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Ao minuto06.06.2022

Juros e bolsas europeias em alta. Petróleo cede terreno

Acompanhe aqui minuto a minuto o conflito na Ucrânia e o impacto nos mercados.

REUTERS
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06.06.2022

China pinta Europa de verde. Lisboa regista o ganho mais tímido do bloco

A Europa encerrou a primeira sessão da semana pintada de verde, num dia marcado por um reforço do apetite pelorisco, despertado pela flexibilização de algumas medidas de confinamento da China decorrentes do combate à covid-19.

 

O "benchmark" europeu por excelência, Stoxx 600, valorizou 0,92% para 444,12 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice, tecnologia e energia comandaram os ganhos.

 

Nas restantes praças europeias, Londres subiu 1%, depois de a bolsa britânica ter estado encerrada por ocasião do Jubileu de Platina da rainha Isabel II e apesar da instabilidade que se sente esta segunda-feira no Reino Unido devido à moção de censura que está a ser votada no Partido Conservador e que pode levar à queda de Boris Johnson do cargo de líder do partido e, consequentemente, de primeiro-ministro do país.

 

Por sua vez, Madrid somou 1,22% e Frankfurt ganhou 1,34%. Em Amesterdão, o AEX apreciou-se em 1,54% e Milão somou 1,65%.

Lisboa registou o ganho mais tímido do bloco, tendo terminado a sessão a valorizar 0,82%, com a Greenvolt a comandar os ganhos, a disparar perto de 4%.

 

Este ano, as bolsas europeias têm sido pressionadas pela guerra na Ucrânia e pela expectativa da subida das taxas de juro na Zona Euro. O mercado está assim em contagem decrescente para a reunião do Banco Central Europeu que arranca quarta-feira.

 

O mercado está ainda de olho na China, onde qualquer medida adicional de flexibilização dos lockdowns tem potencial para impulsionar o mercado acionista global.

Os estrategas da Bernstein, numa nota de "research" citada pela Bloomberg, defendem que as expectativas sobre as margens de lucros das empresas no bloco permanece otimista para os próximos meses, apesar dos vários fatores que estão a pressionar o mercado.

06.06.2022

Dólar sobe para máximos de 20 anos face ao iene

A moeda norte-americana segue hoje a ganhar terreno no seu câmbio com a divisa nipónica, face à qual renovou máximos de 20 anos.

O dólar está a subir 0,4% para 131,45 ienes, como não era visto desde abril de 2002.

Os ganhos da nota verde estão a ser motivados pela subida dos juros da dívida norte-americana a 10 anos, que voltaram a ultrapassar a fasquia dos 3%, mais concretamente para 3,02%.

O índice da Bloomberg para o dólar – que compara o "green cash" com 10 divisas rivais – sobe 0,11% para 102,254 pontos.


Também a libra volta a estar no centro das atenções do mercado cambial, num dia em que Boris Johnson poderá enfrentar uma moção de censura dentro do próprio partido.

 

A moeda britânica ganha 0,59% contra o euro para 1,1715 euros e 0,45% contra o dólar para 1,2548 dólares. Entre as principais moedas do mundo, a libra regista o segundo pior desempenho este ano, mesmo depois de o Banco de Inglaterra ter subido as taxas de juro.

 
Já o euro enfraquece face à força da nota verde e cai 0,14% para 1,0704 dólares dois dias antes de arrancar a reunião do Banco Central Europeu (BCE) - que pode decidir subir pela primeira vez as taxas de juro desde 2011.

06.06.2022

Metais preciosos seguem com mais brilho

O ouro segue a valorizar no mercado londrino, a subir 0,35% para 1.851,90 dólares por onça. 

A prata, platina e paládio seguem hoje também com uma tendência positiva.

 

Esta é uma semana importante para os mercados em geral. Os investidores vão estar atentos à divulgação do índice de preços nos consumidor dos EUA em maio, um indicador importante para apurar se a inflação já atingiu um pico, um fator que pode abrandar a agressividade da política monetária da Reserva Federal norte-americana.

 

Além disso, os investidores vão estar atentos à reunião do Banco Central Europeu (BCE) que decorre esta quarta e quinta-feira. O mercado quer saber se sobem já as taxas de juro pela primeira vez desde 2011.

06.06.2022

Maior apetite pelo risco afasta investidores da dívida e agrava juros

Os juros da dívida soberana na Europa seguem em alta, devido ao maior apetite dos investidores por ativos de risco, como as ações, levando a uma menor procura por obrigações – o que faz subir as "yields".

 

Isto numa altura em que crescem as apostas de que o BCE vai subir os juros diretores em setembro e prosseguir em outubro.

 

Os juros da dívida portuguesa a 10 anos seguem a somar 4,7 pontos base para 2,502%.

 

Em Itália e Espanha, também no vencimento a 10 anos, as "yields" sobem 3,3 e 5,5 pontos base, para 3,422% e 2,482%, respetivamente.

 

Já em França avançam 5,1 pontos base para 1,847%, estando assim em máximos desde junho de 2014.

 

As "yields" das Bunds alemãs a 10 anos, referência para a Europa, acompanham o movimento de subida, a ganharem 5,6 pontos base para 1,323%.

