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Fecho dos mercados: Bolsas europeias sobem, petróleo e ouro recuam e dólar brilha com Fed

As bolsas europeias fecharam em alta, numa sessão em que as tecnologias continuam a dar força aos mercados accionistas. Nas matérias-primas, o dólar cede algum terreno, ao passo que o ouro cai com a força do dólar. A nota verde segue e soma face às principais congéneres.

Reuters
27 de Abril de 2018 às 17:21
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Os mercados em números

PSI-20 ganhou 0,20% para 5.527,69 pontos

Stoxx 600 somou 0,05% para 383,94 pontos

S&P 500 avança 0,01% para 2.667,23 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 3,4 pontos base para 1,651%

Euro desvaloriza 0,01% para 1,2103 dólares

Petróleo cede 0,01% para 74,73 dólares por barril em Londres

 

Bolsas europeias sustentadas pelas tecnologias

As bolsas do Velho Continente encerraram em terreno positivo, sustentadas sobretudo pelo sector tecnológico, com os bons ventos dos EUA a soprarem na direcção destas cotadas na Europa. A travar maiores ganhos estiveram sectores como o automóvel e banca. O Stoxx 600 avançou 0,05% para 383,94 pontos.

Por cá, o PSI-20 acompanhou a tendência das restantes congéneres europeias e fechou a valorizar 0,20% para 5.5527,69 pontos, com 13 cotadas em alta e 5 em baixa. A impulsionar o índice de referência nacional estiveram sobretudo a Jerónimo Martins e BCP, com a Navigator a marcar máximos históricos nos 4,93 euros. A travar maiores ganhos esteve a EDP.

 

Juros a 10 anos descem na Europa e nos EUA

A taxa de rendibilidade das obrigações soberanas dos Estados Unidos a 10 anos superou os 3% [pela primeira vez desde Janeiro de 2014] na segunda e terça-feira, mas depois voltou a quebrar essa fasquia e assim continua. Os juros seguem a ceder 2,6 pontos base para 2,9549% do outro lado do Atlântico.


Na generalidade dos países europeus, os juros estão também em baixa. A taxa das bunds alemãs a 10 anos cede 2,4 pontos base para 0,569% e por cá as "yields" das obrigações 10 anos [que é o vencimento de referência] estão a recuar 3,4 pontos base para 1,651%.

 

Euribor descem a 3 meses, mantêm-se a 6 e 12 e sobem a 9 meses

A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, desceu 0,001 pontos para -0,329%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,332%. Já a taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez a 6 de Novembro de 2015, permaneceu em -0,269%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,279%, registado pela primeira vez a 31 de Janeiro.    

A nove meses, a Euribor subiu 0,001 pontos para -0,219%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,224%, registado pela primeira vez a 27 de Outubro do ano passado. No prazo a 12 meses, a taxa Euribor, que desceu para valores abaixo de zero pela primeira vez a 5 de Fevereiro de 2015, permaneceu em -0,189% pela 10.ª sessão consecutiva, contra o actual mínimo de sempre, de -0,194%, verificado pela primeira vez a 18 de Dezembro passado.

 

Divisas europeias pressionadas por desaceleração do crescimento económico

Uma série de dados económicos decepcionantes divulgados esta sexta-feira – com os PIB do Reino Unido, Espanha e França a darem mostras de abrandamento no primeiro trimestre – e uma atitude moderada por parte dos bancos centrais atiraram o euro para o seu mais baixo nível desde Janeiro face ao dólar. Mas não só: a coroa sueca marcou um mínimo de nove anos e a libra esterlina está a ter o pior dia desde Novembro. Na Europa Oriental também se regista um movimento de venda e apenas a lira turca ganha terreno face ao dólar esta semana.


O dólar, por sua vez, está também forte devido ao facto de o panorama ser de subida de juros por parte da Reserva Federal norte-americana, enquanto outros bancos centrais estão a demorar na retirada de estímulos à economia.

O euro segue assim a ceder terreno face à nota verde, a recuar 0,01% para 1,2103 dólares.

 

Petróleo à procura de rumo

As cotações do crude seguem a ceder muito ligeiramente, depois de já terem estado a subir (mas também sem expressividade), numa altura em que os investidores avaliam o impacto da possível saída dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irão – que é um dos maiores produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Isto numa sessão em que também o acordo de desnuclearização da península coreana está também a centrar as atenções, já que marca um acordo histórico entre as duas Coreias.

No mercado nova-iorquino, o crude de referência West Texas Intermediate segue a deslizar 0,16% para 68,08 dólares por barril, e em Londres o Brent do Mar do Norte – que serve de referência às importações portuguesas – está a negociar nos 74,73 dólares com uma descida marginal de 0,01%.

 

Ouro marca segunda semana de quedas com solidez do dólar

Os preços do metal amarelo seguem em baixa, a negociarem perto de um mínimo de cinco semanas e a caminho da segunda semana consecutiva de saldo negativo. A diminuição de tensões comerciais e geopolíticas, com uma melhoria dos mercados accionistas, fez com que o ouro deixasse de ser tão procurado como valor-refúgio, o que tem estado a penalizar o metal precioso.

O ouro para entrega imediata segue a ceder ligeiramente, negociando nos 1.317,62 dólares por onça, e na semana já perde 1,4%.

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