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Fecho dos mercados: Bolsas europeias e euro sobem em vésperas do BCE
As bolsas europeias fecharam o dia a subir, na maior parte dos casos. O euro está a subir, a beneficiar da aproximação da reunião do BCE, enquanto os juros subiram em todos os mercados. Ainda assim, a subida de juros de Portugal é inferior à do resto da Europa, o que leva a que o prémio de risco recue para mínimos de 2015.
Os mercados em números
PSI-20 desceu 0,40% para 5.414,31 pontos
Stoxx 600 cedeu 0,36% para 389,33 pontos
S&P 500 valoriza 0,21% para 2.570,25 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 2,4 pontos base para 2,312%
Euro avança 0,14% para 1,1765 dólares
Petróleo sobe 0,71% para 58,07 dólares por barril
Bolsas sobem à boleia de resultados
Mais uma vez os resultados das cotadas continuam a condicionar a negociação das praças europeias. A maioria dos índices subiram, precisamente a beneficiar dos resultados apresentados, com o sector financeiro a ser dos principais responsáveis pela subida das bolsas. O índice que mais subiu foi o italiano, com MIBTEL a avançar mais de 1%, e do lado oposto esteve apenas o índice holandês, com o AEX a perder menos de 0,5%. Ainda assim, o Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, terminou o dia em queda, recuando 0,36%.
O PSI-20 também contrariou a tendência de ganhos, ao descer 0,40%, numa sessão marcada pela descida superior a 5% da Pharol, depois de ter sido revelado que a assembleia geral de credores da Oi, detida em mais de 20% pela Pharol, voltou a ser adiada, agora para o dia 10 de Novembro.
Juros sobem mas prémio de risco renova mínimos de 2015
As taxas de juro sobem na generalidade dos países europeus. Espanha, França, Alemanha, Itália estão a registar agravamentos nas taxas de juro da dívida transaccionada no mercado secundário. E Portugal não é excepção, com a taxa implícita na dívida 10 anos a subir 2,4 pontos para 2,312%. Uma subida que ainda assim é menor que a observada pela dívida alemã (subiu 4,4 pontos), o que levou a que o prémio de risco da dívida portuguesa fixasse novos mínimos de Dezembro de 2015.
Taxas Euribor caem a três meses, sobem a nove e mantêm-se nos restantes prazos
As taxas Euribor tiveram comportamentos distintos esta terça-feira. No prazo mais curto, a três meses, desceu, situando-se nos -0,330%. Já no prazo a nove meses houve uma subida para -0,220%. Enquanto nos restantes prazos, as taxas estabilizaram no valor registado na última sessão. A seis meses situou-se nos -0,274% e a 12 meses fixou-se nos -0,183%.
Euro sobe em véspera de reunião do BCE
A moeda única europeia regressou aos ganhos, a um dia de se iniciar a reunião do Banco Central Europeu (BCE). O mercado aguarda que seja anunciado o início da retirada de estímulos, em específico a redução do programa de compra de activos, o que está a sustentar o euro. Ainda assim, os analistas não prevêem medidas que tornem a subida do euro sustentável.
Petróleo sobe com plano de redução dos cortes da OPEP
Os preços do petróleo voltaram aos ganhos, depois de ter sido noticiado que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) está a começar a trabalhar numa estratégia de saída dos cortes de produção implementados este ano. O cartel deverá reunir-se no próximo mês para discutir se mantém os cortes de produção para além de Março de 2018, tal como está acordado.
Ouro recua após resultados
A época de resultados do terceiro trimestre do ano está a ser positiva, pelo que os investidores tendem em expor-se a activos mais arriscados, o que penaliza o ouro. "As pessoas estão a manter posições longas nas acções e a necessidade de segurança [em activos como] as obrigações do Tesouro ou o ouro não é necessária", afirmou á Bloomberg Phil Streible, estratega da RJO.