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Fecho dos mercados: Bolsas mistas, juros aliviam e petróleo desce

As bolsas fecharam sem rumo definido com o Stoxx 600 a perder ligeiramente. Já os juros dos países europeus estão a aliviar e o petróleo regressa às quedas.

EPA
06 de Março de 2019 às 17:30
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Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,39% para 5.297,53 pontos

Stoxx 600 desvalorizou 0,04% para 375,48 pontos

S&P 500 desce 0,55% para 2.774,2 pontos 

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 3,6 pontos base para 1,422%

Euro aprecia 0,08% para 1,1318 dólares

Petróleo desvaloriza 0,41% para 65,58 dólares por barril, em Londres

Bolsas europeias afastam-se de máximos de setembro
A maior parte das bolsas europeias fecharam em baixa nesta quarta-feira, 6 de março, seguindo a tendência negativa que marca Wall Street. Uma das exceções foi o PSI-20, que fechou em alta. As valorizações do BCP e da Galp levaram o índice lisboeta a registar a maior série de ganhos em dois meses. 

Já o Stoxx 600, que agrega as 600 principais cotadas europeias, desvalorizou 0,04% para os 375,48 pontos, após quatro sessões consecutivas de ganhos que levou o índice europeu para máximos de setembro do ano passado. 

O setor automóvel europeu foi um dos que esteve em baixa depois de a empresa alemã Schaeffler (fabricante de rolamentos) ter alertado para um 2019 "extremamente desafiante". A cotada anunciou uma reestruturação que levará ao despedimento de 900 pessoas e as ações desceram mais de 10%. Além disso, o artigo do jornal alemão Handelsblatt que dá conta de uma investigação da Comissão Europeia aos fabricantes alemães de automóveis também pressionou as cotadas do setor. 

Já o setor europeu da banca fechou ligeiramente em alta, beneficiando da notícia da Bloomberg de que o Banco Central Europeu poderá lançar novos empréstimos aos bancos europeus.

A influenciar as bolsas europeias esteve também a desaceleração na China. No comentário de bolsa, os analistas do BPI referiam que os investidores iriam incorporar as suas expectativas em relação ao impacto da travagem da economia chinesa. "Por um lado, e numa ótica de mais curto prazo, os incentivos fiscais a implementar pelo Governo de Pequim são positivos", assinalavam, contrapondo que, "no entanto, numa ótica mais estrutural, a visão mais conservadora deste governo em relação à sua economia poderá sinalizar um habitat mais desfavorável para as empresas europeias aí presente". 

Juros da dívida portuguesa renovam mínimos
A aliviar pela terceira sessão consecutiva, os juros portugueses a dez anos voltaram a tocar em mínimos históricos esta quarta-feira. A taxa de juro associada às obrigações de dívida portuguesa a 10 anos desce neste momento 3,6 pontos base para os 1,422%. Caso feche a sessão neste nível, esta será a taxa de juro de fecho mais baixa de sempre. 

Também a aliviar estão os juros italianos. A taxa de juro associada às obrigações de dívida italiana a 10 anos desce 11,7 pontos base para os 2,59%. 

Euro sobe antes do BCE
O euro sobe 0,08% para os 1,1318 dólares numa altura em que se especula sobre os próximos passos de Mario Draghi. Esta quinta-feira, 7 de março, o Banco Central Europeu reúne-se para decidir os próximos passos da política monetária. É expectável que os juros fiquem inalterados, mas há quem antecipe novidades noutras áreas de atuação. 

Segundo a Bloomberg, a instituição liderada por Draghi vai cortar ainda mais as previsões económicas e tal vai justificar mais uma ronda de empréstimos aos bancos. Apesar das revisões em baixa, o anúncio dos novos empréstimos pode não ser feito amanhã. O BCE deverá juntar-se assim aos restantes bancos centrais na resposta à desaceleração mundial, em especial à Fed que colocou em pausa a subida dos juros.

Hoje a OCDE baixou a previsão de crescimento da Zona Euro de 2019 para 1% e instou o BCE a ativar novas medidas que melhorem o financiamento dos bancos. 

Stocks sobem nos EUA. Petróleo desce
A cotação do barril está em queda depois de um relatório norte-americano que deu conta de um aumento dos stocks de crude. O aumento das preocupações em relação ao excesso de oferta no mercado está a pressionar o petróleo. 

Segundo o American Petroleum Institute, os inventários norte-americanos aumentaram em 7,29 milhões de barris na semana passada. A confirmar-se, esta é a maior subida em seis semanas, de acordo com a Bloomberg. 

O crude valorizou mais de 25% em janeiro e fevereiro devido à queda da produção dos países da OPEP, mas os ganhos têm estagnado. A queda da procura por petróleo por causa da travagem mundial e o aumento dos stocks nos EUA tem pressionado a cotação. 

"A mensagem é clara: os EUA mantêm uma boa oferta e vão continuar assim com a produção de petróleo a aumentar cada vez mais para o território de recordes", sintetiza o analista da PVM Oil Associates, Stephen Brennock, em Londres, à Bloomberg. 

O crude, negociado em Nova Iorque, regista uma queda de 1,22% para os 55,87 dólares. Já o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, desvaloriza 0,41% para os 65,58 dólares. 

Ouro perto de mínimo de cinco semanas
O "metal precioso" desvaloriza 0,09% para os 1.286,91 dólares por onça, negociando perto de mínimos de cinco semanas. O ouro cede numa altura em que é cada vez mais provável um acordo comercial entre os EUA e a China. O reforço do dólar como "ativo de refúgio" também penaliza o ouro.

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