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Fecho dos mercados: China condiciona mercados. Ródio em máximos de nove anos

As bolsas europeias fecharam com ganhos, numa altura em que a travagem da economia da China e as negociações comerciais com os EUA estão a focar as atenções.

Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,01% para 5.276,72 pontos

Stoxx 600 subiu 0,15% para 375,64 pontos

S&P 500 valoriza 0,08% para 2.794,98 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 0,9 pontos base para 1,457%

Euro recua 0,37% para 1,1298 dólares

Petróleo sobe 0,05% para 65,70 dólares por barril

 

Bolsas europeias escapam às quedas no final da sessão

As bolsas europeias estiveram quase toda a sessão em queda, a refletir os receios em torno do crescimento mundial, depois de a China ter revisto em baixa as suas previsões de crescimento para um intervalo entre 6% e 6,5%. A confirmar-se o cenário, este será o ritmo de crescimento mais baixo em quase três décadas, e inferior ao crescimento de 6,6% registado em 2018, que já foi o mais lento desde 1990.

 
A compensar, Pequim anunciou uma série de medidas para fomentar o crescimento económico, algo que os investidores estão ainda a assimilar.

A negociação bolsista também tem sido condicionada pelas negociações comerciais. Depois de no fim de semana ter sido noticiado que China e EUA estavam próximos de fechar um acordo, não houve mais informação. E os investidores estão receosos que haja fumo sem fogo, o que os fez assumir uma postura de maior cautela.

 

Mais para o fecho da sessão, as bolsas europeias recuperaram e o Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas da Europa, fechou a ganhar 0,15%, completando a quarta sessão de quedas, o que corresponde ao maior ciclo de desvalorizações no espaço de um mês.

 

Na bolsa nacional, o PSI-20 também terminou o dia a subir, ainda que com uma variação muito mais ligeira (0,01%), numa sessão em que os grandes destaques - pelas variações apresentadas – foram a Corticeira Amorim e a Teixeira Duarte.

Juros mistos na Europa Ocidental
Os juros associados à dívida a 10 anos estão a registar uma tendência mista na Europa, mas sem grandes oscilações. Os juros da dívida portuguesa nessa maturidade seguem a ceder 0,9 pontos base para 1,457% e a "yield" das obrigações soberanas de Espanha desce 1,9 pontos base para 1,153%. Já a taxa remuneratória para as obrigações britânicas a 10 anos sobe 1 ponto base para os 1,283%, a par dos juros da dívida alemã – que somam 0,9 pontos base para 0,167%.

O dia foi marcado pelo regresso da Grécia ao mercado de financiamento a 10 anos, o que não acontecia desde 2010. As "yields" das obrigações helénicas seguem em alta de 3,3 pontos base para 3,709%.

 

Dólar sobe à boleia do abrandamento chinês. Euro abaixo dos 1,3 dólares

A moeda americana está a subir contra a maior parte das divisas, a beneficiar da cautela dos investidores em torno do crescimento económico mundial e das negociações comerciais. O índice da Bloomberg para o dólar está a subir 0,2%, sendo o quinto dia consecutivo de ganhos. Já o euro está a perder 0,37% para 1,1298 dólares.

Subida marginal do petróleo com China em foco

As cotações do "ouro negro" seguem em alta muito ligeira nos principais mercados internacionais, numa altura em que os investidores avaliam as medidas de proteção do crescimento económico na China, que é a segunda maior utilizadora mundial de combustíveis. A China anunciou um forte corte de impostos, depois de rever em baixa as estimativas para o crescimento do PIB, colocando-o no ritmo mais lento em quase três décadas. A pressionar está o facto de os analistas projetarem um aumento das reservas norte-americanas de crude na semana passada.

"Observámos um ligeiro movimento de vendas. Agora, estamos a assistir a uma certa estabilização do apetite pelo risco", comentou à Bloomberg o principal estratega de matérias-primas da TD Securities, Bart Melek. "Existe a expectativa de que os estímulos fiscais chineses e um contexto comercial mais amigável entre Pequim e Washington possam evitar um menor consumo de crude na China", acrescentou.

O West Texas Intermediate (WTI) para entrega em abril segue a ganhar 0,02% para 56,58 dólares por barril. Também o Brent do Mar do Norte – que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas – segue no verde, com os preços do contrato para entrega em maio a valorizarem 0,05% para 65,70 dólares.

 

Ródio dispara para máximos de nove anos

O ródio, um dos três metais do grupo da platina (a par com a platina e o paládio), está a beneficiar da crescente procura por parte do setor automóvel, que usa cada vez mais estes metais preciosos nos catalisadores no âmbito das exigências de motores menos poluentes.

Na sessão desta terça-feira, o ródio segue a subir 2,8% para 2.910 dólares por onça, em Londres, e no acumulado do ano dispara 18%.

 

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