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Fecho dos mercados: Bolsas recuperam com alívio nas tensões EUA-China e em Itália. Juros italianos afundam

O dia foi de recuperação para as bolsas europeias, após um aparente alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China mas também na sequência de um retomar das negociações para a criação de uma coligação governativa em Itália.

27 de Agosto de 2019 às 17:27
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,03% para os 4.806,69 pontos

Stoxx 600 subiu 0,63% para os 373,62 pontos

S&P500 sobe 0,18% para os 2.883,60 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 5,3 pontos base para os 0,108%

Euro recua 0,06% para os 1,1095 dólares

Petróleo em Londres valoriza 0,92% para os 59,24 dólares o barril

Europa de volta aos ganhos

As principais praças europeias fecharam no verde, com o agregador das 600 maiores cotadas, o Stoxx600, a subir 0,63% para os 373,62 pontos. A destacarem-se estão as cotadas dos setores das utilities, turismo e imobiliário, que somam ganhos superiores a 1%.

O verde volta a inundar a Europa após três sessões consecutivas de quebras, depois de, no final da reunião do G7 – o grupo dos países mais industrializados do mundo – o presidente norte-americano, Donald Trump, ter renovado as esperanças sobre um acordo comercial com a China. O líder da Casa Branca insistiu que Pequim tinha demonstrado uma grande vontade de avançar com as negociações depois de, na semana anterior, terem reforçado a aplicação de tarifas de parte a parte.

Mais no seio do Velho Continente, há outro foco de esperança: Itália, cuja situação política incerta tem vindo a preocupar, parece agora mais perto de formar uma nova coligação governativa, e desta forma, mais longe do cenário de eleições antecipadas.

Depois de várias comunicações dos partidos que estão em discussões para integrar a nova coligação – o 5 Estrelas e o Partido Democrático - que denunciavam dificuldades em progredir para um entendimento, o partido liderado por Luigi di Maio voltou a mostrar-se disponível para "discutir políticas".

Por cá, Lisboa contrastou, ao descer 0,03% para os 4.806,69 pontos, pressionada sobretudo por uma queda acima de 1% da retalhista Jerónimo Martins.

 

Juros de Itália afundam na esperança de uma nova aliança

As negociações para a formação de uma nova coligação em Itália parecem estar de novo encaminhadas, o que contribui para um alívio da parte dos investidores. Os juros da dívida italiana a dez anos caem 18,5 pontos base para 1,136%, um mínimo de agosto de 2016.

O otimismo chega aos mercados após a notícia de que o 5 Estrelas e o Partido Democrático (PD) deverão voltar às negociações depois de Luigi di Maio, líder do 5 Estrelas, ter anunciado esta manhã que não voltaria a sentar-se com o líder do PD para debater uma possível coligação de governo se o partido de Nicola Zingaretti não aceitasse manter Giuseppe Conte como primeiro-ministro. Durante a tarde de hoje, porém, o PD terá acedido às exigências de di Maio e o 5 Estrelas emitiu um comunicado onde refere estar pronto para "discutir políticas".

O presidente italiano, Sergio Mattarella, deverá encontrar-se com os partidos de forma a entender se a coligação tem ou não pernas para andar. Caso esta solução não avance, terão de ser convocadas eleições antecipadas.

Em Portugal a tendência também é de alívio, com a taxa remuneratória das obrigações a dez anos a recuar 5,3 pontos base para os 0,108%.

Guindos abala euro

A moeda única europeia recua 0,06% para os 1,1095 dólares. Esta é a segunda sessão de perdas para o euro. A penalizar estiveram as declarações do vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, que afirmou que as taxas de juro se manterão baixas por muito tempo.

Guerra comercial dá folga ao petróleo

O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, está a valorizar 0,92% para os 59,24 dólares. Esta é a primeira sessão em quatro em que o barril valoriza, em sintonia com o sentimento vivido no mercado: o "consolo" deixado por Trump em relação a um possível avanço nas negociações comerciais com a China, depois de ter dito que Pequim "quer muito" assinar um acordo. Esta possibilidade alivia a preocupação dos investidores em relação a uma redução da procura de petróleo, decorrente do abrandamento económico provocado por esta disputa.

Ouro valoriza há três sessões

O metal amarelo continua a beneficiar do estatuto de ativo refúgio. O ouro valoriza pela terceira sessão para os 1.537,44 dólares por onça, uma subida de 0,66%.

Desta forma, o metal precioso mantém-se perto dos máximos de seis anos registados na última sessão, apesar de não superar o pico intradiário atingido esta segunda-feira. Apesar da mensagem apaziguadora de Trump relativamente ao conflito comercial com a China, os investidores têm apostado neste metal precioso como refúgio numa altura de poucas certezas quanto ao futuro das negociações entre as duas maiores economias mundiais.

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