06.06.2022

Petróleo alivia depois de máximos de três meses

Os preços do petróleo têm estado hoje a negociar entre altos e baixos, seguindo agora a ceder ligeiramente.

 

De manhã, as cotações chegaram a disparar para máximos de três meses, impulsionadas pelo anúncio de um aumento de preços acima do esperado por parte da Arábia Saudita relativamente ao crude que exporta para a Ásia.

 

Em Londres, o contrato de agosto do Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a deslizar 0,26% para 119,41 dólares por barril.

 

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, cede 0,42% para 118,38 dólares por barril.

06.06.2022

Tecnológicas chinesas empurram Wall Street para o verde. Didi dispara 59%

Wall Street arrancou a sessão no verde impulsionada pela onda de otimismo vivida entre o setor tecnológico, depois de ser noticiado que os reguladores chineses estão a concluir avaliações de segurança para voltar a tornar possível a presença das aplicações da Didi, Full Truck Alliance e Kanzhun no país.

 

O industrial Dow Jones valoriza 0,64% para 33.120,72 pontos, enquanto o "benchmark" mundial por excelência S&P 500 soma 1,07% para 4.156,02 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite ganha 1,52% para 12.198,24 pontos.

 

Para além da Didi que dispara 58,92%, entre o setor tecnológico, as "depositary shares" da Full Truck Alliance escalam 18,41% e da Kanzhun disparam 21,96%. Já a JD.com, Baidu e Alibaba aproveitaram a boleia e também seguem a negociar no verde com ganhos entre 4% e 6%.

 

Entre as tecnológicas norte-americanas, a Apple goza do "sympathy play" a valorizar 1,56%, a par da Miscrosoft que cresce 0,71%, da Meta que sobe 0,78% e da Aphabet que aprecia 1,30%.

 

A contrariar a tendência está o Twitter que perde 3,68%, depois de tombar cerca de 7% no premarket, após Elon Musk ameaçar romper o acordo de compra do Twitter.

 

O CEO da Tesla entregou esta segunda-feira junto do regulador dos mercados norte-americano, a Securities and Exchange Comission (SEC), um documento em que acusa a administração do Twitter de violar o estabelecido no acordo para a compra da rede social, uma operação avaliada em 44 mil milhões de dólares.

 

No documento, Elon Musk alega que como potencial futuro dono do Twitter tem direito a informação relevante para o desenho de um plano de negócio e estratégia.

06.06.2022

Otimismo da China mete mercados europeus a negociar em terreno positivo

A Europa está a negociar no verde, inspirada pelo otimismo vindo da China, onde estão a ser aliviadas algumas medidas de combate à covid-19, nomeadamente sobre refeições em grupo no interior dos restaurantes e o fim de proibições de trânsito em muitas cidades.

O índice de referência europeu, Stoxx 600, sobe 0,91% para 444,10 pontos. Os setores que mais sustentam os ganhos são o tecnológico, a par dos ganhos registados no setor na Ásia e Estados Unidos, petróleo e gás e os recursos básicos.

Em queda estão apenas o setor das telecomunicações e do imobiliário.

Depois da praça de Londres ter estado encerrada nos últimos dois dias da semana passada, a bolsa londrina reabre em dia de moção de censura no parlamento britânico. Boris Johnson vai enfrentar uma moção de desconfiança vinda do próprio partido. Para já tanto o mercado bolsista como o cambial parecem estar a gerar ganhos, mostrando a vontade dos investidores em relação ao executivo britânico.

Qualquer reabertura por parte da China vai dar um novo ânimo às bolsas a nível mundial, é o que diz a analista do State Street Global Markets, Marija Veitmane, à Bloomberg. Acrescentando que "as pessoas e as empresas não vão gastar enquanto estiverem fechadas em casa".

Nos principais índices da Europa ocidental, em Amesterdão, o AEX cresce 1,6%, o britânico FTSE 100 sobe 1,37%, o italiano FTSEMIB ganha 1,34% e o francês CAC-40 valoriza 1,09%. Já o alemão DAX soma 0,98%, o espanhol IBEX pula 0,89% e o português PSI é o que menos cresce com 0,65%.

06.06.2022

Johnson atira juros britânicos para o maior agravamento da Europa

Os juros das dívidas soberanas a dez anos na Zona Euro estão em tendência mista. Na Europa central, os juros da Alemanha, França e Reino Unido agravam, à medida que na Península Ibérica e em Itália aliviam.

A yield das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para o mercado europeu — agrava 2,2 pontos base para 2,207%. Desde o dia 5 de maio que os juros da dívida germânica a dez anos estão acima de 1%.

Os juros da dívida francesa aumentam 1,3 pontos base, para 1,808%, enquanto a yield das obrigações italianas a dez anos subtrai 3,8 pontos base para 3,351%, o alívio mais expressivo entre os 19 estados.

Os juros das dívidas soberanas a dez anos na Zona Euro seguem mistos, numa altura em que o Financial Times noticia que o Banco Central Europeu (BCE) vai avançar com um plano para impedir uma alta acentuada das yields.

