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Brent sobe mais de 1% para máximos de Janeiro
O cumprimento dos cortes acordados pela OPEP e a possibilidade de se prolongarem além de Março de 2018 estão a animar a matéria-prima em Londres, onde o petróleo está em máximos de quase nove meses.
O petróleo negociado no mercado londrino está a valorizar quase 1% para máximos do início de Fevereiro, a beneficiar da redução do excedente global desta matéria-prima e da disponibilidade de alguns produtores para prolongarem os cortes na oferta para além do prazo previsto.
Em alta pela quarta sessão consecutiva, o Brent ganha 1,20% para 57,54 dólares – o valor mais alto em quase nove meses – enquanto o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, avança 0,49% para 50,91 dólares, a cotação mais elevada desde Maio.
A matéria-prima está a ser animada pelas declarações do secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Mohammad Barkindo que, na sexta-feira, anunciou que o cartel implementou mais de 100% dos cortes acordados, no mês passado, e que os gigantescos inventários de crude foram "massivamente drenados".
Por outro lado, há produtores, como é o caso da Rússia, que já manifestaram a sua disponibilidade para prolongar os cortes na produção além de Março de 2018, com o objectivo de ajustar a oferta com a procura e equilibrar os preços no mercado.
Nos Estados Unidos, as refinarias estão a normalizar as suas operações, depois dos danos provocados pelo furacão Harvey, ao mesmo tempo que as plataformas de exploração continuaram a reduzir a sua actividade.
Apesar da queda das reservas e da actividade de exploração, poderá ser necessária a extensão dos cortes acordados pela OPEP para equilibrar o mercado, de acordo com a BP.
O cartel e os seus aliados "precisam definitivamente de prologar os cortes além do primeiro trimestre" para que os inventários regressem a níveis normais, afirmou Janet Kong, responsável da BP, em Singapura.
Com o prolongamento dos cortes, acrescenta Janet Kong, o petróleo deverá atingir os 60 dólares no próximo ano.