Europa pintada de verde com Stoxx 600 em máximos desde agosto

As bolsas europeias encerraram no verde, numa altura em que ganha força a expectativa de que uma menor robustez aliada ao abrandamento da inflação irá levar os bancos centrais a cortar os juros.

O Stoxx 600, referência para a região, subiu 0,52% para  470,06 pontos, tendo terminado a sessão em máximos desde agosto deste ano.

Entre as principais movimentações, a TUI avançou 15,34% para 6,86 euros, depois de ter partilhado previsões entusiasmantes para o próximo ano. Já a Merck KGaA caiu 13,09% para 140,75 euros, depois de um medicamente experimental para a esclerose múltipla ter falhado num ensaio clínico já avançado.

Dos setores que compõem o índice, o das viagens e o automóvel foram o que mais valorizaram (2,4% e 2,06%), enquanto o do petróleo e gás foi o que mais perdeu (-1,05%).

Nas principais praças europeias, o alemão DAX 30 valorizou 0,75%, o francês CAC-40 somou 0,66%, o espanhol Ibex 35 cresceu 0,19%, o italiano FTSE Mib valorizou 0,81%, o britânico FTSE 100 subiu 0,34% e o AEX, em Amesterdão, valorizou 0,27%.

As ações europeias arrancaram dezembro em bom tom, mantendo a tendência observada no mês em causa ao longo das últimas três décadas. Isto depois de um novembro sorridente, à boleia de um arrefecimento da inflação na região e de um mercado laboral menos robusto nos Estados Unidos.

O Banco Central Europeu (BCE) e a Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos voltam a reunir-se na próxima semana, com encontros de política monetária marcado para 12 e 12 e 13 de dezembro, respetivamente.

Juros aliviam na Zona Euro antes dos dados do PIB na região

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram-se um dia antes da divulgação dos números do Produto Interno Bruto (PIB) na região, o que poderá influenciar o futuro da política monetária. 

Martin Kazaks, membro do conselho do Banco Central Europeu, sugeriu que a instituição não vai necessitar fazer um corte nas taxas de juro no primeiro semestre de 2024. Ainda assim, o mercado está a apostar que a flexibilização da política monetária vai acontecer já em março.

Os juros da dívida portuguesa a dez anos retrairam 4 pontos base para 2,827%. A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, recuou 4,8 pontos base para 2,195%.

Já a rendibilidade da dívida espanhola desceu 5,6 pontos base para 3,190%, enquanto os juros da dívida italiana subtraíram 5,5 pontos bas para 3,927% e os da francesa aliviaram 6,5 pontos base para 2,736%. 

Emprego menos robusto dá força a corte dos juros e impulsiona ouro

O ouro está a valorizar, numa altura em que os investidores digerem dados do emprego menos robustos nos Estados Unidos. Depois de um abrandamento no número de vagas disponíveis, foi esta terça-feira conhecido que a contratação no setor privado nos Estados Unidos cresceu menos do que o esperado em novembro. 

O abrandamento do ritmo de contratação é um dado que pode agradar à Reserva Federal (Fed) norte-americana e que está a adensar as expectativas de que o banco central terá concluído a subida dos juros e deverá começar a baixá-las no próximo ano.

A perspetiva está a dar força ao ouro, que tende a sair penalizado de uma política monetária restritiva.

O ouro a pronto (spot), negociado em Londres, valoriza 0,57% para 2.030,88 dólares por onça, enquanto o paládio sobe 3,2% para 967,78 dólares e a platina soma 0,56% para 908,12 dólares.

O mercado atribui uma probabilidade de 60% de a Fed baixar os juros em março.

Dólar ganha ao euro com expectativa de corte dos juros do BCE em março

O dólar está a ganhar terreno em relação ao euro, com a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) comece a cortar as taxas de juro já em março.

O dólar está a ganhar 0,09% para 0,9273 euros.

Os investidores estão agora a apontar para uma probabilidade de cerca de 85% de o BCE reduzir as taxas de juro na reunião de março, com cortes de quase 150 pontos base até ao final do próximo ano, de acordo com a Reuters.

"Os mercados têm apostado ativamente em cortes nas taxas de juro, sem qualquer tipo de confirmação por parte dos bancos centrais", disse Adam Button, analista-chefe de divisas na ForexLive, citado pela agência de notícias. "Ao longo de dezembro, precisamos de uma mudança de tom dos bancos centrais ou de uma reavaliação nos mercados", aponta.

