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Fecho dos mercados: Juros descem após saída do PDE, Merkel dá força ao euro e bolsas com dia morno
As bolsas europeias não tiveram tendência definida, oscilando entre perdas e ganhos ligeiros. No mercado de dívida, a taxa portuguesa desce. No cambial, os comentários de Merkel deram força à moeda única.
Os mercados em números
PSI-20 com ganho ligeiro de 0,02% para 5.178,02 pontos
Stoxx 600 desceu 0,09% para 391,14 pontos
S&P 500 avança 0,35% para 2.38,99 pontos
Juros da dívida a dez anos descem 3,1 pontos para 3,152%
Euro ganha 0,24% para 1,1233 dólares
Brent avança 0,52% para 53,89 dólares por barril
Bolsas estáveis após pior semana do ano
Depois do pior desempenho semanal do ano, com uma queda de mais de 1%, o Stoxx 600 teve uma sessão com poucas oscilações. O índice europeu teve uma queda ligeira de 0,09%, numa sessão morna. As telecomunicações e o imobiliário foram os sectores em destaque, com os respectivos índices a avançarem mais de 1%. Já a banca e as tecnológicas impediram uma sessão positiva, com quedas de 0,73% e 0,68%.
A pressionar o índice europeu da banca estiveram as entidades financeiras espanholas. O Popular cedeu 3,20%, pressionado pelos problemas de capital, enquanto o Santander e o Bankinter desceram mais de 2%. O BCP também saiu penalizado, ao descer 0,61% para 0,213 euros. Ainda assim, o PSI-20 conseguiu encerrar a sessão com um ganho muito ligeiro de 0,02%, com a subida de 1,65% da EDP a compensar as descidas não só do BCP, mas também dos CTT, da EDP Renováveis e da Nos.
Risco da dívida nacional em mínimo de um ano
No dia em que a Comissão Europeia recomendou a saída de Portugal do Procedimento dos Défices Excessivos (PDE) as taxas das obrigações portuguesas desceram. Apesar de durante a manhã terem estado a subir 2,3 pontos base para 3,206%, a "yield" desce no final da tarde 3,1 pontos base para 3,152%, o valor mais baixo desde Outubro. Esse alívio permitiu que o prémio de risco face à dívida alemã caísse para 275 pontos base, o valor mais baixo em um ano.
Euribor sobe a três meses
As Euribor subiram a três meses e mantiveram-se nos prazos a seis e 12 meses. Na maturidade mais curta, o indexante baixou 0,2 pontos base para 0,329%, aliviando de mínimos históricos, segundo dados da agência Lusa. Já a taxa a seis meses manteve-se em -0,251%, actual mínimo. Também a taxa a 12 meses continua inalterada, permanecendo no mínimo histórico de -0,129%.
Merkel leva euro a máximo de seis meses
A moeda única negoceia em máximos de mais de seis meses face ao dólar, depois de a chanceler Angela Merkel ter dito que o euro fraco é um dos responsáveis pelo excedente comercial da Alemanha e de os ministros das Finanças do eixo franco-alemão se terem comprometido em aprofundar a integração da Zona Euro. O euro ganha 0,24% para 1,1233 dólares.
Confiança de Riade puxa pelo petróleo
O ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, indicou este fim-de-semana que todos os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) mostraram disponibilidade para prolongar os cortes de produção por mais nove meses. Essa indicação levou a uma subida dos preços. O Brent valorizou 0,52% para 53,89 dólares, enquanto o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, avança 0,68% para 50,67 dólares. A OPEP tem uma reunião agendada para esta quinta-feira, em que poderá anunciar uma decisão sobre o prazo dos cortes de produção.
Ouro continua a valorizar
O ouro valoriza pela segunda sessão. A onça de "troy" ganha 0,37% para 1.260,56 dólares, beneficiando da fraqueza do dólar e dos comentários de alguns responsáveis da Reserva Federal dos EUA a indicar que o ritmo de subida das taxas de juro poderá ser mais lento. Desde o início do ano, o ouro avança 9,86%.