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Europa mista de olho no BCE, mercado da dívida e contas
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira.
Europa mista de olho no BCE, mercado da dívida e contas
A Europa terminou a sessão com uma tendência mista, tendo o "benchmark" europeu Stoxx 600 valorizado 0,28% para 444,07 pontos.
O alívio das "yields" na Zona Euro deu ânimo a vários setores do índice de referência, com destaque para as ações do segmento do luxo e para o setor automóvel.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt arrecadou 0,51%, Paris somou 0,69%, Madrid subiu 0,52% e Mião ganhou 0,13%.
Já a bolsa de Lisboa terminou o dia a avançar muito ligeiramente (-0,06%), enquanto Londres recuou 0,11% e Amesterdão perdeu 0,15%.
As ações da Marks & Spencer escalaram 10,84%, depois de os resultados terem sido bem recebidos pelo mercado. Também a Vestas (9,8%) e a Genmab (5,36%) ajudaram a impulsionar o sentimento dos investidores, após terem apresentado contas.
Em contrapartida, os títulos do Amro Bank tombaram 9,24%, depois de o "guidance" para a margem financeira ter ficado aquém do esperado.
Além da "earnings season", os investidores estiveram a digerir as mais recentes declarações do membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE) Martins Kazaks, que afirmou esta quarta-feira, 8 de novembro, que a autoridade monetária poderá cortar os juros diretores assim que haja certezas de que a inflação está a recuar para a meta dos 2%.
Juros aliviam na Zona Euro. "Yield" alemã em mínimos de setembro
Os juros aliviaram na Zona Euro, com os investidores atentos às declarações dos decisores de política monetária e à continuidade da época de resultados.
O membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE) Martins Kazaks afirmou esta quarta-feira, 8 de novembro, que a autoridade monetária poderá cortar nos juros diretores, uma vez que haja certeza que a inflação está a recuar para a meta dos 2%.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – "benchmark" para a região – aliviou 4,4 pontos base para 2,611%, tendo renovado mínimos de meados de setembro. Já a rendibilidade da dívida portuguesa, que vence em 2033, subtraiu 3,2 pontos base para 3,336%.
Os juros dos títulos espanhóis com a mesma maturidade recuaram 5,6 pontos base para 3,655% e a "yield" das obrigações italianas a 10 anos aliviou 6,9 pontos base para 4,469%.
Petróleo em queda, pressionado por receios menor procura
O petróleo desvaloriza, com as previsões de queda no consumo de gasolina nos Estados Unidos a agravarem um cenário já sombrio, que aponta para uma diminuição da procura.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, recua 1,90% para 75,90 dólares por barril. Por sua vez, o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, desce 1,58% para 80,32 dólares por barril.
A procura por gasolina nos EUA deve cair para mínimos de 20 anos no próximo ano, em termos per capita, de acordo com um relatório do governo, citado pela Bloomberg, que aponta para a inflação e preços nas bombas como justificação para uma redução do tempo passado atrás do volante.
O petróleo tem estado em acentuada queda nas últimas três semanas, alimentado por preocupações com a economia chinesa, o maior importador mundial, e dúvidas quanto ao rumo da política monetária norte-americana.
Iene cede em dia de intervenção de Ueda no parlamento japonês
O iene cede 0,34%, com os investidores a terem de pagar 150,90 unidades da moeda japonesa por dólar.
O mercado está a digerir as mais recentes declarações do governador do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, que esta quarta-feira reconheceu no Parlamento japonês que o banco central falhou algumas estimativas e frisou que a inflação se mantém distante da meta dos 2%.
O euro recua ligeiramente (-0,08%) para 1,0688 dólares. O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras divisas – sobe 0,06% para 105,61 pontos, num dia em que o mercado estará atento aos discursos de vários membros da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Ouro cai pelo terceiro dia à medida que prémio de risco encolhe
O ouro cai pelo terceiro dia, à medida que o prémio de risco do ouro associado à guerra no Médio Oriente diminui e numa altura em que o dólar ganha força.
