativa de 0,290%, contra a de 0,28% do leilão desta quarta-feira.  a emissão de títulos a seis meses (maturidade em 18 de Janeiro de 2019) a taxa ficou em -0,339%, o que compara com -0,351% no leilão realizado em Maio.

Na Alemanha, a taxa das bunds caiu 0,4 pontos base para os 0,342%, colocando o prémio da dívida portuguesa face à alemã nos 142,3 pontos base.

Euribor a três meses inalterada em máximo de mais de um ano há 14 sessões

As taxas Euribor mantiveram-se a três, seis, nove e 12 meses em relação a terça-feira.                                                                           

A Euribor a três meses manteve-se hoje pela décima quarta sessão consecutiva em -0,321%, um máximo desde Abril do ano passado. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação voltou hoje pela terceira sessão consecutiva a ser fixada em -0,269%. A nove meses, a Euribor manteve-se pela terceira sessão consecutiva em -0,216%. Já no prazo de 12 meses, a taxa Euribor voltou hoje a ser fixada pela sexta sessão consecutiva em -0,179. 

Dólar dispara à boleia de Powell, libra em mínimo de 10 meses

A moeda única europeia está a desvalorizar 0,13% face ao dólar, mas já chegou a cair mais de 0,5% em direcção aos 1,1602 dólares. A justificar a trajectória descendente do euro está a pujança da nota verde, que beneficia do discurso do presidente da Fed, Jerome Powell, no qual este garantiu que continuaria a aumentar as taxas de juro "por agora".

Em contraste, a moeda britânica cede perante uma inflação abaixo das expectativas, que levanta dúvidas acerca da possibilidade do Banco de Inglaterra aumentar as taxas de juro já no próximo mês de Agosto. A libra desvaloriza agora 0,51% para os 1,3048 dólares, mas já esteve a cair 0,80% para os 1,3010 dólares, um mínimo de mais de 10 meses.

Reservas dos EUA pesam nos preços do petróleo

O barril de Brent, referência na Europa, desce agora apenas 0,03% para os 72,14 dólares. A matéria-prima já chegou contudo a descer aos 71,19 dólares durante a sessão, um mínimo de 17 de Abril. A pressão sobre os preços do barril londrino vem do outro lado do oceano Atlântico, depois de se ter registado o maior aumento nas reservas norte-americanas desde o último mês de Abril.

Urânio pode ser a próxima vítima de tarifas dos EUA

O departamento do comércio norte-americano anunciou esta quarta-feira que vai iniciar uma investigação sobre o urânio. O Governo da maior economia do mundo quer avaliar os riscos para a segurança nacional que podem estar associados a esta matéria-prima. O escrutínio vai debruçar-se sobre todo o sector, desde a indústria mineira ao consumo industrial. As conclusões poderão ditar tarifas e adensar as tensões comerciais entre os EUA e os respectivos parceiros.

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