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Fecho dos mercados: Bolsas em alta à boleia de Draghi. Juros portugueses baixam os 2%

As principais praças europeias terminaram o dia em terreno positivo, numa altura em que o foco dos investidores está na política monetária. O euro segue pouco alterado e o petróleo sobe.

Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,12% para 5.476,74 pontos

Stoxx 600 ganhou 0,50% para 383,06 pontos

S&P 500 valoriza 0,59% para 2.763,64 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 3,9 pontos base para 1,996%

Euro desliza 0,03% para 1,2292 dólares

Petróleo cresce 0,43% para 67,60 dólares, em Londres

 

Draghi reforça ganhos das bolsas europeias

As bolsas europeias encerraram em terreno positivo esta segunda-feira, 26 de Fevereiro, pela segunda sessão consecutiva, num dia em que o foco do mercado passou da época de resultados para a política monetária – Mario Draghi discursou no Parlamento Europeu e Jerome Powell fala amanhã ao Congresso - e para a situação política, com as eleições italianas de domingo já no horizonte.

 

Os ganhos das acções europeias foram reforçados esta tarde depois de o presidente do BCE ter mostrado confiança na recuperação europeia, alertando contudo que a inflação continua dependente dos estímulos monetários, o que sinaliza que a retirada não deverá ser antecipada.

 

O índice de referência para a Europa ganhou 0,50% para 383,06 pontos, numa sessão em que só a bolsa de Atenas fechou com sinal vermelho.

 

Em Lisboa, o PSI-20 valorizou 0,12% para 5.476,74 pontos, impulsionado sobretudo pela Semapa e pela Galp Energia. A Semapa valorizou 3,79% para 19,70 euros, depois de ter tocado nos 19,80 euros, o valor mais alto de sempre. Já a Galp Energia somou 0,91% para 14,985 euros.

 

Juros abaixo dos 2%

Os juros da dívida pública portuguesa a dez anos continuam em torno da barreira dos 2%. Neste prazo, as "yields" nacionais recuam 3,9 pontos base para 1,996%. Esta tendência de queda não é exclusiva os juros portugueses. A dez anos, os juros exigidos pelos investidores para trocarem entre si dívida do reino de Espanha descem 4,1 pontos base para 1,556% e os de Itália, numa altura em que se aproximam as eleições legislativas, perdem 4,9 pontos base para 2,017%.

Já os da Alemanha, a dez anos, cedem 0,1 pontos base para 0,652%. O prémio de risco da dívida nacional está nos 134,8 pontos.

 

Euro pouco alterado

A moeda da Zona Euro está a negociar em alta face ao dólar, numa altura em que os investidores estão a digerir as palavras do presidente do Banco Central Europeu. Mario Draghi disse aos legisladores europeus que a economia da área do euro está a crescer robustamente, embora a inflação tenha ainda de mostrar uma tendência de subida sustentável.

O líder da autoridade monetária, citado pela Bloomberg, avançou ainda que a volatilidade existente no mercado e as mudanças cambiais devem ser monitorizadas de perto. Por esta altura, o euro cede 0,03% para 1,2292 dólares.

Euribor mantêm-se a 3 e 6 meses

As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três e seis meses, desceram a nove meses e subiram a 12 meses em relação a sexta-feira, de acordo com a Lusa. A Euribor a três meses voltou hoje a ser fixada em -0,328%, contra o actual mínimo de sempre. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, manteve-se hoje em -0,271%. A nove meses, a Euribor desceu hoje para -0,222%. No prazo de 12 meses, a taxa Euribor subiu hoje em -0,190%, de acordo com a Lusa.


Petróleo em alta

Os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais, beneficiando da subida recente da divisa norte-americana, e numa altura em que os investidores estão a digerir as palavras do ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih. Durante o fim-de-semana, o responsável sugeriu que os limites à produção aplicados em 2016 podem terminar no próximo ano. O West Texas Intermediate ganha 0,66% para 63,97 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações nacionais, valoriza 0,43% para 67,60 dólares por barril.

Ouro sobe

O metal amarelo está a subir 0,27% para 1.332,34 dólares por onça, numa altura em que a China, um dos maiores consumidores do mundo, regressa à normalidade depois dos festejos do Novo Ano Lunar.

 

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