O metal amarelo cede 0,59% para 1.957,76 dólares a onça. Paládio e platina seguem esta tendência negativa, enquanto a prata soma ganhos.
Desde que ultrapassou a fasquia dos dois mil dólares por onça a semana passada, o ouro já perdeu cerca de 2%.
Embora esta terça-feira, 7 de novembro, o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu tenha garantido que o país conseguirá manter-se "por um período indefinido" em estado de guerra, a realidade é que para já o conflito ainda não se alastrou por outras regiões do Médio Oriente, ao ponto de levar a uma procura substancial do ouro como ativo-refúgio.
Os investidores mantêm-se ainda atentos aos discursos de vários membros da Reserva Federal (Fed) que serão proferidos esta quarta-feira, à procura de pistas sobre o futuro dos juros diretores nos EUA. O presidente do banco central, Jerome Powell, já discursou mas não abordou a temática da política monetária.
Wall Street abre no verde à procura de pistas nas palavras da Fed
Wall Street começou a sessão em terreno positivo, num dia que será marcado pelas declarações de vários membros da Reserva Federal (Fed) norte-americana, incluindo o seu líder, Jerome Powell.
O industrial Dow Jones soma 0,21% para 34.225,87 pontos, enquanto o Standard & Poor's 500 (S&P 500) ganha 0,22% para 4.388,16 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 1,14% para 13.676,17 pontos.
Vários membros da Fed discursam esta terça-feira. O dia foi coroado pela intervenção do presidente do banco central, Jerome Powell, na conferência que comemora os 100 anos do departamento de Investigação e Estatística, em Washington.
O líder da Fed não abordou a temática de política monetária e apelou aos economistas que realizam estimativas para pensarem fora dos modelos que, por norma, são aplicados para realizar previsões.
O mercado estará à procura de pistas sobre se o corte dos juros diretores está ou não para breve, depois de, esta terça-feira, o presidente do banco central em Minneapolis, Neel Kashkari, ter ofuscado a esperança sobre um potencial rápido corte dos juros diretores nos EUA.
Em entrevista à Fox News, esta segunda-feira, afirmou que é cedo para declarar vitória sobre a inflação, ainda que os últimos números sobre a evolução dos preços nos EUA tenham sido promissores.
No mercado de "swaps", os investidores apontam para uma probabilidade de 90,4% de que a Fed mantenha a taxa dos fundos federais inalterada num intervalo entre 5,25% e 5,5%.
Euribor sobe a três meses e desce a seis e a 12 meses
A taxa Euribor subiu hoje a três meses e desceu a seis e a 12 meses face a terça-feira.
Com as alterações de hoje, a taxa Euribor a 12 meses voltou a ficar pela oitava sessão consecutiva com um valor inferior ao da taxa a seis meses.
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje para 4,027%, menos 0,001 pontos do que na terça-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal referentes a setembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,1% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,7% e 23,4%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, também caiu hoje, para 4,066%, menos 0,006 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
Em sentido inverso, a Euribor a três meses avançou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,973%, mais 0,007 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas.
A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa mista à espera de Powell
Os principais índices europeus estão a negociar mistos, depois de dois dias de quedas, com os investidores a aguardarem um discurso de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal, à procura de pistas sobre o futuro da política monetária, ao mesmo tempo que avaliam os resultados das empresas referentes ao terceiro trimestre.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, cede 0,05% para 442,6 pontos. A registar as maiores quedas está o setor de serviços financeiros e o de produtos químicos, que perdem mais de 0,6%.
Em sentido oposto, o setor do retalho ganha 1,21%, à boleia da Marks & Spencer, que escala 8,21% para máximos de dois anos, depois de ter anunciado que vai voltar a pagar dividendos aos acionistas, algo que não fazia desde 2019. Os lucros antes de impostos cresceram 755 para 360 milhões de libras nos primeiros seis meses do ano.
