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Fecho dos mercados: Juros descem, libra sofre e bolsas no vermelho

Os investidores aguardam um discurso de Theresa May sobre o Brexit, o que afundou a libra. As bolsas caíram no início de uma semana que promete ser preenchida.

Reuters
16 de Janeiro de 2017 às 17:37
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Os mercados em números:

PSI-20 desceu 0,84% para 4.576,53 pontos

Stoxx 600 perdeu 0,81% para 362,97 pontos

S&P 500 esteve encerrado

"Yield" a 10 anos de Portugal caiu 5,3 pontos base para 3,853%

Euro desce 0,37% para 1,0604 dólares

Petróleo cai 0,11% para 55,39 dólares por barril, em Londres

Bolsas descem em semana intensa nos mercados

As bolsas europeias regressaram às quedas, com o Stoxx 600 a perder 0,81%. As descidas estenderam-se praticamente a todos os sectores. Apenas o índice das cotadas da indústria mineira terminou o dia no verde. De resto, o vermelho foi a cor dominante para os demais 18 índices sectoriais do Stoxx 600. Já as seguradoras, a banca e o sector automóvel tiveram as maiores descidas da sessão, com perdas de entre 1,37% e 1,51%. As quedas ocorrem no início de uma semana que promete ser preenchida, apesar de ter sido marcada pela ausência de negociação nos EUA esta segunda-feira devido ao feriado de dia de Martin Luther King.

Os investidores aguardam um discurso de Theresa May sobre o Brexit ainda esta semana. Na quinta-feira está agendada uma reunião do BCE e na sexta-feira Donald Trump toma posse como presidente dos EUA. No caso do sector automóvel, houve novos comentários do presidente eleito que levaram a uma travagem das acções do sector.

A bolsa nacional não escapou ao pessimismo. O PSI-20 perdeu 0,84%, pressionado pelo BCP e pela Galp. As acções do banco cederam 7,58%, no último dia em que negociaram com, os direitos de subscrição incorporados. Já a Galp perdeu 1,59%. Apenas quatro cotadas evitaram as descidas. A Altri avançou 2,31%. Já os CTT e a Jerónimo Martins valorizaram 0,11% e 0,09%, enquanto os títulos da Pharol ficaram inalterados.

Juros portugueses com a maior descida

A taxa portuguesa a dez anos desceu mais que as de outros países esta segunda-feira. A "yield" baixou 5,3 pontos base para 3,853%, o valor mais baixo desde 2 de Janeiro. A queda ocorre depois de na passada sexta-feira a Moody’s não ter utilizado a data em que poderia pronunciar-se sobre o "rating" de Portugal. Além disso, na passada quarta-feira, o Estado fez a primeira operação de financiamento do ano. Apesar da taxa da operação ter ficado acima de 4,2%, essa emissão a dez anos garantiu cerca de 20% do montante de financiamento em obrigações previsto para este ano. Desde essa operação que os juros descem.

Em Espanha, a taxa teve uma descida muito ligeira de 0,1 pontos base para 1,429%. Já a "yield" italiana ressentiu-se do corte de "rating" decidido pela DBRS na passada sexta-feira. A taxa a dez anos aumentou 1,7 pontos base para 1,912. Por seu lado, a taxa alemã caiu 1,5 pontos base para 0,323%.

Euribor com novos mínimos

As taxas Euribor voltaram a fixar novos mínimos esta segunda-feira. O indexante a três meses baixou 0,1 pontos base para -0,328%, um novo mínimo histórico, segundo dados da agência Lusa. Também a Euribor a seis meses teve um novo recorde negativo, ao descer 0,2 pontos base para -0,238%, o sexto mínimo histórico consecutivo. A taxa a 12 meses também estabeleceu um novo mínimo. Caiu 0,1 pontos base para -0,095%.

Brexit pesa sobre a libra

A libra voltou a estar sob pressão face à divisa americana, na véspera do dia em que Theresa May deverá fazer um discurso sobre o processo de saída do Reino Unido da União Europeia. A moeda britânica cede 1,07% para 1,2052 dólares, negociando no valor mais baixo desde Outubro. Isto depois do "Sunday Times" ter noticiado que a primeira-ministra britânica irá neste discurso sinalizar que o Reino Unido pondera sair do mercado único europeu para reconquistar o controlo das suas fronteiras.

Petróleo desce após estimativas da Arábia Saudita

Depois de terem perdido quase 3% na semana passada, os preços do petróleo voltaram a cair. A cotação do West Texas Intermediate cai 0,27% para 52,23 dólares, enquanto o Brent, negociado em Londres, desliza 0,11% para 55,39 dólares. Esta tendência de descida recente surge numa altura em que a Arábia Saudita defende que basta manter os cortes de produção até Junho para reequilibrar o mercado. No entanto, alguns analistas consideram que isso seria ficar a meio caminho do reequilíbrio, ou seja, não seria suficiente para resolver o problema de excesso de oferta.

Ouro em máximo de sete semanas

O ouro valoriza pela sexta sessão, capitalizando com os receios em torno do processo de saída do Reino Unido da União Europeia. O preço da onça de "troy" subiu 0,45% para 1.202,78 dólares, o valor mais alto das últimas sete semanas. Um relatório da Kotak Commodity Services, citado pela Bloomberg, explicava as subidas do ouro com "a fraqueza nos mercados accionistas e a incerteza sobre o Brexit e as políticas económicas nos EUA".

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