Petróleo cai para mínimos de julho em Londres

Os preços do "ouro negro"seguem em baixa nos principais mercados internacionais, sem que o anúncio dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+) de retirada adicional de crude do mercado esteja a ser suficiente para sustentar as cotações – isto numa altura em que existe incerteza em torno da procura mundial por combustível devido à desaceleração económica.

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a cair 2,33% para 75,40 dólares por barril – tendo assim atingido o nível intradiário mais baixo desde julho.

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 2,63% para 70,42 dólares por barril.

Os stocks norte-americanos de crude diminuíram na semana passada, mas os inventários de gasolina e de destilados subiram, segundo os dados divulgados hoje pelo Departamento de Energia dos EUA.

Dados do emprego menos robustos animam Wall Street

As bolsas norte-americanas abriram em terreno positivo, impulsionadas por dados do emprego no setor privado. A criação de emprego no privado aumentou menos do que o esperado em novembro, alimentando a expectativa de que a Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos tem margem para começar a cortar os juros no próximo ano. 

As empresas criaram 103 mil postos de trabalho em novembro, abaixo das estimativas dos analistas, segundo dados da ADP, que são considerados um barómetro para o relatório sobre o emprego que será publicado na sexta-feira pelo Departamento do Trabalho. 

O S&P 500 sobe 0,48% para 4.589,2 pontos, o industrial Dow Jones valoriza 0,35% para 36.252,72 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,45% para 14.294,39 pontos.

"No final de contas, o abrandamento na contratação continua e está a tornar-se cada vez mais óbvio. Aquilo em que estou mais focado neste momento é na trajetória da atividade - e tudo o que vejo é uma desaceleração em diferentes áreas, incluindo a laboral", afirmou Stan Shipley, da Evercore, em declarações à Bloomberg.

As atenções dos investidores estão agora nos dados de sexta-feira, com o mercado a estimar que tenham sido criados 187 mil postos de trabalho em novembro. Já a taxa de desemprego, que no mês passado foi de 3,9%, deverá manter-se no nível mais alto em quase dois anos.

Euribor cai a três, seis e 12 meses e prazo mais longo tem menor taxa desde abril

A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses, recuando, nesta última, para o valor mais baixo desde abril.

A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, baixou hoje para 3,728%, menos 0,057 pontos do que na terça-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Segundo dados do BdP referentes a outubro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,8% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,9% e 23,6%, respetivamente.

No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, recuou hoje, para 3,950%, menos 0,003 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses recuou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada, também, em 3,950%, menos 0,008 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas.

A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Lusa

Europa em alta. Merck tomba quase 13%

Os principais índices abriram em alta, com os investidores centrados na possibilidade de os bancos centrais virem a cortar as taxas de juro diretoras na primeira metade do próximo ano, numa altura em que tanto a inflação como o mercado laboral parecem estar a dar sinais de abrandamento.

O índice de referência europeu, Stoxx 600, soma 0,26% para 468,82 pontos. A registar os maiores ganhos esta o setor mineiro, o setor de viagens e o tecnológico, com subidas que rondam 1%.

Entre os principais movimentos de mercado, a Merck tomba 13,74%, depois de o seu medicamento experimental para combater a esclerose múltipla, o Evobrutiniban, ter ficado aquém das expectativas nos ensaios iniciais. Este resultado está a ser entendido como um fator de penalização nas ambições da empresa.

"A atividade económica está a subir, os preços da energia não estão a escalar e o Banco Central Europeu sinalizou o fim do ciclo de subida das taxas de juro", disse Rajeev De Mello, analista da Gama Asset Management, em declarações à Bloomberg, acrescentando que "há potencial de ganhos nos próximos meses".

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,15%, o francês CAC-40 avança 0,06%, o italiano FTSEMIB ganha 0,28%, o britânico FTSE 100 sobe 0,33% e o espanhol IBEX 35 cresce 0,1%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,37%.

Comentários de membro do BCE deixa juros mistos na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a negociar mistos esta quarta-feira, com os investidores a avaliarem comentários de Martin Kazaks, membro do conselho do Banco Central Europeu, que afirmou que provavelmente o banco central não necesstirá de cortar as taxas de juro no primeiro semestre de 2024.