Já no Reino Unido, o primeiro-ministro, Boris Johnson, que vai enfrentar um voto de desconfiança esta segunda-feira, vê o país a ter o maior agravamento dos juros da dívida de 5,5 pontos base, para 2,207%.

Na Península Ibérica, a yield da dívida portuguesa a dez anos alivia 0,4 pontos base para 2,451%, continuando bem acima dos 2%, valor que tem sido registado diariamente desde o final de abril. Já em Espanha os juros da dívida a dez anos recuam 0,2 pontos base, para 2,425%.

No final da semana é esperado que o BCE valide o fim do programa de compra de ativos, no início de julho, e a primeira subida de juros a acontecer no início do mesmo mês.

06.06.2022

Brent segue acima dos 120 dólares, com reabertura da China e aumento dos preços na Arábia Saudita

O afastamento da Europa da energia russa vai obrigar a grandes investimentos públicos e privados.

O petróleo está a valorizar, dando continuação aos resultados da semana passada. A impulsionar a subida dos preços está o abrandamento das medidas de combate à covid-19 a reabertura gradual da China, o maior comprador de petróleo do mundo.

A influenciar a subida do preço do "ouro negro" está também a Arábia Saudita, que através do produtor Aramco anunciou um aumento no preço do crude.

Tanto a Moodys como o Barclays reviram em alta a subida dos valores. A agência de notação financeira espera que o embargo da União Europeia mantenha os preços "elevados e voláteis", mesmo com o aumento da produção aprovado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

O West Texas Intermediate – negociado em Nova Iorque – sobe 0,66% para 119,65 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, valoriza 0,66% para 120,51 dólares por barril.

Para esta semana há ainda expectativas de que a Casa Branca consiga negociar com o Irão, permitindo que o país coloque mais petróleo no mercado, para compensar a quebra de fornecimento da Rússia.

06.06.2022

Incerteza mantém ouro em terreno positivo. Dólar desvaloriza. Bolsa de metais em Londres processada

O ouro está a negociar em terreno positivo, à medida que a incerteza económica continua a pautar os mercados. Ainda assim, o preço do ouro caiu cerca de 10% desde há três meses, quando se iniciou a guerra na Ucrânia e os investidores procuraram refúgio no ativo seguro por excelência.

O mercado vai estar atento não só à reunião de quarta e quinta-feira do Banco Central Europeu que vai ditar a política monetária dos próximos meses, mas também aos dados da inflação nos Estados Unidos que vão ser divulgados no final da semana.

Esta manhã, o metal amarelo vai ganhando 0,29% para 1.855,59 dólares por onça. A ajudar na subida está o dólar, que cede 0,016%, o que torna este ativo mais barato e por isso mais atrativo para os investidores.

Nos metais, a platina ganha 1,38% e o paládio valoriza 2,45%.

Já a "nota verde" segue a perder terreno face a outras moedas de peso, como o yuan (-0,20%), a libra esterlina (-0,42%) e o franco suíço (-0,12%).

Ainda pelos metais, em Londres, o "London Metal Exchange" (LME) está a ser processado em 456 milhões de dólares, depois de uma decisão de parar e impedir a negociação do níquel, na sequência da invasão militar da Ucrânia pela Rússia, que fez disparar os preços deste ativo.

Vários fundos de investimento alegam que a decisão lhes provocou perdas, com a Elliott Investment Management a avançar mesmo para a justiça.

"A Elliott considera que quando a LME cancelou as negociações de níquel a 8 de março de 2022, agiu ilegalmente, excendendo os seus poderes e agindo de forma irracional, em particular, levando em consideração fatores irrelevantes (incluindo sua própria posição financeira) e não considerando fatores de relevância", indicou fonte da empresa à Bloomberg.

06.06.2022

Europa a caminho do verde. Ásia fecha positiva com abrandamento de restrições covid

A Ásia encerrou a sessão de negociação desta segunda-feira em terreno positivo, motivada pelo abrandamento das medidas contra a covid-19 na China e a Europa deverá seguir esta tendência.

Os investidores vão estar atentos ao Banco Central Europeu, cujos membros vão estar reunidos na quarta e quinta-feira. O regulador não deve anunciar para já um aumento em 25 pontos base das taxas de juro de referência, o que só deverá acontecer em julho. Ainda assim, é esperado que a presidente, Christine Lagarde, dê algumas pistas sobre a estratégia do supervisor para travar a escalada da inflação.

Os futuros tanto do Stoxx 50 como do Stoxx 600 sobem 0,7%. Pela Ásia, no Japão, o Nikkei terminou a sessão a ganhar 0,56%, enquanto o Topix subiu 0,31%. Em Hong Kong, o Han Seng avançou 1,41%. A bolsa de Xangai somou 1,28%. Já o Kospi, na Coreia do Sul, valporizou 0,44%.

Ainda hoje, arranca a Worldwide Developers Conference (WWDC 2022) e apesar do evento ser principalmente dedicado ao setor tecnológico, os investidores vão estar atentos à presença da Apple que poderá dar mais pistas sobre a nova atualização do sistema operativo - o IOS 16, ou até mesmo novos equipamentos.

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