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Fecho dos mercados: "Papão" da contração volta a assombrar Europa. Bolsas caem, juros afundam e ouro sobe

Os fracos dados do PMI pressionaram a negociação bolsista na Europa, com o Stoxx 600 a terminar o dia no "vermelho". A Saudi Aramco, que recuperou cerca de 75% da produção após os ataques, está a provocar uma nova queda do preço do petróleo.

Reuters
23 de Setembro de 2019 às 17:17
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,86% para 4.973,43 pontos

Stoxx 600 perdeu 0,80% para 389,80 pontos

S&P500 cai 0,07% para 2.994,20 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 7,3 pontos base para 0,166%

Euro recua 0,25% para 1,098 dólares

Petróleo em Londres caiu 0,09% para 64,22 dólares o barril

 

PMI fraco assusta investidores e pressiona bolsas

Os fracos dados do índice PMI – que mede a prestação da atividade industrial e dos serviços – pressionaram os mercados europeus. O Stoxx 600, índice que reúne as 600 maiores cotadas da região, perdeu 0,80% para 389,80 pontos.

Os dados do PMI mostraram que o setor privado na Alemanha contraiu pela primeira vez em quase sete anos, o que renovou os receios de uma recessão na maior economia da Zona Euro.

A pressionar as bolsas esteve também o pedido de falência da transportadora aérea britânica Thomas Cook, que está a aumentar a especulação de que um cenário idêntico de espalhe por outras empresas dentro e fora do mesmo setor.

As negociações comerciais entre os EUA e China continuam em foco. Desta vez, a reunião entre ambos os países terminou mais cedo do que se esperava o que preocupou os investidores, uma vez que pode significar que as relações entre os dois países se estão a deteriorar. Novas negociações estão  marcadas para o início de outubro.

Por cá, o índice PSI-20 fechou o dia a cair 0,86% para os 4.973,43 pontos. O destaque vai para o BCP que liderou as quedas entre as principais cotadas da bolsa nacional. O banco liderado por Miguel Maya desvalorizou 4,09% para os 0,189 euros por ação, acompanhando o cenário de quedas no setor da banca na Europa, que perdeu 2,12%.  

 

Juros afundam com receios de contração da economia

Os dados económicos divulgados esta segunda-feira estão a elevar os receios de uma recessão económica, o que está a levar os investidores a tentarem proteger-se. E é este contexto que está a fazer com que os juros associados às dívidas soberanas europeias estejam a registar quedas acentuadas. Assim, a taxa de juro implícita na dívida portuguesa a 10 anos recuou 7,3 pontos base para 0,166%. Já a taxa alemã 5,8 pontos para -0,583%, num dia marcado por quedas acentuadas na generalidade dos países.

 

Euro perde face ao dólar após PMI
O euro depreciou 0,25% para 1,098 dólares, pressionado pelos dados do PMI fracos. O PMI da Zona Euro caiu para 50,4 pontos em setembro, de 51,9 em agosto, aproximando-se da marca dos 50 pontos, fasquia que separa um cenário de contração de uma expansão. 

"O PMI da Zona Euro reduziu a esperança de que o pior já passou e apoia aqueles que pediam ações mais ousadas do BCE", disse Marc Chandler, analista do Bannockburn Global Forex, numa nota divulgada pela Reuters.

 

Brent cai para 64 dólares por barril
O petróleo caiu para a marca dos 64 dólares por barril nesta segunda-feira, pressionado pela perspetiva de um restauro mais rápido do que o esperado da produção de petróleo da Arábia Saudita. Hoje, a Reuters avançou que a Saudi Aramco repôs 75% da produção de petróleo. As duas plataformas atingidas, a Khurais e a Abqaiq, estão agora a produzir 4,3 milhões de barris por dia. Antes dos ataques, produziam 5,7 milhões. 

O Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, desvalorizou 0,09% para 64,22 dólares o barril.

 

Ouro sobe com aumento de instabilidade 
O ouro - considerado um ativo de refúgio para os investidores em tempos de maior turbulência externa - valoriza 0,4% para os 1.523,05 dólares por onça. O metal precioso teve o maior ganho em quase três semanas, devido à contração do setor privado na Alemanha e do índice PMI na Zona Euro que está a renovar preocupações com a saúde da economia global. 

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