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Grupo japonês oferece 25 milhões por negócio da Inapa em França
A Japan Pulp and Paper (JPP) apresentou uma proposta vinculativa para comprar a Inapa France que pode ainda vir a incluir outras atividades do grupo português que está em processo de insolvência.
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O grupo Japan Pulp and Paper (JPP) apresentou uma proposta vinculativa no valor de 25 milhões de euros para a aquisição de 100% do capital da Inapa France e, indiretamente, para a aquisição da sociedade JJ LOOS, informou esta quarta-feira a Inapa em comunicado emitido à CMVM. Mas a proposta, apresentada a 24 de setembro, poderá vir a incluir outras atividades do grupo português.
"Caso o perímetro de aquisição seja insuficiente para a qualificação para a próxima etapa da potencial transação, a JPP poderá considerar incluir Portugal, o Centro de Serviços Partilhados e marcas no perímetro da transação, sujeito à realização de uma 'due diligence' em termos satisfatórios", lê-se no mesmo documento.
A proposta da JPP contempla o pagamento de um preço fixo de 25 milhões de euros, com base num "enterprise value" de 73,1 milhões.
A Inapa lembra que esta transação está ainda sujeita a determinadas condições para a assinatura e conclusão da operação, nomeadamente "ser a proposta da JPP selecionada no processo de venda de ativos na Alemanha para a fase final de negociações" ou "ser assegurado o uso contínuo da infraestrutura e serviços de IT e das marcas registadas".
Além disso, é necessário ainda a JPP realizar "uma 'due diligence' confirmatória satisfatória", que, de acordo com a proposta, não deverá ter impacto no preço fixo proposto. E para a conclusão do processo é ainda necessário que "não ocorra nenhum efeito material adverso no desempenho do negócio até à conclusão".
A avaliação feita pela JPP é superior à da francesa Next Pack, que ofereceu 20 milhões de euros pela totalidade do capital da Inapa Packaging SAS, subsidiária francesa da insolvente Inapa IPG.
Na sequência desta nova proposta, o administrador da insolvência propôs que fossem acrescentados dois pontos às propostas de deliberação da Assembleia de Credores: um período de 30 dias para negociação exclusiva com a JPP e, após verificadas as condições da proposta, que "seja assinado o contrato definitivo de compra e venda de participações sociais, que poderá ficar sujeito à verificação das autorizações necessárias".
A "holding" Inapa IPG pediu insolvência no passado dia 29 de julho, tendo justificado a decisão com uma "carência pontual de tesouraria" da subsidiária alemã, o que levou a administração então liderada por Frederico Lupi a pedir um empréstimo de curto prazo aos três maiores acionistas: a Parpública com 44,89%, a Nova Expressão, com 10%, e o Novo Banco, que detém 6,55%. No entanto, a empresa que gere as participações do Estado decidiu, com o apoio do Ministério das Finanças, chumbar este financiamento.
Já no início de setembro, a Inapa Portugal apresentou um requerimento para a instauração de um processo especial de revitalização (PER) junto do Juízo de Comércio do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste.
(Notícia atualizada às 9h28)
