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Fecho dos mercados: Bolsa italiana vê maior subida desde 2017 e juros afundam 29 pontos base

Itália tomou conta dos mercados esta segunda-feira, após declarações do ministro das Finanças que parecem ter agradado aos investidores. O discurso pró-euro deu força à bolsa italiana, à moeda única e também a Portugal.

EPA
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,52% para 5.644,59 pontos

Stoxx 600 subiu 0,73% para 387,94 pontos

S&P 500 valoriza 0,31% para 2787,55 pontos 

"Yield 10 anos de Portugal recua 5,6 pontos base para 1,999%

Euro avança 0,29% para 1,1803 dólares

Petróleo perde 0,90% para 65,43 dólares por barril

Bolsa italiana regista maior subida desde Abril de 2017 

As bolsas europeias subiram esta sessão, animadas sobretudo por ventos italianos. Numa entrevista ao Corriere della Sera, o ministro das Finanças de Itália, Giovanni Tria, assegurou que a saída do euro não está a ser discutida, e que a permanência de Itália no euro é uma posição clara e unânime do Executivo formado pelo 5 Estrelas e pela Liga. Esta perspectiva animou a negociação bolsista em toda a Europa, com Itália em grande destaque, num dia em que o principal índice bolsista subiu mais de 3%. Esta foi mesmo a melhor sessão na bolsa italiana desde Abril de 2017.

 

O Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, subiu 0,73%, num dia em que a banca se destacou, com ganhos acentuados. 
 

E em Lisboa, o cenário foi idêntico. O PSI-20 subiu 0,52% para 5.644,59 pontos, com o BCP a ganhar 3,13% para 0,2737 euros. 

 

Juros de Itália afundam 29 pontos base

Após as declarações do ministro das Finanças de Itália, que assegurou lealdade ao Euro, os investidores estão mais confiantes quanto ao futuro da economia italiana. O suspiro de alívio bafeja os juros da dívida transalpina, que fecharam com uma quebra de 29,3 pontos base para os 2,838%. A descida a pique acontece após várias subidas ainda mais pronunciadas, que ditaram um pico de 3,439% nos juros no final de Maio.

Portugal, permeável à incerteza política vivida recentemente nos países dos Sul, beneficia agora da queda. As obrigações portuguesas a dez anos situam-se nos 1,999%, uma descida de 5,6 pontos base. Portugal volta deste modo a negociar abaixo da fasquia dos 2%, que ultrapassou na última quinta-feira. O prémio da dívida portuguesa face à alemã, que sobe esta segunda-feira 4,5 pontos base para os 0,493%, ronda os 150 pontos base. Em relação às obrigações italianas, o spread é de -83,9 pontos base. 

Euribor a seis e três meses mantém máximos
As taxas Euribor mantiveram-se a três e 6 meses em máximos e desceram a nove e 12 meses em relação a sexta-feira. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, ficou-se em -0,267%, um máximo dos últimos 11 meses e contra o atual mínimo de sempre, de -0,279%, registado pela primeira vez em 31 de janeiro de 2018.

Já a Euribor a três meses manteve-se pela quarta sessão consecutiva em -0,321%, actual máximo desde o início de 2017.


Acalmia em Itália anima euro

O euro está a ganhar terreno face ao dólar, numa semana em que se esperam novidades em matéria de política monetária, com o mercado a apostar numa subida dos juros por parte da Reserva Federal norte-americana e mais indicações do BCE sobre a redução do programa de compra de dívida.


O facto de a situação política em Itália ter acalmado levou hoje a bolsa de Milão à maior subida desde Abril do ano passado e a uma forte queda dos juros soberanos transalpinos, sendo esse o factor que mais a animar o euro. A moeda única europeia segue a ganhar 0,29% para 1,1803 dólares.

 

Sinais de que Rússia aumentou produção penalizam petróleo

As cotações do crude seguem em queda nos principais mercados internacionais, pressionadas pelos sinais de que a Rússia já terá aumentado a sua produção, o que, a confirmar-se, significa que já não está a respeitar o acordo de corte da oferta que celebrou com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e que está em vigor desde Janeiro de 2017.

As cotações do contrato de futuros do Brent do Mar do Norte – que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas – para entrega em Agosto seguem a recuar 0,33% para 76,21 dólares por barril. Já o contrato de Julho do West Texas Intermediate (WTI), transaccionado no mercado nova-iorquino, segue a perder 0,90% para 65,43 dólares.

 

Paládio sobe com bom desempenho dos automóveis na China

O paládio para entrega em Setembro segue a ganhar 0,80% para 1.013,60 dólares por onça no mercado nova-iorquino, animado pelas boas perspectivas para as vendas de automóveis na China. Este metal precioso é usado nos catalisadores, que reduzem a poluição nos veículos movidos a gasolina.

"As boas perspectivas [para as vendas de automóveis chineses] ajudam a garantir que o paládio se mantém firmemente acima dos 1.000 dólares por onça", segundo um relatório do Commerzbank citado pela Bloomberg.

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