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Pedro Reis antecipa 2025 "interessante" e espera OE "aprovado nas próximas semanas"

Pedro Reis explicou que 2025 pode ser um ano positivo "se os astros se alinharem", quer a nível nacional - com vários fatores, incluindo um OE aprovado -, quer internacional. O ministro da Economia salientou ainda a necessidade de captar capital de risco para a economia portuguesa.

Governo explica esta alteração dos prazos com “o grau de complexidade” dos projetos e o “interesse estratégico na sua realização”.
Pedro Catarino
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"Se os astros se alinharem, 2025 pode ser um ano interessante". A frase é do ministro da Economia, Pedro Reis, que esta terça-feira apontou para a possibilidade de o próximo ano ser mais positivo, à medida que a inflação e os juros descem, o cenário da política norte-americana se clarifica, enquando por cá "poderá haver um Orçamento do Estado aprovado nas próximas semanas".

"2025, de repente, até pode ser um ano mais interessante do que os pareça neste momento", começou por dizer Pedro Reis, acrescentando que "de repente, podemos ter, daqui a umas semanas, um Orçamento do Estado aprovado".

Além disso, no plano nacional, o Governo está a tentar ver onde consegue "chegar em termos de acordo a nível da concertação social", já depois de ter "reformas anunciadas em vários setores em execução e as negociações com grandes grupos socioeconómicos".

Pedro Reis defendeu ainda que o Executivo está a "recuperar os prazos de recuperação" do PRR e do Programa Portugal 2030.

Já no plano internacional, o próximo ano pode ser favorecido por "uma clarificação das eleições [norte-]americanas". Paralelamente, o governante levantou a possibilidade de 2025 poder passar a ser um ano "de baixa intensidade de alguns conflitos", assim como ano de continuação de "abrandamento da inflação".

O ministro da Economia falava durante a conferência anual do Bison Bank subordinada ao tema do investimento estrangeiro em Portugal, onde defendeu que a missão de um ministro com esta pasta passa sobretudo para trazer investimento externo para o país.

"Captar capital de risco só faz bem à economia portuguesa"

Da economia para os mercados e para o financiament das empreas, Pedro Reis defendeu a importância do capital de risco para a economia portuguesa, listando os vários setores que, a seu ver, são um "chamariz" para os investidores internacionais.

"O capital de risco é extremamente importante", já que, com este tipo de investimento, "vêm parcerias, melhor 'funding', melhor gestão risco", afirmou o governante. Assim, "captar risco só faz bem a economia portuguesa", acrescentou.

Além disso, o ministro da Economia destacou cinco setores que, a seu ver, são atrativos para os investidores externos, que não se limitam a apenas um tipo.

"Já não são só os nómadas digitais e o ‘real state’. Há algo em Portugal que atrai bem estes ecossistemas. E depois há esta temática das cadeias de valor", salientou Pedro Reis recordando que empresas como a "Microsoft" ou a "Repsol" estão no país mais por esta razão do que pela dimensão da economia nacional.

No cardápio da economia nacional para investidores externos, destaca-se o setor da "reindustrialização", assim como o setor "verde, das renováveis da descarbonização e dos produtos do setor florestal, como o ‘pulp and paper’".

Além disso, Portugal tem a oferecer "os centros de serviços partilhados, que vão além dos ‘data centers’ e entra nas estruturas da energia". Paralelamente, os investidores externos já manifestaram interesse pela economia azul – "que vai deste a biotecnologia azul aos navios". Por fim, "o quinto setor é um setor onde Portugal se posiciona com naturalidade é a ‘hospitaly’", frisou Pedro Reis.

Durante o seu discurso, o ministro da Economia elencou uma série de medidas que já foram implementadas pelo Executivo para melhorar o investimento em Portugal, mas assegurou que "mais medidas virão", ainda que assegure que o Governo não quer "ser exaustivo nos setores" abrangidos por estas iniciativas.

A propósito das várias áreas que estão na mira do Governo, Pedro Reis frisou que "há um 'cluster' importantíssimo" para e economia nacional:o da "defessa, aeronáutica e tecnologia". O governante revelou que os Ministérios da Economia e da Defesa vão trabalhar "em parceria" para impulsionar esta área da economia nacional.

Diante de um plateia com vários "players" do setor financeiro, Pedro Reis, que recentemente esteve no Qatar a tentar captar investimento externo, revelou que vai continuar esta missão, tendo viagens "marcadas para a Alemanha, EUA e Singapura".

"O que oiço é que Portugal está outra vez no 'target' de investimento posiciona-se bem neste jogo do investimento internacional", rematou Pedro Reis.

(Notícia atualizada às 10:32 horas).

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