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Fecho dos mercados: Bolsas recuperam, petróleo sobe e juros da dívida aliviam
As bolsas regressaram aos ganhos e as taxas das obrigações soberanas da Zona Euro aliviaram após as fortes subidas da semana passada.
Os mercados em números
PSI-20 ganhou 0,33% para 5.171,12 pontos
Stoxx 600 avançou 0,38% para 381,64 pontos
S&P 500 sobe 0,17% para 2.429,29 pontos
Juros da dívida a dez anos caíram 3,4 pontos base para 3,126%
Euro desce 0,03% para 1,1397 dólares
Brent ganha 0,75% para os 47,06 dólares por barril
Bolsas europeias de regresso aos ganhos
O Stoxx 600 valorizou 0,38%, após duas quedas consecutivas. As mineiras estiveram entre os principais destaques, com o índice do sector a subir 1,13%, após notas de "research" positivas para empresas como a ArcelorMittal. A mineira subiu 2,34%. Mas os ganhos não se restringiram a este sector.
Dos 19 índices sectoriais do Stoxx 600, 16 encerraram a sessão no verde, com algumas cotadas e sectores a serem puxados por análises positivas por parte de bancos de investimento. Foi o caso da Moller-Maersk, que ganhou 4,02% após uma nota positiva por parte do Goldman Sachs, ajudando o índice do sector de serviços industriais a avançar 0,55%. Já as empresas de alimentação e as tecnológicas viram os respectivos índices avançar mais de 0,80%.
O PSI-20 acompanhou os ganhos na Europa. O índice de referência da bolsa portuguesa ganhou 0,33%, impulsionado pela subida de 1,60% da Jerónimo Martins para 17,46 euros e de 0,95% da EDP para 2,857 euros. A maior subida da sessão pertenceu à Ibersol, que avançou 2,37% para 14,49 euros. Já a Sonae liderou as descidas, perdendo 0,53% para 0,944 euros.
Juros aliviam após fortes subidas das últimas sessões
As taxas das obrigações soberanas da Zona Euro aliviaram após as fortes subidas da semana passada motivadas pela expectativa de que os bancos centrais iriam tornar a política monetária menos suave. E a dívida portuguesa acompanhou esta tendência. A taxa nacional a dez anos baixou 3,3 pontos base para 3,126%, interrompendo uma sequência de três subidas consecutivas. Também as "yields" italiana e espanhola baixaram 6,3 e 6,1 pontos base, respectivamente, para 2,28% e 1,671%.
Já a taxa alemã baixou 3,2 pontos base para 0,54%. Como a queda foi semelhante à da "yield" portuguesa, o prémio de risco da dívida nacional face às obrigações germânicas ficou praticamente inalterado em 258 pontos base.
Euribor com direcções opostas
As taxas Euribor tiveram evoluções distintas esta segunda-feira. A taxa a três meses não sofreu alterações, permanecendo em -0,331%, segundo dados da Lusa. O indexante a seis meses desceu 0,1 pontos base para -0,273%. Em sentido contrário, a Euribor a 12 meses subiu 0,5 pontos base para -0,156%.
Dólar em máximo de dois meses face ao iene
A nota verde negociou esta segunda-feira no valor mais alto dos últimos dois meses face ao iene. O dólar sobe 0,17% para 114,11 ienes e já esteve a ganhar 0,33% para 114,30 ienes, com o mercado a apostar numa maior divergência na política monetária nos dois países. Já em relação ao euro, o dólar ficou praticamente inalterado. A moeda única desce 0,03% para 1,1397 dólares.
Petróleo sobe com mercado de olhos na Líbia e Nigéria
Os preços do petróleo recuperam após as fortes descidas da passada sexta-feira. Esta sessão o Brent sobe 0,75% para os 47,06 dólares, enquanto o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, valoriza 0,93% para 44,64 dólares. Apesar de se manterem as preocupações sobre o excesso de oferta, o mercado está na expectativa de que a Líbia e a Nigéria se juntem aos esforços de cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo. Aqueles dois países tinham ficado isentos dos cortes de produção por terem sido afectados por conflitos.
Calor nos EUA aquece preços do trigo
Os preços do trigo, e também do milho, valorizaram. Isto devido às previsões de que nas próximas semanas algumas regiões dos EUA sofram uma onda de calor que possa colocar em causa a produção destas matérias-primas agrícolas. Após as descidas das últimas duas sessões, o valor do alqueire de trigo sobe 3,08% para 5,515 dólares esta segunda-feira. Já o milho sobe 1,85% para 3,998 dólares.
Essas previsões de tempo quente levaram os especuladores a fechar posições que apostavam na descida de valor dessas matérias-primas, segundo analistas citados pela Bloomberg, o que aumentou a pressão compradora.