Notícia
Fecho dos mercados: Bolsas europeias recuperam, petróleo também
A sessão foi marcada por uma recuperação das principais praças europeias, nomeadamente da espanhola, num dia em que o Constitucional espanhol cancelou a suspensão da sessão de segunda-feira do Parlamento Catalão.
Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,78% para 5.427,77 pontos
Stoxx 600 somou 0,16% para 391,03 pontos
S&P 500 valoriza 0,35% para 2.546,56 pontos
Taxa a dez anos desce 1,4 pontos base para 2,401%
Euro perde 0,43% para 1,1709 dólares
Petróleo sobe 2,33% para 57,10 dólares por barril, em Londres
Bolsas europeias recuperam com Espanha em destaque
A sessão não teve uma tendência definida, mas a maior parte das bolsas europeias fechou em alta, com destaque para a praça espanhola que apreciou mais de 2%. O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, somou 0,16% para os 391,03 pontos. Um desempenho positivo que surge num dia em que o Tribunal Constitucional espanhol determinou a suspensão da sessão da próxima segunda-feira, 9 de Outubro, do Parlamento catalão. Esta era a data em que estava marcada uma avaliação dos resultados do referendo por parte do líder da região da Catalunha.
A bolsa nacional partilhou esta tendência e regressou aos ganhos. O PSI-20 somou 0,78% para os 5.427,77 pontos. O Banco Comercial Português (BCP) foi o principal responsável por este desempenho. O banco somou 2% para os 0,2449 euros, após duas sessões de quedas. O sector da energia também se destacou peça positiva. A Galp Energia somou 1,54% para os 15,195 euros, num dia em que os preços do petróleo negoceiam em alta.
Juros voltam às quedas
Os juros exigidos pelos investidores para apostarem na dívida pública portuguesa voltaram a cair. A queda foi quase generalizada nos diferentes prazos. Na maturidade de referência, a dez anos, a taxa de juro caiu 1,4 pontos-base para os 2,401%. Nos últimos dias, a tensão na Catalunha levou a uma subida dos juros nos países do sul da Europa. A Alemanha não acompanhou o alívio registado na sessão desta quinta-feira, com a taxa de juro da dívida a dez anos a subir 0,3 pontos-base para os 0,456%. Com este desempenho, o prémio de risco da dívida portuguesa caiu para 194,5 pontos.
Euribor com tendências distintas
As taxas Euribor registaram desempenhos diferentes nos distintos prazos. A taxa a três meses manteve-se inalterada, as taxas a seis e nove meses subiram, enquanto a taxa de mais longo prazo desceu. A Euribor a três meses, que está em valores negativos desde Abril de 2015, manteve-se nos -0,329%, ligeiramente acima do mínimo histórico de -0,332%. A taxa a seis meses, que serve de indexante em mais de metade dos créditos à habitação em Portugal, subiu para -0,272%. A taxa a nove meses avançou para -0,219%, enquanto a Euribor a 12 meses caiu para -0,171%, acima do mínimo histórico de -0,172%.
Euro cai com tensão na Catalunha
A moeda única segue a perder valor face ao dólar, após duas sessões de ganhos, a ser penalizada pela tensão que se vive na Catalunha. O euro desce 0,43% para os 1,1709 dólares. Isto acontece num dia em que o Tribunal Constitucional espanhol determinou a suspensão da sessão da próxima segunda-feira, 9 de Outubro, do Parlamento catalão. Esta era a data em que estava marcada uma avaliação dos resultados do referendo por parte do líder da região da Catalunha. A sessão ficou ainda marcada pela divulgação dos relatos da última reunião do Banco Central Europeu (BCE). Nestes documentos, a autoridade monetária revelou a sua preocupação com a valorização do euro, que sobe cerca de 12% desde o início do ano.
Petróleo sobe com compromissos para cortar a produção
Os preços do petróleo seguem a negociar em alta, em ambos os mercados de referência, e registam a maior valorização da última semana. A impulsionar este desempenho estão os sinais dados por alguns dos maiores exportadores do mundo, como a Arábia Saudita e a Rússia, de que vão manter os esforços para equilibrar o mercado. O rei da Arábia Saudita manifestou a sua vontade de que os cortes de produção acordados em Novembro sejam mantidos. Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) avança 2,22% para os 51,09 dólares por barril. Já em Londres, o Brent aprecia 2,33% para os 57,10 dólares por barril.
Cobre regista maior subida em cinco semanas
Os preços do cobre seguem a negociar em alta na London Metal Exchange. O metal regista mesmo a maior valorização em mais de cinco semanas. Um desempenho que, segundo a Bloomberg, aconteceu depois de ordem de "stop-loss" terem sido accionadas com os preços a aproximarem-se dos 6.600 dólares por tonelada. O cobre sobe 2,3% para os 6.670 dólares por tonelada.