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China e BCE dão impulso às bolsas europeias
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
China e BCE dão impulso às bolsas europeias
Os principais índices europeus negociaram maioritariamente no verde, dando continuidade aos ganhos de ontem, quando foram impulsionados pela possibilidade de a subida de juros de quinta-feira pelo Banco Central Europeu, em 25 pontos base, ser a última do atual ciclo.
Ainda a impulsionar o sentimento estiveram dados económicos melhores do que o esperado na China, que apontam para a possibilidade de Pequim poder estar a virar a página, face a maiores dificuldades de crescimento da economia.
O índice de referência, Stoxx 600, subiu 0,23% para 461,93 pontos, com o setor automóvel e mineiro a registarem os maiores ganhos. Em sentido oposto, a tecnologia e o imobiliário perderam mais de 1%.
Entre os principais movimentos de mercado, a H&M perdeu mais de 7% depois de ter revelado que o volume de vendas no último trimestre estagnou, numa altura em que a concorrência de outras marcas, como a Zara do grupo Inditex, tem aumentado.
"Os mercados receberam a mensagem do Banco Central Europeu de uma forma muito positiva, assumindo que esta foi a última subida de juros, mas, ao mesmo tempo, abre-se agora um período de incerteza sobre quando vão começar os cortes [de taxas de juro] e pode existir alguma volatilidade à volta disso", disse à Bloomberg a analista María Torres, analista da Mapfre.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,56%, o francês CAC-40 valorizou 0,96%, o italiano FTSEMIB subiu 0,08%, o britânico FTSE 100 subiu 0,5% e o espanhol IBEX 35 avançou 0,01%.
Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,4%.
Juros agravam-se na Zona Euro com comentários de Lagarde
Os juros agravaram-se esta sexta-feira, num dia em que os investidores estiveram a avaliar as palavras de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, que prometeu uma inflação abaixo dos 2% "em tempo útil" e notou que o crescimento fraco da Zona Euro "não é recessão".
Além disso, Lagarde salientou que o aumento das taxas de juro anunciado na quinta-feira não foi uma "subida 'dovish' e que não exclui decisões futuras" por parte do Conselho de política monetária do BCE.
A "yield" dos juros da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos agravou-se em 10,1 pontos base para 3,384%. Já a "yield" das Bunds alemãs a dez anos, referência para a região, subiu 8,4 pontos base para 2,671%.
Os juros da dívida soberana italiana com o mesmo vencimento somaram 12,1 pontos base para 4,454% e os juros da dívida espanhola subiram 10,3 pontos base para 3,738%, ao passo que os juros da dívida francesa acresceram 9,7 pontos base para 3,217%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica a dez anos agravou-se em 7,7 pontos base para 4,352%.
Bons dados económicos da China impulsionam preços do crude
O petróleo está a negociar em terreno positivo e a caminho da terceira semana consecutiva de ganhos, com a subida a ser sustentada por cortes na produção pela Arábia Saudita, bem como pelo otimismo proveniente de uma possível recuperação da economia chinesa.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – ganha 0,39% para 90,51 dólares por barril. Por sua vez, o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – soma 0,04% para 93,74 dólares por barril.
Ambos os crudes continuam a negociar em máximos de novembro.
A China, o maior importador mundial de crude, tem registado uma fraca recuperação económica da pandemia, mas esta sexta-feira foram divulgados dados da produção industrial e das vendas a retalho, que cresceram a uma velocidade mais rápida do que o esperado, o que poderá ser positivo para os preços do crude.
"O investimento em petróleo tem-se tornado um favorito em Wall Street. Ninguém está a duvidar que a decisão da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) no final de agosto vai manter o mercado muito apertado no quarto trimestre", afirmou à Reuters Edward Moya, analista da OANDA.
Dólar recua. Euro caminha para mais longa série de quedas semanais da sua existência
O dólar está a recuar, depois de terem sido conhecidos dados melhores do que o esperado da economia chinesa, ao mesmo tempo que os investidores se vão focando no que poderá ser decidido pela Reserva Federal norte-americana na próxima reunião de política monetária.
O dólar desce 0,29% para 0,9369 euros, depois de esta quinta-feira ter registado fortes subidas contra a moeda única europeia, depois de o Banco Central Europeu ter anunciado uma nova subida das taxas de juro em 25 pontos base.
