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Fecho dos mercados: Juros abaixo de 4%, petróleo cai a pique e bolsas fraquejam

A bolsa de Londres contrariou as descidas nas acções europeias e renovou máximos, ajudado pela queda da libra. Os juros da dívida portuguesa corrigiram e voltaram a negociar abaixo da fasquia de 4%.

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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,55% para 4.677,02 pontos

Stoxx 600 caiu 0,49% para 363,67 pontos

S&P 500 cede 0,18% para 2.272,97 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal caiu 7,5 pontos base para 3,976%

Euro avança 0,37% para 1,0571 dólares

Petróleo desce 2,94% para 55,42 dólares por barril, em Londres

Londres em máximos contraria quedas na Europa

As bolsas europeias arrancaram a semana a desvalorizar, com os principais índices da região a negociarem com descidas inferiores a 0,5%. O europeu Stoxx 600 terminou a ceder 0,49%, isto apesar dos analistas se mostrarem optimistas para as acções europeias. O Deutsche Bank reviu, no final da semana passada, em alta a sua previsão para o Stoxx 600 este ano, enquanto o Bank of America Merrill Lynch estima uma subida de 7%. Ambos os bancos justificam as suas previsões na perspectiva de aumento dos lucros das cotadas europeias.

Em destaque esta segunda-feira, 9 de Janeiro, esteve, porém, a bolsa britânica. O Footsie, que esteve a valorizar pela décima sessão consecutiva, subiu 0,38%, tendo atingido um novo máximo histórico nos 7.239,26 pontos. Esta subida foi patrocinada pelos ganhos das mineiras, que estiveram a ser suportadas pelos ganhos dos metais nos mercados.

Em Lisboa, o índice PSI-20 caiu 0,55% para 4.677,02 pontos, anulando assim os ganhos registados nos primeiros dias do ano. O índice português, que no último ano registou o pior desempenho entre os mercados accionistas desenvolvidos, desce 0,047% em 2017. A pressionar a negociação esteve a Galp Energia. A petrolífera portuguesa desceu 1,6% para 14,175 euros, numa sessão em que os preços do petróleo seguem a desvalorizar nos mercados internacionais, perante a recuperação da produção do petróleo de xisto nos EUA. Uma nota negativa ainda para o BCP. O banco liderado por Nuno Amado desvaloriza 1,33% para 1,0412 euros.

Juros abaixo da barreira de 4%

Depois de terem encerrado em máximos de quase um ano na última semana, os juros de Portugal estiveram a aliviar esta sessão. A taxa de referência a dez anos baixou 7,5 pontos base para 3,976%, num dia em que Mário Centeno defendeu que a subida dos juros é temporária e se deve a factores externos.

As "yields" nacionais estiveram a acompanhar a correcção na região. Os juros de Itália e Espanha também registaram quedas próximas de sete pontos base, depois de uma semana marcada pelo agravamento das "yields" devido aos receios que a recuperação mais rápida da inflação possa obrigar o Banco Central Europeu (BCE) a reduzir o seu plano de estímulos e a iniciar o ciclo de normalização das taxas de juro na Zona Euro.

Euribor fixa novo mínimo

As taxas Euribor desceram hoje para novos mínimos a três, seis, nove e 12 meses. A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, desceu hoje para -0,322%, um novo mínimo de sempre e menos 0,001 pontos do que na sexta-feira. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez em 06 de Novembro de 2015, foi hoje fixada em -0,230%, novo mínimo histórico e menos 0,001 pontos percentuais do que na sexta-feira.

Libra cai e leva Theresa May a tentar controlar danos

A libra perde valor pela segunda sessão consecutiva face ao dólar. A divisa britânica cede 0,91% para 1,2175 dólares e chegou a negociar, durante a sessão no valor mais baixo desde Outubro (1,2125 dólares). Isto depois de a primeira-ministra britânica ter referido, numa entrevista este fim-de-semana, que não se pode esperar que o Reino Unido mantenha "pedaços" dos seus direitos de membro da União Europeia. Esta segunda-feira, Theresa May tentou contextualizar essas declarações. Defendeu que estavam a ser feitas interpretações "erradas" das suas palavras e que "o que estamos a fazer é a conseguir um acordo [que seja] ambicioso, bom e o melhor possível para o Reino Unido em termos comerciais e operando no mercado único europeu".  

Petróleo afunda com aumento da exploração nos EUA

Os preços do petróleo caíram pela primeira vez em quatro sessões, após terem sido revelados dados que mostraram um aumento da actividade de perfuração nos Estados Unidos para o valor mais alto em um ano. Esse factor provocou fortes quedas na cotação do ouro negro. O preço do barril de Brent desce 2,94% para 55,42 dólares, enquanto o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, quebra 3% para 52,37 dólares. O aumento da actividade nos EUA leva o mercado a questionar se esse factor poderá retirar o suporte dado pelos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo.

Ouro volta a brilhar com riscos geopolíticos

O ouro voltou a valorizar esta segunda-feira, a quarta subida das últimas cinco sessões. O preço da onça de "troy" avança 0,91% para 1.183,28 dólares, impulsionado pelo estatuto de refúgio deste activo. Isto numa altura em que o mercado percepciona maior incerteza sobre o processo de saída do Reino Unido da União Europeia e do que a presidência Trump poderá significar para o comércio global e para as trocas comerciais entre a China e os EUA. 

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