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Abertura dos mercados: Bolsas sem rumo. Juros, euro, crude e ouro caem em dia de nova subida do dólar
As bolsas europeias negoceiam sem tendência clara num arranque de sessão em que os investidores continuam a avaliar o patamar em que se encontram as negociações entre os EUA e a China com vista a um acordo comercia. Juros das dívidas recuam e euro volta a desvalorizar contra o dólar.
Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,14% para 5.284,15 pontos
Stoxx 600 cresce 0,04% para 375,80 pontos
Nikkei desvalorizou 0,60% para 21.596,81 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 1,9 pontos base para 1,439%
Euro cede 0,02% para 1,1306 dólares
Petróleo em Londres desce 0,7% para 65,40 dólares
Bolsas ainda à espera de dados sobre eventual acordo EUA-China
As principais bolsas europeias negoceiam sem uma tendência claramente definida no início de sessão desta quarta-feira, 6 de março.
Os investidores aguardam pelo surgimento de fatores com capacidade para influenciar a negociação bolsista global, isto numa altura em que mostram particular expectativa por detalhes quanto à aparente maior proximidade de um acordo comercial entre os Estados Unidos e a China.
Assim, o índice de referência europeu Stoxx600 ganha ténues 0,04% para 375,80 pontos, o que lhe permite acumular valor pelo quinto dia consecutivo. Também a valorização pela quinta sessão seguida está o lisboeta PSI-20 (+0,14% para 5.284,15 pontos). Já o alemão DAX (-0,24% para 11.592,52 pontos) segue em queda.
Já as bolsas chinesas avançaram esta quarta-feira para máximos de nove meses depois de ontem as autoridades de Pequim terem anunciado cortes de impostos e apoios ao investimento de forma a combater o abrandamento económico na China.
Juros de Portugal recuam pelo terceiro dia
Os juros das dívidas soberanas na área do euro estão a negociar maioritariamente em queda, variando entre subidas e descidas. A taxa de juro associada às obrigações de dívida portuguesa a 10 anos recua 1,9 pontos base para 1,439%, no terceiro dia seguido a aliviar.
Também a "yield" correspondente aos títulos soberanos de Itália a 10 anos alivia 1,7 pontos base para 2,691%, estando assim em mínimos de 1 de fevereiro, enquanto a taxa de juro associada às "bunds" alemãs no mesmo prazo recua 1,9 pontos base para 0,148%.
Já a "yield" associada às obrigações soberanas da Grécia com maturidade a 10 anos sobe (+2,1 pontos base para 3,730%) pelo terceiro dia seguido, estando em torno de máximos de mais de uma semana.
Euro desvaloriza pela quarta sessão
A moeda única europeia está a desvalorizar contra o dólar pela quarta sessão consecutiva, seguindo nesta altura a depreciar ténues 0,02% para 1,1306 dólares.
A queda do euro acontece na véspera da reunião do Banco Central Europeu numa fase em que cresce a pressão para que a instituição liderada por Mario Draghi responda aos sinais de abrandamento económico.
Por sua vez, o dólar valoriza pelo sexto dia consecutivo no índice da Bloomberg que mede o desempenho da moeda americana em comparação com um cabaz das principais divisas mundiais.
Ante a incerteza provocada pelo arrefecimento da conjuntura económica mundial e com a China a rever em baixa o crescimento para 2019, que se se concretizar será o mais baixo em quase 30 anos, o dólar vê assim reforçado o seu valor enquanto ativo de refúgio.
Nota ainda para a libra que perde terreno para o dólar há cinco sessões seguidas, isto num dia em que surgem novas notícias que apontam para a ausência de acordo entre Londres e Bruxelas sobre o Brexit. As negociações prosseguem esta quarta-feira.
Petróleo cai com perspetiva de aumentos nas reservas dos EUA
Os preços do petróleo estão a cair, numa altura em que se especula que os EUA vão revelar um novo aumento das reservas de crude. Prevê-se um aumento de 7,29 milhões de barris na semana passada. Se o departamento de energia confirmar este aumento, será o maior em seis semanas. E é a esta expectativa que os investidores estão a reagir. O preço do barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a descer 0,7% para 65,40 dólares.
Ouro penalizado pelo dólar
As dúvidas sobre a evolução da economia mundial e as negociações comerciais entre os EUA e a China estão a beneficiar o dólar e, consequentemente, a prejudicar o ouro. Este metal precioso está a descer 0,05% para 1.287,34 dólares por onça, num arranque de sessão marcado por oscilações pouco acentuadas nos mercados bolsistas.