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Fecho dos mercados: Libra quebra após as eleições no Reino Unido. Mas as bolsas aceleraram
As bolsas regressaram aos ganhos após as eleições no Reino Unido. Em Londres, as exportadoras e as mineiras levaram o FTSE 100 a subir mais de 1%. Nos EUA, o S&P 500 renovou máximos históricos. Já a libra não resistiu e esteve a perder mais de 2%.
Os mercados em números
PSI-20 valorizou 1,12% para 5.298,94 pontos
Stoxx 600 ganhou 0,32% para 390,39 pontos
S&P 500 avança 0,36% para 2.442,57 pontos
Juros da dívida a dez anos desceram de 0,7 pontos base para 3,017%
Euro cai 0,18% para 1,1195 dólares
Brent sobe 1,09% para 48,38 dólares
Bolsas sobem após eleições britânicas
Os investidores em acções não aparentaram mostrar muita preocupação com os resultados das eleições britânicas. O índice europeu Stoxx 600 subiu 0,32%, interrompendo uma sequências de quatro descidas. E o próprio índice de referência da bolsa londrina valorizou 1,04%, beneficiado pelo efeito positivo da descida da libra nas exportadoras e pela recuperação das cotadas do sector mineiro. Nos EUA, o S&P 500 atingiu novos máximos históricos. Sobe 0,36% para 2.442,57 pontos.
"Apesar de um parlamento ‘pendurado’ não ser o desfecho específico que muitos esperavam, o preço dos activos no Reino Unido e a nível global, já desconta um período extenso de incerteza política. De forma simples, enfrentar um período de incerteza política não é nada de novo", disse, citado pela Reuters, Paras Anand, responsável de investimento em acções europeias da Fidelity International.
No PSI-20 os ganhos ficaram acima dos registados nas principais praças europeias. O índice avançou 1,12%, puxado pela subida de 4,59% do BCP para 0,2348 euros. O banco beneficiou de uma nota positiva do Deutsche Bank. A dar energia à bolsa nacional estiveram ainda a Galp e a EDP com subidas acima de 1%.
Juros estáveis após anúncio de leilão
A taxa das obrigações portuguesas ficou pouco alterada no dia em que a agência que gere o crédito público anunciou um leilão de Obrigações do Tesouro a cinco e a dez anos para a próxima quarta-feira. A "yield" teve uma descida ligeira de 0,7 pontos base para 3,017%.
Em Espanha e Itália, as descidas foram de maior dimensão. A "yield" espanhola a dez anos baixou 3,2 pontos base para 1,444%, enquanto a taxa italiana afundou 9,1 pontos base para 2,087%. Já a taxa alemã subiu 0,8 pontos base para 0,264% o que permitiu que o prémio de risco da dívida portuguesa caísse para 275 pontos base.
Euribor com novos mínimos a seis e a 12 meses
As taxas Euribor atingiram novos mínimos históricos nos prazos a seis e a 12 meses, após a reunião desta quinta-feira do BCE. A taxa a seis meses baixou esta sexta-feira de -0,260% para -0,264%, atingindo um novo mínimo histórico. O indexante a 12 meses desceu de -0,134% para -0,140, um novo recorde negativo. Já a taxa a três meses baixou 0,1 pontos base para -0,331% segundo dados da Bloomberg.
Parlamento dividido quebra a libra
A libra ressentiu-se com os resultados das eleições britânicas. A divisa perde 1,71% face à nota verde para 1,2735 dólares. Já esteve a descer 2,47% durante a sessão, o nível mais baixo em dois meses. Os conservadores perderam a maioria absoluta numa altura em que procuravam um mandato mais forte para negociarem os termos da saída da União Europeia. Um cenário que cria uma maior incerteza política e que, refere o RBC Capital Markets numa nota, levará a que "pelo menos inicialmente as perspectivas económicas acabem por sofrer". Já a Pionner Investments refere, numa nota, que "com um governo menos estável, a caminho em direcção a um Brexit suave é menos claro, com possíveis implicações negativas para a libra".
Petróleo recupera, mas encaminha-se para a terceira queda semanal
Os preços do petróleo recuperam das quedas das últimas sessões. O Brent valoriza 1,09% para 48,38 dólares. E o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, sobe 0,92% para 46,06 dólares. Apesar desta recuperação, o Brent leva uma queda de mais de 3% desde o início da semana, com o mercado a adoptar uma perspectiva mais céptica em relação à eficácia dos cortes de produção da OPEP e de outros produtores.
Paládio em máximos de 16 anos
A pouca oferta de paládio, metal utilizado pela indústria automóvel para reduzir as emissões de gases poluentes, levou a matéria-prima a atingir o valor mais elevado em 16 anos. O preço sobe 3,47% esta sexta-feira para 890,38 dólares por onça.
(Notícia corrigida às 19:04 com valores da Euribor a três meses)