Apesar da subida, o euro caminha para a nona semana de perdas, a maior série desde a sua criação há mais de 20 anos.
Por sua vez, o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra outras divisas – recua 0,29% para 105,121 pontos.
Ouro ganha quase 1% e recupera de mínimos de três semanas
O ouro está a valorizar significativamente e a recuperar de mínimos de três semanas, numa altura em que os ganhos vão sendo sustentados pela descida do dólar, o que torna o metal menos dispendioso para compradores com moeda estrangeira.
O ouro sobe 0,94% para 1.928,67 dólares por onça.
"Estamos a ver uma consolidação do euro e uma ligeira recuperação do yuan contra o dólar. Isto é positivo para o ouro, que se está a aguentar acima dos 1.900 dólares por onça", disse à Reuters o analista Carlo Alberto de Casa da Kinesis Money.
Fabricantes de "chips" abalam sentimento em Wall Street
Os principais índices do lado de lá do Atlântico abriram a negociar ligeiramente em baixa, com as fabricantes de "chips" a penalizarem o sentimento de mercado, depois de a TSMC ter pedido aos seus fornecedores para atrasarem a entrega de equipamentos topo de gama para o fabrico de semicondutores.
No entanto, a possibilidade de uma pausa na reunião de política monetária da Fed na próxima semana está a dar algum otimismo e a impedir maiores quedas.
O industrial Dow Jones cede 0,1% para 34.871,15 pontos, enquanto "benchmark" mundial Standard & Poor's 500 (S&P 500) recua 0,4% para 4.487,29 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,53% para 13.852,93 pontos.
Os três índices estão a caminho de uma semana positiva com um possível ganho de mais de 1%.
Entre os movimentos de mercado a Adobe cai mais de 3%, mesmo depois de ter revelado melhores resultados do que o esperado no último trimestre. Já a Arm mantém a sua tendência de alta e sobe mais de 6%, no seu segundo dia de negociação em Nova Iorque.
Euribor sobe a três e seis meses para novos máximos
A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses, nos dois prazos mais curtos, pela terceira sessão consecutiva, para novos máximos desde novembro de 2008.
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 4,169%, mais 0,010 pontos que na quinta-feira, depois de ter subido até 4,193% em 7 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal referentes a julho de 2023, a Euribor a 12 meses representava 39,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 35,1% e 23,0%, respetivamente.
No prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, subiu hoje para 4,055%, mais 0,015 pontos do que na sessão anterior e um novo máximo desde novembro de 2008.
Por sua vez, a Euribor a três meses avançou 0,011 pontos face à anterior sessão, ao ser fixada hoje em 3,878%, também um novo máximo desde novembro de 2008.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de setembro, o BCE voltou a subir, pela décima sessão consecutiva, as suas taxas diretoras, desta vez em 25 pontos base - tal como em 27 de julho, em 15 de junho e 4 de maio -, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 8 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 26 de outubro em Atenas.
Lusa
Ventos chineses dão fôlego à Europa
A Europa começou o dia no verde, animada pelos (bons) dados económicos vindos da China e pelas medidas anunciadas pelo banco central do país para impulsionar o mercado e a economia chinesa.
Os investidores estão ainda atentos à desvalorização do euro - que caminha para uma nona semana de perdas - e que pode tornar as ações denominadas na moeda única mais atrativas para quem negoceia com outras moedas.
O Stoxx 600 – referência para o mercado europeu – valoriza 0,77% 464,43 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice, produtos químicos e recursos de base lideram a tabela dos ganhos. Das duas dezenas de setores, apenas as ações tecnológicas negoceiam em terreno negativo.
Entre as principais praças do bloco, Frankfurt valoriza 0,9%, Paris ganha 1,25% e Londres valoriza 0,59%.
Milão sobe 0,58%, Lisboa avança 0,2% e Amesterdão negocieia na linha de água.
Um dia depois de o banco central chinês ter reduzido o montante mínimo de reservas que as instituições financeiras devem deter junto do banco central, a autoridade monetária manteve inalterada a taxa de juro de referência e tomou outras medidas de cedência de liquidez.
