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Fecho dos mercados: Petróleo afunda mais de 6%. Bolsas resistem com tecnológicas a recuperar

As principais praças europeias negociaram sem tendência clara. O Stoxx 600 valorizou perto de 0,5%, apesar de fortemente pressionado pelo sector petrolífero numa altura em que o preço do crude cai mais de 6%. A contribuir para os ganhos estiveram as tecnológicas.

Reuters
23 de Novembro de 2018 às 17:29
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,38% para 4.800,59 pontos

Stoxx600 somou 0,40% para 353,98 pontos

S&P 500 perde 0,48% para 2.637,09 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal cede 0,7 pontos base para 1,942%

Euro deprecia 0,61% para 1,1334 dólares

Petróleo cai 6,10% para 58,78 dólares por barril

  

Sector petrolífero europeu impede maior subida do Stoxx 600

As bolsas europeias negociaram sem tendência definida na sessão desta sexta-feira, 23 de Novembro, dia em que o Stoxx 600 regressou aos ganhos (0,40% para 353,98 pontos) apoiado pela subida das tecnológicas, que recuperaram parte das fortes quedas registadas nas últimas semanas.

 

Contudo, índice de referência europeu não registou uma maior valorização por ter sido travado pela queda acentuada do sector das matérias-primeiras, em especial do sector petrolífero que recuou para mínimos de Abril.

 

Já o PSI-20 recuou pela segunda sessão (-0,38% para 4.800,59 pontos), penalizado pela desvalorização da Galp Energia (-2,01% para os 14,40 euros), com a petrolífera a ser arrastada pela forte queda do preço do crude.  

 

Juros em queda com eventual saída de eurocéptico

Os juros das dívidas públicas na área do euro voltaram a aliviar na última sessão da semana, com destaque para a "yield" associada aos títulos soberanos de Itália que recuou pelo terceiro dia para tocar no valor mais baixo desde 8 de Novembro.

 

A taxa de juro a 10 anos está agora a cair 4,4 pontos base para 3,41%, isto depois das notícias que apontam para a possibilidade de demissão do ministro italiano dos Assuntos Europeus, Paolo Savona, que está aparentemente insatisfeito com o desafio do governo transalpino às regras europeias.

 

Com uma descida bem menos expressiva negociaram os juros correspondentes às obrigações portuguesas a 10 anos que cedem 0,7 pontos base para 1,942%, após também terem tocado no valor mais baixo desde o passado dia 8. Nota ainda para a "yield" associada às "bunds" germânicas a 10 anos que recua 3,1 pontos base para 0,338%, isto após ter negociado em mínimos de 3 de Setembro.

 

A perspectiva de serem ratificados os documentos relativos ao acordo de saída e sobre a relação futura entre o Reino Unido e a União Europeia contribui para reforçar a confiança na Zona Euro.

 

Taxas Euribor ainda estáveis, só a 12 meses é que subiram

As taxas Euribor, indexantes utilizados nos empréstimos à habitação e ao consumo, voltaram a manter-se nos mesmos níveis da última sessão, excepção feita ao prazo a 12 meses que subiu para -0,147%. A três meses permaneceu em -0,316%, a seis meses, que é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, manteve-se em -0,257%, e a nove meses voltou a fixar-se em -0,196%.

Euro em mínimo de 16 de Novembro

A moeda única europeia recuou nos mercados cambiais face a duas das principais divisas mundiais, tendo depreciado para mínimos de 16 de Novembro tanto contra o dólar como contra o euro. O euro perde 0,61% para 1,1334 dólares.

 

Estudos sobre a confiança de gestores de compras na Alemanha e na Zona Euro apresentaram resultados aquém das expectativas, o que adensou a apreensão dos investidores quanto ao projectado arrefecimento económico para 2019, o que acabou por influenciar negativamente o euro que se encaminha para registar a pior semana do último mês.

 

Por sua vez, a libra continua em alta apoiada pelo acordo político obtido entre Londres e Bruxelas sobre a relação futura entre os dois blocos económicos. No entanto, a divisa britânica moderou os ganhos devido à ameaça de Espanha vetar, na cimeira europeia deste domingo, o acordo sobre a saída e relação futura devido à questão de Gibraltar.

 

Petróleo em mínimos de 13 meses em Londres

O preço do petróleo apresenta quedas superiores a 6% em Londres e em Nova Iorque. Na capital inglesa, o Brent do Mar do Norte, utilizado como valor de referência para as importações nacionais, perde 6,10% para 58,78 dólares por barril, estando a transaccionar abaixo da barreira dos 60 dólares pela primeira vez desde Outubro de 2017.

 

Também o West Texas Intermediate (WTI) recua 6,61% para 51,02 dólares, com o crude negociado em Nova Iorque também em mínimos de 13 meses.

 

Numa conjuntura de desaceleração da economia global, que deverá levar a uma diminuição da procura pela matéria-prima, os níveis da oferta não parecem estar a adaptar-se a tal perspectiva, o que contribuiu para pressionar em baixa o preço do crude.

 

Por outro lado, a reforçar a pressão sobre o petróleo nos mercados internacionais está o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que insiste em pressionar a organização dos países exportadores de petróleo (OPEP) no sentido de manter os preços baixos.

 

Ouro cai pelo segundo dia

O metal precioso está em queda pela segunda sessão seguida, estando nesta altura a cair 0,41% para 1.223,55 dólares por onça.

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