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Fecho dos mercados: Chumbo de acordo do Brexit dá gás às bolsas, à libra e aos juros

As principais bolsas europeias negociaram em terreno positivo, exceção feita às praças lisboeta e londrina, no dia seguinte ao chumbo do acordo do Brexit. Já a generalidade dos juros da dívida apresentou fortes variações em alta, enquanto o euro perde terreno contra o dólar.

Reuters
16 de Janeiro de 2019 às 17:28
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Os mercados em números

PSI-20 cedeu 0,08% para 4.998,62 pontos

Stoxx 600 avançou 0,58% para 350,72 pontos

S&P 500 sobe 0,35% para 2.619,51 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal dispara 13,2 pontos base para 1,791%

Euro deprecia 0,10% para 1,1401 euros

Petróleo perde 0,58% para 60,29 dólares por barril, em Londres

 

Derrota de May apoiou ganhos na Europa

As principais praças europeias transacionaram no verde na sessão desta quarta-feira, 16 de Janeiro. As principais exceções foram o índice britânico Footsie, que perdeu 0,47%, e o lisboeta PSI-20, que recuou 0,08% para 4.998,62 pontos num dia em que chegou a tocar no valor mais alto desde 12 de Dezembro.

 

Pelo seu lado, o índice de referência europeu Stoxx600 avançou 0,58% para 350,72 pontos, numa sessão em que negociou no valor mais elevado desde 13 de Dezembro e em que foi sobretudo apoiado pelos setores europeus da banca e do retalho.

 

Os mercados estão de certa forma a reagir positivamente ao chumbo do acordo do Brexit pelo parlamento britânico. Apesar de esta rejeição reforçar a hipótese de uma saída sem acordo da União Europeia, também abre a porta a um conjunto de cenários que vão desde o cancelamento do Brexit à renegociação de um acordo mais favorável para todas as partes envolvidas.

A apoiar a subida na Europa esteve o Deutsche Bank, que somou mais de 8% para 8,114 euros (máximos de 13 de Dezembro), depois de os reguladores terem dado parecer favorável à possibilidade de uma fusão entre o banco alemão e uma outra instituição financeira europeia.

 

Juros do Reino Unido sobem para máximo de mês e meio

Os juros associados às dívidas públicas da Zona Euro negoceiam sem tendência definida. Já a taxa de juro correspondente às obrigações soberanas do Reino Unido com maturidade a 10 anos sobe 5,3 pontos base para 1,311%, o mais alto valor desde 3 de Dezembro último.

 

Em forte alta no mercado secundário de dívida estão a negociar os títulos soberanos de Portugal com prazo a 10 anos, com a "yield" associada a esta maturidade a crescer 13,2 pontos base para 1,791%, o que significa que negoceia em máximos de 9 de Janeiro depois de cinco sessões seguidas em queda. A "yield" associada às "bunds" alemãs a 10 anos sobe ligeiros 1,7 pontos base para 0,223%.

 

Em sentido oposto, a taxa de juro associada aos títulos de dívida de Itália a 10 anos recua 11,4 pontos base para 2,760% para negociar em mínimos de 3 de Janeiro.

 

Euribor a três, seis e 12 meses continuam em máximos de julho

As taxas Euribor mantiveram-se em máximos de julho nos prazos a três e a seis meses permaneceram em máximos de seis meses, sendo que desta feita também no prazo a 12 meses estabeleceu-se no valor mais elevado do último meio ano. A três meses continuou em -0,308% e a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, permaneceu em -0,236%. Já a 12 meses fixou-se em -0,117%.

 

Libra com subida ligeira contra o dólar

Apesar das dúvidas resultantes da rejeição do acordo do Brexit, a libra segue com uma pequena valorização contra o dólar, isto depois da depreciação ontem registada. Contra o euro, a libra tocou mesmo em máximos de Novembro.

 

A divisa britânica beneficia do facto de os mercados contemplarem agora a possibilidade de o Brexit não se concretizar ou de acontecer com base num acordo mais "soft". Em sentido inverso, o euro recua 0,10% para 1,1401 euros.

 

A moeda única europeia continua a ser prejudicada pelos dados ontem revelados e que parecem confirmar a tendência de abrandamento económico na área do euro, em particular da Alemanha, já que a economia alemã cresceu 1,5% em 2018, o que representa o ritmo mais lento desde 2013.

 

Produção recorde nos EUA penaliza petróleo

O crude segue em queda nos mercados internacionais. Em Londres, o Brent do Mar do Norte, utilizado como valor de referência para as importações nacionais, recua 0,58% para 60,29 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), transacionado em Nova Iorque, cai 1,06% para 51,56 dólares.

 

A provocar a desvalorização da matéria-prima está o facto de a produção petrolífera norte-americana com base na exploração de xisto betuminoso ter atingido, na semana passada, o valor recorde de 11,9 milhões de barris por dia, segundo dados da Administração de Informação de Energia.

 

Ouro ganha com incerteza no processo do Brexit

O metal precioso está a apreciar 0,34% para 1.293,90 dólares por onça, na terceira vez em que o ouro valoriza nas últimas quatro sessões.

 

A matéria-prima está a beneficiar com o adensar das dúvidas em torno do processo da saída britânica da União Europeia, com o chumbo, pelo parlamento britânico, aos termos do divórcio a travarem os ganhos verificados nas bolsas mundiais.

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