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Fecho dos mercados: Banca dita dia negativo para as bolsas. Juros descem

A banca italiana continua sob pressão, com uma maior relutância sobre a eficácia do plano de recapitalização do Monte dei Paschi. Já as taxas das obrigações da Zona Euro, incluindo as portuguesas, registaram descidas.

19 de Dezembro de 2016 às 17:19
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Os mercados em números

PSI-20 desliza 0,17% para 4.620,04 pontos

Stoxx 600 perde 0,12% para 359,59 pontos

S&P 500 ganha 0,15% para 2261,36 pontos

"Yield" 10 anos de Portugal desce 4,5 pontos base para 3,758%

Euro desce 0,09% para 1,0442 dólares

Brent perde 0,31% para 55,04 dólares por barril

Banca arrasta bolsas

Numa sessão marcada por uma menor liquidez, o Stoxx 600 deslizou 0,12%, com a banca a penalizar. O índice desse sector teve a maior descida do dia, com o Unicredit a perder 4,53%. A solução para recapitalizar o Monte dei Paschi aparenta ter sofrido um novo recuo, depois do fundo italiano para absorver o malparado ter referido que tinha "fortes reservas" sobre os termos dos empréstimos planeados para o banco. Entretanto, o Monte dei Paschi, que perdeu 11,04%, continua em contra-relógio para conseguir capitalizar-se.

Ainda no sector da banca, o Deutsche Bank também penalizou. As acções cederam 4,47%. A Reuters noticiou que o acordo para a coima a pagar nos EUA poderá ser anunciado esta semana. A contrabalançar as descidas da banca estiveram as cotadas do sector tecnológico, com ganhos acima de 1%.

No PSI-20, a sessão também foi de perdas. O índice cedeu 0,17%. As quedas de 2,34% do BCP, de 2% da Jerónimo Martins e de 1,56% da Galp impediram uma sessão de ganhos na bolsa nacional. A Navigator também cedeu mais de 1%. A impedir descidas de maior dimensão estiveram os ganhos de 2,24% da EDP Renováveis e de 0,91% da EDP. A Mota-Engil e a Sonae também avançaram mais de 2%.

Taxa das obrigações europeias descem

As taxas das obrigações soberanas da Zona Euro tiveram quedas generalizadas. E Portugal acompanhou a tendência. A "yield" a dez anos baixou 4,5 pontos base para 3,758%. Também em Espanha e em Itália, as taxas registaram descidas. Os juros implícitos dos títulos espanhóis a dez anos baixaram 6,1 pontos base para 1,363%. No caso de Itália, a "yield" caiu 5,4 pontos base para 1,819%.

Apesar da descida dos juros portugueses, o prémio de risco face às obrigações alemãs, vistas como a referência na Zona Euro, aumentou. Isto porque a taxa alemã baixou 6,7 pontos base para 0,247%. O "spread" da dívida nacional agravou-se para 351 pontos base.

Euribor sobe a três meses

As taxas Euribor subiram a três meses e ficaram inalteradas a seis e a 12 meses. O indexante a três meses aumentou 0,1 pontos base para -0,313%, segundo dados da agência Lusa. Já a taxa a seis e a 12 meses voltaram a ser fixadas em -0,216% e em -0,081%, respectivamente, esta segunda-feira.

Libra desce e Deutsche Bank diz que está sobreavaliada

A libra regressou às descidas face ao dólar. A divisa britânica perdeu 0,64% para 1,2416 dólares. E apesar da desvalorização de 16% desde a vitória do Brexit no referendo de 23 de Junho, entidades como o Deutsche Bank consideram que a libra está sobreavaliada. Os analistas do banco alemão disseram, numa nota citada pela Bloomberg, que viam "um bom risco-recompensa na reentrada de apostas na descida" da libra.

Brent defende fasquia de 55 dólares

O Brent desvalorizou, mas a matéria-prima continua a negociar acima de 55 dólares. O preço desce 0,31% para 55,04 dólares por barril. Já nos EUA, o preço do West Texas Intermediate sobe 0,19% para 52 dólares. Mike Dragosits, estratego da TD Securities, referiu à Bloomberg que "por agora o mercado está bastante calmo", com os investidores a aguardar dados que permitam avaliar se a OPEP conseguirá implementar o acordo para o corte de produção.

Ouro sobe pela segunda sessão

Após os ganhos no primeiro semestre, o ouro tem sofrido desvalorizações sucessivas nos últimos meses devido às perspectivas de subidas de taxas de juro nos EUA e do regresso da inflação. Mas a pressão vendedora sobre o metal amarelo aliviou. O preço da onça de "troy" sobe 0,47% para 1.140,22 dólares esta segunda-feira, a segunda subida consecutiva. Segundo analistas citados pela Bloomberg, os indicadores técnicos deram sinais de que as descidas do ouro foram excessivas, levando alguns investidores a fechar as posições a apostar na descida. Além disso, os receios de piores relações entre a China e os EUA, também levou à procura por este activo que tem características de refúgio.

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