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Fecho dos mercados: Bolsas europeias em máximos de seis meses e juros portugueses perto de mínimo histórico
As principais bolsas europeias atingiram esta quinta-feira um máximo de outubro passado. O alívio no Velho Continente faz-se sentir numa altura em que se esperam notícias que confirmem o reunir das condições para um "soft" Brexit.
Os mercados em números
PSI-20 somaram 1,26% para os 5.271,55 pontos
Stoxx600 avançou 0,78% para os 378,52 pontos
S&P 500 valoriza 0,05% para 2.812,31 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos subiram 1,2 pontos base para os 1,332%
Euro cai 0,26% para os 1,1298 dólares
Petróleo recua 0,33% para os 67,33 dólares por barril, em Londres
Bolsas europeias em máximo de seis meses
O Stoxx 600, o índice de referência europeu, valorizou 0,78% para os 378,52 pontos, atingindo um máximo de 5 de outubro do ano passado. O setor com a maior subida foi o dos média.
Os investidores mostram-se otimistas quanto à votação que está agendada para esta quinta-feira no Parlamento britânico. Os deputados deverão decidir um adiamento da saída do bloco, que estava marcada para dia 29 de março, pois concordaram que deveriam abandonar a União europeia de forma ordeira e precisam de mais tempo para conseguir um acordo que seja consensual entre os britânicos.
Do outro lado do oceano, em Wall Street, os investidores moderam o entusiasmo perante a incerteza relativa às negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China.
Por cá, o PSI-20 valorizou 1,26% para os 5.271,55 pontos, registando a maior subida em mais de um mês. A maior parte das cotadas subiu, mas o destaque vai para a Altri - que disparou após ter revelado que os seus lucros duplicaram no ano passado.
Juros portugueses próximos de mínimo histórico
Os juros das obrigações portuguesas a dez anos fecharam com uma queda de 1,2 pontos base para os 1,332%, permanecendo próximos do mínimo histórico atingido no passado dia 11 de março.
Na Alemanha, a remuneração dos títulos equivalentes agravou-se e, 2,2 pontos base para os 0,086%, colocando o prémio da dívida portuguesa face à germânica nos 124,6 pontos base.
Reino Unido arrasta euro e libra para o vermelho
A moeda única europeia segue a desvalorizar 0,26% para os 1,1298 dólares, quebrando desta forma um ciclo de quatro sessões consecutivas de ganhos. O dólar ganha força numa altura em que os investidores aguardam a votação do Parlamento britânico acerca de uma possível extensão do prazo de saída da União Europeia, com o objetivo de ganhar tempo para encontrar um acordo que reúna maior consenso entre os diversos grupos parlamentares.
A libra também perde 0,46%, para os 1,3276 dólares, depois de na sessão anterior ter disparado mais de 2% na sequência do anúncio da intenção do Reino Unido de não abandonar o bloco europeu sem um acordo.
Brent cai de olhos postos no excesso de oferta
O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, está a cair 0,33% para os 67,33 dólares, num dia em que a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) sublinhou a necessidade de os produtores prevenirem o excesso de oferta este ano, tendo em conta as subidas que se têm verificado nas reservas dos rivais, em particular nos Estados Unidos.
Polémica de emissões da Fiat pode impulsionar paládio
O paládio está a cair pela primeira sessão em quatro, descendo 0,50% para os 1.546,64 dólares por onça. Contudo, de acordo com a análise da Zaner Group, citada pela Bloomberg, a cotação deste metal pode atingir os 1.650 dólares caso a Fiat consiga substituir a tecnologia da remessa de carros a gasolina que foram recolhidos pela marca. Os 862.520 carros em causa precisam de ajustes para respeitarem as exigências de emissões dos Estados Unidos, as quais não estavam a ser cumpridas.