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Fecho dos mercados: Bolsas europeias e ouro em máximos, petróleo e juros em queda
As bolsas europeia negociaram em alta com o Stoxx 600 a negociar no valor mais alto em quase um ano e meio. O ouro cede terreno num dia em que voltou a transaccionar em máximos de cinco meses. Juros do sul europeu em queda e petróleo alivia ganhos das últimas sessões.
Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,25% para 4.979,35 pontos
Stoxx 600 ganhou 0,19% para 381,90 pontos
S&P 500 desvaloriza 0,45% para 2.343,18 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 0,1 pontos base para 3,856%
Euro aprecia 0,04% para 1,0609 dólares
Petróleo desce 0,50% para 55,95 dólares por barril, em Londres
Bolsas europeias em máximos de quase ano e meio
A generalidade das principais bolsas europeias negociaram em alta na sessão desta quarta-feira, 12 de Abril, com o Stoxx 600 a interromper uma série de dois dias seguidos em queda ao valorizar 0,19% para 381,90 pontos. Este índice de referência europeu transaccionou mesmo em máximos de Dezembro de 2015, numa sessão em que os sectores europeus da banca e da construção travaram uma maior subida do Stoxx 600.
A apoiar os ganhos das bolsas europeias esteve em especial o sector automóvel, já depois de cotadas como a Daimler e a Faurecia a registarem resultados que superaram as estimativas dos analistas.
Também o PSI-20 voltou a ter uma sessão positiva, ao somar 0,25% para 4.979,35 pontos, acumulando o segundo dia consecutivo de ganhos, apoiado pelas subidas da Mota-Engil, que somou 5,77% para 2,309 euros, e da Jerónimo Martins, que ganhou 0,54% para 16,76 euros.
Juros portugueses estáveis na casa dos 3,85% no prazo a 10 anos
Os juros das obrigações portuguesas a dez anos mantiveram-se estabilizados na sessão desta quarta-feira, isto depois de ontem terem tocado no valor mais baixo desde 24 de Janeiro. A taxa de juro associada às obrigações de dívida lusas com maturidade a 10 anos sobe ténues 0,1 pontos base para 3,856%.
Tendência idêntica é a verificada nos países do sul europeu, com as obrigações com prazo a 10 anos de Itália e Espanha a subirem 0,6 e 1,7 pontos base para 2,288% e 1,661%, respectivamente.
Em sentido inverso, a "yield" associada às obrigações gaulesas está hpje a recuar 4,5 pontos base para 0,918%, estando assim a aliviar das subidas registadas nos últimos dois dias, numa altura em que o resultado das presidenciais francesas é cada vez mais imprevisível.
Euribor a 12 meses cai para mínimos históricos
A Euribor a 12 meses caiu esta quarta-feira para -0,120%, um novo mínimo de sempre, isto depois de em Fevereiro de 2015 ter recuado pela primeira vez para valores negativos.
Nos prazos a três, seis e nove meses, a Euribor manteve-se inalterada.
Euro valoriza pela terceira sessão contra o dólar
A moeda única europeia está a subir 0,04% para 1,0609 dólares, no terceiro dia seguido em que o euro valoriza face à divisa norte-americana.
Também o índice que mede o desempenho do dólar face às principais congéneres mundiais está a desvalorizar pela terceira sessão consecutiva, a reflectir o elevar da tensão geopolítico relacionada com os mais recentes desenvolvimentos na Síria e também na Coreia do Norte.
Petróleo alivia de subidas nas últimas sessões
O preço do petróleo nos mercados internacionais está hoje em queda, aliviando assim das subidas registadas ao longo dos últimos dias. Em Londres, o Brent cai 0,50% para 55,95 dólares por barril, voltando assim a transaccionar abaixo da barreira dos 56 dólares após sete dias consecutivos a valorizar. Já em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) recua 0,41% para 53,18 dólares por barril, o que se verifica após seis dias seguidos em alta.
Isto acontece apesar de esta quarta-feira a Administração de Informação de Energia (AIE) ter revelado que as reservas petrolíferas dos Estados Unidos caíram na semana passada em 2,17 milhões de barris para 533,4 milhões, o que representa a maior queda semanal verificada em 2017.
Ouro outra vez em máximos de cinco meses
O metal dourado voltou a ser transaccionado no valor mais alto desde o passado dia 10 de Novembro. O ouro continua a beneficiar do reforço da procura por activos considerados de refúgio, num momento em que a situação geopolítica mundial denuncia a possibilidade de incremento da instabilidade regional, quer na península coreana quer no Médio Oriente.
Ainda assim, o ouro segue agora a desvalorizar ligeiros 0,04% para 1.274,33 dólares por onça.