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Fecho dos mercados: Bolsas sobem no rescaldo das eleições na Alemanha. Brent em máximos de 2015

As bolsas europeias tiveram subidas ligeiras após as eleições na Alemanha, Já o euro teve uma descida expressiva devido às perspectivas de uma maior lentidão no processo de integração europeias. O petróleo negoceia em forte alta, com o Brent a atingir máximos de Julho de 2015.

José Manuel Ribeiro/Reuters
25 de Setembro de 2017 às 17:37
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Os mercados em números

PSI-20 ganhou 0,06% para 5.313,09 pontos

Stoxx 600 avançou 0,18% para 383,90 pontos

S&P 500 recua 0,50% para 2.489,59 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal subiu 1,5 pontos base para 2,45%

Euro desce 0,75% para 1,1861 dólares

Brent sobe 2,71% para 58,40 dólares

Bolsas sobem após eleições na Alemanha

Angela Merkel venceu, como esperado pelos analistas, as eleições na Alemanha. Mas a vantagem foi mais curta do que o antecipado e houve uma subida da extrema-direita. Com o Bundestang mais fragmentado antecipam-se meses de negociações para a formação de uma coligação, que poderá incluir os liberais e travar o processo de integração europeia.

Apesar desse cenário, as bolsas não se ressentiram. "Olhamos para estas eleições como um evento menor de aversão ao risco", referem os analistas do Credit Suisse. E a Schroders defende mesmo, numa nota, que no essencial as políticas económicas dos anteriores governos de Merkel serão mantidas. E que, nesse cenário, de manutenção de medidas para potenciar a competitividade externa, há sectores como a indústria e as farmacêuticas que poderão sair beneficiadas.

O Stoxx 600 subiu 0,18%, com 13 dos 19 índices sectoriais a terminarem no verde. A descida do euro deu uma ajuda a algumas cotadas. Os maiores ganhos foram para as farmacêuticas, empresas de media e de alimentação. Já a banca e as construtoras tiveram as maiores descidas do dia. Já o Dax ficou aquém deste desempenho, com uma subida ligeira de 0,02%. O PSI-20 teve um ganho de 0,06%, com as subidas de Navigator, Altri e Galp a impedirem que o índice fechasse em terreno negativo.

Juros alemães descem. Prémio de risco de Portugal sobe

Após as eleições alemãs, os analistas referiram que havia a probabilidade dos prémios de risco da dívida do sul da Europa sair penalizado, devido à abordagem mais restritiva a assuntos europeus por parte dos liberais, um dos potenciais partidos a integrar uma coligação com Angela Merkel. No entanto, o mercado de dívida viveu uma sessão tranquila.

A taxa portuguesa a dez anos subiu 1,3 pontos base para 2,45%, o valor mais alto desde a subida de "rating" feita pela S&P, a 15 de Setembro. Já as taxas espanhola e italiana ficaram praticamente inalteradas em 1,624% e 2,107%, respectivamente. A maior oscilação ocorreu na "yield" germânica, que baixou 4,8 pontos base para 0,40%. Esta descida levou a que o prémio de risco da dívida portuguesa face à alemã subisse para 205 pontos base.

Euribor desce a seis meses
As Euribor tiveram comportamentos distintos esta segunda-feira. A taxa a seis meses desceu 0,1 pontos base para -0,272%. Já os indexantes a três e a 12 meses não sofreram alterações, permanecendo em -0,329% e em -0,171%, respectivamente, segundo dados da agência Lusa.

Euro desce após eleições na Alemanha

A moeda única desce 0,75% para 1,1861 dólares, pressionada pelos resultados das eleições na Alemanha. Apesar de Angela Merkel ter vencido, a margem foi menor que o antecipado pelos analistas. Um dos cenários é uma coligação com os liberais, que poderia colocar em suspenso o processo de integração europeia. "Os mercados não gostam de incerteza mas os resultados das eleições alemãs injectaram uma dose saudável disso", disse Richard Falkenhall, estratego do SEB, citado pela Reuters. 

Petróleo em máximos de mais de dois anos

O petróleo negoceia em alta, com o Brent no valor mais alto desde o Verão de 2015. A puxar pelos preços está a ameaça da Turquia em bloquear um oleoduto que transporta petróleo da região do Curdistão para um porto turco, numa forma de colocar pressão sobre os curdos iraquianos que avançaram para um referendo sobre a independência.

Bagdad também não reconhece essa votação e pediu à comunidade internacional que deixe de importar petróleo da região autónoma do Curdistão. "Caso o boicote seja bem-sucedido, pode haver menos 500 mil barris por dia a atingir o mercado", estima o Commerzbank.

Além deste factor, os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo mostram-se confiantes que o mercado está a ficar reequilibrado e que no mês passado foram além dos cortes acordados. O Brent sobe 2,71% para 58,40 dólares. Já o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, ganha 2,13% para 51,74 dólares.

Ouro continua a subir devido à tensão EUA/Coreia

A retórica entre Washington o Pyongyang não dá sinais de acalmar. E essa tensão continua a dar força ao ouro. O metal amarelo sobe 0,78% para 1.307,57 dólares. Os ganhos intensificaram-se após o ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte ter dito, citado pelas agências internacionais, ter acusado Donald Trump de ter feito uma declaração de guerra. 

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