Além disso, os dados das vendas a retalho e da produção industrial ficaram acima do esperado. Agora, os investidores viram o foco para os EUA, onde a Fed se reúne na próxima semana. No mercado de "swaps", os investidores apontam para uma probabilidade superior a 90% de que o banco central irá anunciar uma nova pausa no ciclo de aumento da taxa dos fundos federais.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros agravam-se na Zona Euro, num dia marcado por um maior apetite pelo mercado de risco.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – "benchmark" para o bloco – agrava-se 5 pontos base para 2,638%.
Os juros das obrigações portuguesas com vencimento em 2033 soma 6,9 pontos base para 3,352%.
A rendibilidade da dívida espanhola com a mesma maturidade cresce 6,2 pontos base para 3,697%.
Os juros dos títulos italianos a 10 anos somam 7,4 pontos base para 4,407%. O "spread" face à dívida alemã fixa-se em 176,4 pontos base.
Euro aproxima-se do mais longo ciclo de perdas de sempre
O euro está prestes a fechar o mais longo ciclo de perdas face ao dólar, desde a sua criação há mais de 20 anos.
A moeda única ganha 0,11% para 1,0655 dólares, sendo que no acumulado desta semana segue a desvalorizar 0,39%, estando prestes a fechar uma nona semana de perdas.
Além disso, o euro está a ser negociado perto de mínimos de março.
O ciclo de subidas das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) poderá ter chegado ao fim após 14 meses e 450 pontos base, o que está a pressionar a moeda única. Depois de anunciar o décimo aumento consecutivo - que não foi consensual dentro do grupo de decisores -, a presidente Christine Lagarde indicou que poderá seguir-se uma pausa. Mas avisou que os juros não irão descer tão cedo.
O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra outras divisas – recua 0,13% para 105,263 pontos, pressionado pelos bons ventos vindos da China. Os dados das vendas a retalho e da produção industrial superaram as estimativas e o banco central do país anunciou novas medidas para impulsionar o mercado e a economia.
Powell empurra ouro para segunda semana de perdas
O ouro está prestes a fechar uma segunda semana de perdas. A persistência da inflação nos EUA está a reforçar a expectativa de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana vai manter a sua política monetária restritiva.
O índice de preços no consumidor (IPC) acelerou para 3,7% em agosto, acima dos 3,2% registados em julho e mais que os 3,6% antecipados pelos analistas.
A inflação subjacente, que exclui os preços da energia e dos produtos alimentares, que são mais voláteis, avançou 0,3% em relação a julho – tendo sido a primeira vez em seis meses que esta taxa acelerou. Em termos anuais, esta inflação aumentou 4,3%, em linha com as estimativas e representando o menor avanço em quase dois anos.
Já durante esta sexta-feira metal amarelo ganha 0,33% para 1.917,17 dólares, à medida que o indicador de força do dólar recua, tornando o investimento no ouro mais atrativo para quem negoceia com outras moedas.
Petróleo prestes a fechar uma terceira semana de ganhos
O petróleo Brent está prestes a fechar uma terceira semana de ganhos, impulsionado pelo aperto da oferta do crude.
O ouro negro que serve de referência para as importações europeias valoriza 0,72% para 94,37 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – sobe 0,79% para 90,87 dólares por barril.
Esta semana, tanto a Agência Internacional de Energia, como a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), e a administração norte-americana apontam para um futuro marcado por menos oferta.
Europa aponta para verde à boleia dos bons ventos chineses
A Europa aponta para terreno positivo e a Ásia fechou no verde, após a divulgação de dados macroeconómicos chineses, que ficaram acima do esperado e depois de o banco central ter tomado medidas para apoiar a economia.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 subiram 0,7%.
Pela Ásia, na China, Xangai caiu 0,4% e Hong Kong cresceu 1%. No Japão, o Topix arrecadou 1,2% e o Nikkei ganhou 1,10%. Na Coreia do Sul, o Kospi somou 1,11%.
Os números da produção industrial e das vendas a retalho superaram as estimativas, dando sinais de que as medidas adotadas por Pequim para impulsionar a economia estão a surtir efeito.
Por outro lado, o banco central chinês manteve a taxa de juro de referência dos empréstimos a médio prazo e forneceu mais liquidez ao mercado, um dia depois de ter anunciado um corte das reservas obrigatórias detidas pelas instituições financeiras junto do banco central.