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Fecho dos mercados: Bolsas somam e seguem, juros agravam e dólar confirma ganhos

Dados económicos positivos e as promessas de Trump deram uma sessão de ganhos robustos às bolsas. Nos EUA os recordes continuam a ser pulverizados. Mas a expectativa de subida dos juros da Fed e a inflação na Alemanha pressionaram os juros das obrigações.

Bloomberg
01 de Março de 2017 às 17:22
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Os mercados em números

PSI-20 ganhou 1,29% para 4.708,06 pontos

Stoxx 600 subiu 1,47% para 375,69 pontos

S&P 500 ganha 1,28% para 2,393,84 pontos

Juros da dívida portuguesa a 10 anos subiram 5,9 pontos base para 3,936%

Euro desce 0,09% para 1,0567 dólares

Petróleo sobe 1,67% para 56,52 dólares por barril, em Londres

Trump e economia puxam pelas bolsas

Dia de ganhos generalizados e significativos nas bolsas. O Stoxx 600 avançou 1,47%, o maior ganho diário desde a véspera das eleições nos EUA, com os 19 índices sectoriais a encerrarem no verde. A maior subida pertenceu ao sector da banca, que ganhou 3%, num dia marcado pelas expectativas sobre o aumento das taxas de juro nos EUA, pela subida da inflação na Alemanha e pela divulgação de dados económicos positivos.

Ainda do lado das subidas, destaque para o índice das cotadas mineiras. Avançou 2,92% animado pelas promessas de Trump em investir um bilião de dólares em infra-estruturas. O índice da construção também ganhou mais de 2%. Nos EUA, o discurso feito por Trump no Congresso esta madrugada também aparenta ter sido bem recebido, com os principais índices a baterem novos máximos históricos.

O PSI-20 acompanhou a onda de optimismo, no dia em que o crescimento do quarto trimestre foi revisto em alta e o desemprego desceu. O índice ganhou 1,29%. O BCP subiu quase 4% e a Altri e a Navigator avançaram 3,30% e 2,30%. Já a Sonae ganhou 2,65%. Os ganhos só não foram maiores devido às descidas de 0,38% da EDP e de 0,24% dos CTT.

Taxas de juro agravam com inflação e Fed

As taxas das obrigações soberanas europeias tiveram subidas generalizadas. Os dados da inflação na Alemanha colocam pressão para o BCE diminuir os estímulos. E nos EUA aparenta ser cada vez mais provável que a Reserva Federal aumente a taxa de referência já este mês. Políticas monetárias mais restritivas tendem a ter impacto negativo nas obrigações. E isso reflectiu-se esta quarta-feira.

A taxa portuguesa a dez anos aumentou 5,9 pontos base para 3,936%. Mas o prémio de risco face à Alemanha ficou até desceu para 365 pontos base, porque a própria "yield" germânica não escapou aos agravamentos. Subiu 7,4 pontos base para 0,282%. Nos EUA, a taxa a dez anos aumentou sete pontos base para 2,46%. Itália e Espanha também tiveram subidas, de 3,7 e 3,6 pontos base, respectivamente, para 2,124% e 1,691%.

Euribor sobem a três e a seis meses

As taxas Euribor subiram a três e a seis meses e ficaram inalteradas, em mínimos históricos, no prazo a 12 meses. A taxa a três meses aumentou 0,1 pontos base para 0,329%, segundo dados da Lusa. Também o indexante a seis meses subiu 0,2 pontos base para -0,237%. Já a taxa a 12 meses ficou inalterada em -0,114%, o actual mínimo histórico.

Dólar em máximo de duas semanas

O ajustamento rápido das expectativas do mercado a uma subida dos juros nos EUA já na próxima reunião da Fed, marcada para 15 de Março, impulsionou o dólar. O índice que mede a força da nota verde contra as outras dez principais divisas mundiais avança 0,39% para 1.244,30 pontos, o valor mais elevado das últimas duas semanas. O euro não escapa à tendência de descida e perde 0,09% para 1,0567 dólares.

Reservas nos EUA em recorde não travam ganhos do petróleo

O petróleo valoriza em Londres mas perde em Nova Iorque, após terem sido revelados os dados das reservas nos EUA. O "stock" de petróleo aumentou em 1,5 milhões de barris na semana passada para 520,2 milhões, o valor mais elevado desde que estes dados começaram a ser coligidos em 1982. Ainda assim, a subida ficou abaixo do estimado pelos analistas sondados pela Bloomberg. O Brent avança 1,67% para 56,52 dólares. Já o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, desce 0,09% para 53,96 dólares.

Ouro interrompe tendência

Após quatro ganhos semanais consecutivos, as expectativas mais elevadas de uma subida dos juros por parte da Reserva Federal dos EUA este mês tirou brilho ao ouro. O preço da onça de "troy" desce 0,27% para 1.245,08 dólares, o terceiro dia de quedas. Isto depois dos dados económicos positivos e das declarações de responsáveis da Fed a abrir a porta para uma subida da taxa de fundos federais já na próxima reunião de 15 de Março. 

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