No entanto, Kazaks mostrou-se aberto a alterações, caso o cenário económico também se altere.

Os juros da dívida portuguesa a dez anos somam 0,5 pontos base para 2,872%. A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, recua 1 ponto base para 2,233%.

A rendibilidade da dívida espanhola desce 0,6 pontos base para 3,240%, os juros da dívida italiana e francesa recuam 1 ponto base para 3,973% e 2,790%, respetivamente.

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica agravam-se 1,9 pontos base para 4,037%.

Dados do emprego dão força ao ouro. Dólar recupera ligeiramente

O ouro está a valorizar esta quarta-feira, numa altura em que vai capitalizando num dólar mais fraco e os dados do emprego nos EUA apontam para que a Reserva Federal não tenha de voltar a subir os juros diretores nos próximos tempos.

O metal amarelo soma 0,36% para 2.026,54 dólares.

Dados divulgados esta terça-feira mostraram que o número de vagas de emprego caiu para o valor mais baixo desde março de 2021, sinalizando um arrefecimento do mercado laboral e abrindo porta a uma política mais suave por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana.

As atenções viram-se agora para as estatísticas de criação de emprego nos Estados Unidos referentes ao mês de novembro, que serão conhecidas na sexta-feira.

Face a estes dados o dólar desvalorizou, mas está agora a inverter e o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da nota verde contra 10 divisas rivais - avança 0,01% para 104,056 dólares. Já face ao euro soma 0,12% para 0,9273 euros.

Os governadores da Reserva Federal estão agora num período de silêncio antes da reunião de política monetária agendada para 12 e 13 de dezembro. A centrar atenções estará a atualização das projeções relativamente aos níveis das taxas de juro diretoras no próximo ano. O mercado está a atribuir em 56% a possibilidade de um corte de juros em março.

Petróleo avança em movimento de correção após quatro sessões de perdas

Os preços do petróleo estão a negociar em alta, num movimento de correção, depois de terem registado perdas nas últimas quatro sessões consecutivas. Os investidores continuam focados na decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) em retirar crude do mercado e os seus níveis de concretização.

Ainda a centrar atenções está ainda a economia chinesa, o segundo maior mercado importador de crude do mundo, e as perspetivas de consumo para 2024.

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, soma 0,25% para 77,39 dólares por barril. O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, avança 0,07% para 72,37 dólares por barril.

"As únicas notícias positivas dos últimos dias têm sido os responsáveis sauditas e russos a afirmar que os cortes da OPEP+ podem ser aumentados ou prolongados dependendo dos preços no mercado", disse à Reuters Suvro Sarkar, analista do DBS Bank.

"Além disto", acrescentou, "não vemos nenhum catalisador positivo para o petróleo no curto-prazo".

Europa de olhos em ganhos. Ásia valoriza

Os principais índices europeus estão a apontar para ganhos esta quarta-feira, numa altura em que as atenções dos investidores se continuam a centrar na política monetária levada a cabo pelos bancos centrais.

Os mercados estão agora a incorporar, em 90%, um corte das taxas de juro diretoras pelo Banco Central Europeu no primeiro trimestre de 2024. Principalmente depois de Isabel Schnabel, membro do conselho executivo do BCE ter referido que que há uma baixa probabilidade de haver uma nova subida dos juros de referência, dada a "notável" descida da inflação.

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 somam 0,3%.

Na Ásia a sessão foi positiva com os índices a deixarem para trás três dias consecutivos de perdas. Os ganhos foram também assentes nas expectativas de que a Reserva Federal norte-americana comece a proceder a cortes nas taxas de juro diretoras nos primeiros meses de 2024.

O número de vagas de emprego nos Estados Unidos desceu em outubro para mínimos de inícios de 2021, denotando maior fraqueza no mercado laboral, um dos parâmetros da Fed para o fim deste ciclo mais agressivo de endurecimento da política monetária.

Em destaque esteve a bolsa indiana com o mercado acionista do país a atingir uma capitalização bolsista acima dos quatro biliões de dólares pela primeira vez na terça-feira.

Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, sobe 0,61% e o Shanghai Composite cedeu 0,11%. No Japão, o Topix subiu 1,9% e o Nikkei valorizou 2,04%. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,044%.