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Fecho dos mercados: Desacordo no petróleo arrasta bolsas

As bolsas europeias fecharam a primeira sessão da semana no vermelho, arrastadas pelas quedas das empresas do sector da energia, num momento em que os preços do petróleo mantêm a tendência descendente.

31 de Outubro de 2016 às 17:35
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,52% para 4.651,93 pontos

Stoxx 600 recuou 0,54% para 338,97 pontos

S&P 500 avança 0,22% para 2.131,05 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal cedeu 0,2 pontos base para 3,318%

Euro cede 0,19% para 1,0964 dólares

Petróleo cai 3,18% para 48,13 dólares por barril em Londres



Bolsas europeias arrancam semana no vermelho

As praças europeias iniciaram a semana a desvalorizar, pressionadas pelas quedas das empresas do sector da energia. O índice europeu Stoxx 600 cedeu 0,54%, numa sessão em que as empresas ligadas ao sector do gás e do petróleo lideraram as descidas, arrastadas pela queda das cotações da matéria-prima. Entre os vários índices da região, as perdas oscilaram entre 0,29% (bolsa alemã) e 0,86% (bolsa francesa), isto numa semana em que as atenções dos investidores estarão focadas na reunião de política monetária da Reserva Federal dos EUA. A autoridade monetária norte-americana deverá deixar a sua taxa de referência inalterada, mas abrir a porta para uma subida de juros em Dezembro.

A bolsa portuguesa acompanhou as quedas na Europa. O PSI-20 caiu 0,52%, em mais uma sessão marcada pela queda expressiva do BCP. O banco liderado por Nuno Amado afundou 2,96% para 1,213 euros, naquela que é a sexta sessão de descidas dos títulos e que coincide com o período após o reagrupamento das acções. Uma nota negativa ainda para os CTT. A empresa de correios, que divulgou esta manhã uma quebra de 9% dos lucros até ao final de Setembro, caiu 1,24% para 6,029 euros. A penalizar a negociação esteve ainda a Galp. A petrolífera recuou 1,12% para 12,35 euros, a acompanhar o sentimento negativo que marcou o dia no sector na Europa.

Juros descem pela primeira vez em cinco dias

A taxa de referência da dívida de Portugal esteve a recuar pela primeira vez em cinco dias. O juro implícito da dívida a dez anos baixou esta segunda-feira, 31 de Outubro, 0,2 pontos base para 3,318%, a acompanhar a correcção na Europa. As últimas sessões ficaram marcadas por um agravamento das taxas de juro um pouco por toda a Europa, com os investidores a recearem uma retirada dos estímulos por parte dos bancos centrais. O prémio de risco face à dívida alemã não registou grandes oscilações, situando-se em 315,46 pontos.

Euribor inalteradas

As taxas Euribor mantiveram-se hoje inalteradas a três, seis, nove e a 12 meses, em relação a sexta-feira. A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, manteve-se hoje em -0,313%, face a sexta-feira, e que constitui o actual mínimo de sempre que foi registado pela primeira vez em 19 de Outubro. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez em 6 de Novembro de 2015, manteve-se hoje inalterada em -0,212%. Na quinta-feira, dia 27 de Outubro, a taxa atingiu o actual mínimo de sempre -0,213%.

Euro perde terreno face ao dólar

A moeda única europeia está a ceder terreno face ao dólar, preparando-se para fechar Outubro com o pior balanço mensal desde Maio, à medida que aumenta a expectativa de uma maior divergência entre a política monetária entre os EUA e a Europa. O euro cede 0,19% para 1,0964 dólares, colocando a desvalorização registada desde o início do mês em cerca de 2,5%. Esta descida ocorre num momento em que são cada vez mais os economistas que apostam numa subida de juros nos EUA em Dezembro, o mesmo mês em que o BCE poderá estender o seu programa de compra de activos.

Ausência de acordo acelera quedas do petróleo

Os preços do petróleo seguem a afundar nos mercados internacionais, perante a especulação crescente de que os produtores de petróleo não irão conseguir implementar o acordo para reduzir a produção de crude conseguido no encontro informal da OPEP em Setembro. O Brent, negociado no mercado londrino, lidera as quedas. Afunda 3,18% para 48,13 dólares por barril, depois de a OPEP ter terminado este sábado as conversações com produtores que não pertencem ao cartel, como a Rússia e o Brasil, sem chegarem a qualquer entendimento para reduzir a oferta de petróleo disponível no mercado. Um dia antes, o impasse tinha sido interno. A organização não conseguiu qualquer desenvolvimento na negociação da forma como será alcançado o acordo para reduzir produção entre os seus membros, num momento em que o Iraque, o Irão, a Nigéria e a Líbia procuram ser excluídos destes cortes.

Ouro perde lustro em semana da Fed

A reunião da Reserva Federal dos EUA é o tema "quente" desta semana. E com a discussão em torno de uma subida dos juros no país voltam as quedas do ouro. O metal precioso recua 0,2% para 1.274,70 dólares por barril, a primeira queda em três sessões, perante a probabilidade crescente de uma mexida na taxa de juro, o que reduz a atractividade do ouro. A instituição liderada por Janet Yellen garantiu, na última reunião, que parece haver espaço para uma subida de juros até ao final do ano. 

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