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Fecho dos mercados: Bolsas sobem e euro desce na véspera do BCE

As bolsas europeias regressaram aos ganhos esta quarta-feira, com os investidores a voltarem as suas atenções para a reunião do BCE, que decorre amanhã.

Reuters
19 de Julho de 2017 às 17:21
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Os mercados em números

PSI-20 cedeu 0,11% para 5.302,36 pontos

Stoxx 600 subiu 0,77% para 385,54 pontos

S&P 500 avançou 0,32% para 2.468,60 pontos

Juros da dívida a dez anos avançaram 0,2 pontos base para 3,067%

Euro desce 0,27% para 1,1523 dólares

Brent ganha 1,27% para 49,46 dólares

Bolsas de regresso aos ganhos

As bolsas do Velho Continente voltaram às subidas esta quarta-feira, 19 de Julho, num dia de novos máximos históricos nos EUA. O índice europeu Stoxx 600 avançou 0,77%, com os investidores na expectativa em relação ao discurso de Mario Draghi, após a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que decorre amanhã. Depois das declarações do presidente da autoridade monetária no Fórum de Sintra, os investidores procuram perceber eventuais mudanças na política monetária da região.

Numa sessão marcada pela divulgação de resultados do primeiro semestre, as bolsas americanas seguem a prolongar os recordes de terça-feira, depois de várias empresas terem superado as estimativas dos analistas.

Em Lisboa, o dia foi negativo. O índice de referência PSI-20 cedeu 0,11%, pressionado pela desvalorização das acções do BCP. O banco liderado por Nuno Amado perdeu 1,91% para 0,2462 euros. Uma nota negativa ainda para a Jerónimo Martins, que deslizou 0,51% para 17,63 euros. A travar uma queda mais expressiva esteve a Galp Energia. A petrolífera subiu 1,18% para 13,72 euros.

Juros estáveis após leilão

Os juros exigidos pelos investidores para deterem títulos de dívida portuguesa estiveram a aliviar ligeiramente, no dia em que Portugal realizou um duplo leilão de dívida de curto prazo. A "yield" a dez anos avançou 0,2 pontos base para 3,067%, com a taxa a permanecer, contudo, acima dos 3%. Portugal regressou esta quarta-feira, 19 de Julho, ao mercado de dívida, tendo colocado 500 milhões de euros em bilhetes do Tesouro a 6 meses e 1.250 milhões de euros em títulos a 12 meses.

Nos títulos com maturidade em Janeiro (seis meses) o IGCP conseguiu uma taxa de -0,292%, inferior aos -0,21% da emissão semelhante realizada em Maio, enquanto na colocação de títulos com maturidade em Julho de 2018 a "yield" situou-se em -0,259%, bem abaixo dos -0,153% da emissão de Maio.

Euribor em mínimos

As taxas Euribor desceram hoje a três meses, para o valor mínimo, mantiveram-se a seis e a 12 meses e subiram a nove meses em relação a terça-feira. A Euribor a três meses desceu para -0,332%, menos 0,001 pontos do que na terça-feira e actual mínimo. A seis meses, a taxa Euribor manteve-se em -0,274%, actual mínimo de sempre, registado pela primeira vez em 05 de Julho. A Euribor a nove meses subiu hoje para -0,205%, mais 0,001 pontos do que na véspera e contra o actual mínimo de sempre, de -0,207%, registado pela primeira vez em 12 de Julho. No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que desceu para valores abaixo de zero pela primeira vez em 05 de Fevereiro de 2015, foi fixada hoje em -0,151% pela quinta sessão consecutiva e acima do actual mínimo de sempre, de -0,163%, registado pela primeira vez em 23 de Junho.

Euro em queda

A moeda única da Zona Euro segue a desvalorizar face ao dólar, depois de ter estado a negociar em máximos de dez meses face à nota verde. O euro desce 0,27% para 1,1523 dólares, com os analistas a considerarem que Mario Draghi irá aproveitar o discurso de amanhã para mostrar-se convicto em relação à necessidade de manter a sua política de estímulos inalterada. Os especialistas acreditam que o BCE vai esperar para reduzir o programa de compra de activos.

Petróleo acelera após reservas

Os preços do petróleo seguem a subir mais de 1% nos mercados internacionais, a reagirem à quebra das reservas nos EUA. O WTI, transaccionado em Nova Iorque, sobe 1,31% para 47,01 dólares por barril, enquanto o Brent, em Londres, ganha 1,27% para 49,46 dólares. A sustentar a evolução positiva do "ouro negro" está um relatório divulgado nos EUA, que mostra que as reservas de gasolina desceram 4,44 milhões de barris, a maior queda desde Março. Já os inventários de crude recuaram 4,73 milhões, na semana passada.

Na véspera as cotações estiveram a ser suportadas pela notícia de que a Arábia Saudita, maior produtor mundial de petróleo, admitiu que pode vir a efectuar cortes mais profundos na produção de petróleo. Cortes que podem ser de um milhão de barris por dia, segundo uma consultora de políticas petrolíferas, citada pela Bloomberg.

Ouro interrompe ciclo de ganhos

O metal precioso está a perder brilho pela primeira vez em quatro dias, penalizado pela recuperação do dólar. O ouro cai 0,2% para 1.239 dólares por onça, com os investidores focados nas decisões de política monetária do BCE, esta quinta-feira, e da Reserva Federal dos EUA, na próxima semana.

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