Os mercados viram-se agora para as palavras de Powell e de John Williams, presidente da Fed da Nova Iorque, depois de comentários mais "hawkish" de outros membros da Fed.
"Powell pode usar o discurso de hoje para enviar uma mensagem forte aos mercados, dado que tem existido demasiada complacência depois das últimas decisões de política monetária", afirmou à Bloomberg Ricardo Gil, analista da Trea Asset Management.
"É demasiado cedo para começar a cortar as taxas de juro, com a economia ainda fraca e a inflação demasiado elevada", acrescentou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cede 0,14%, o francês CAC-40 recua 0,11% e o italiano FTSEMIB perde 0,12%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,53%.
Por sua vez, o britânico FTSE 100 avança 0,09% e o espanhol IBEX 35 soma 0,16%. Em Lisboa, o PSI ganha 0,19%.
Juros aliviam na Zona Euro. Incerteza política pode pesar nas obrigações portuguesas, diz Citi
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar esta quarta-feira, depois de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter revelado que é pouco provável que a economia europeia entre em recessão, mas alertou que retornar a inflação ao objetivo de 2% pode demorar vários anos.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 1,7 pontos base para 3,351%. Apesar da demissão do primeiro-ministro, António Costa, na terça-feira os detentores de dívida pública portuguesa parecem ter passado ao lado do pânico que se viveu no mercado acionista.
No entanto, numa nota do analista Andrea Appedu, do Citi, a que a Bloomberg teve acesso, o banco estima que a incerteza política continue a pesar das obrigações portuguesas. "Esta incerteza pode pesar no curto-prazo", escreveu Appedu.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, recua 2,2 pontos base para 2,633%.
A rendibilidade da dívida espanhola decresce 2 pontos base para 3,691%, os juros da dívida italiana caem 1,6 pontos base para 4,522% e os juros da dívida francesa recuam 2,4 pontos base para 3,226%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aliviam 3,2 pontos base para 4,237%.
Dólar avança ao som de Fed mais "hawkish"
O dólar está a negociar em alta e a recuperar das quedas dos últimos dias, depois de vários membros da Reserva Federal norte-americana terem aberto as portas a novas subidas das taxas de juro. Os investidores centram-se agora nas palavras de Jerome Powell, presidente da Fed, que vai falar esta quarta-feira.
O dólar soma 0,24% para 0,9368 euros, enquanto o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra um cabaz de outras divisas – avança 0,17% para 105,7200 pontos.
"Estamos a assistir a uma ligeira recuperação do dólar, mas isto era esperado dado um 'sell-off' tão acentuado", afirmou à Reuters Matt Simpson, analista da City Index.
Ao mesmo tempo, "estamos a ver uma resistência 'hawkish' dos responsáveis da Fed esta semana, numa altura em que tentam gerir as expectativas dos mercados relativamente a cortes nas taxas de juro".
Ouro cai com foco em Powell
O ouro está a negociar em ligeira baixa, depois de ter registado mínimos de duas semanas. O metal tem vindo a ser pressionado por uma subida do dólar, que o torna mais dispendioso para compradores em moeda estrangeira.
O ouro recua 0,09% para 1.967,71 dólares por onça.
Os investidores devem agora centrar-se num discurso do presidente da Fed, Jerome Powell, agendado para esta quarta-feira, à procura de pistas sobre qual será o caminho a seguir pela Fed, em termos de política monetária, daqui para a frente.
Petróleo segue em mínimos de três semanas com preocupações de redução da procura nos EUA e na China
Os preços do petróleo estão a negociar entre ganhos e perdas esta quarta-feira, depois de terem atingido mínimos de três semana na sessão anterior. A penalizar o ouro negro estão preocupações relativamente à redução da procura nos maiores mercados, os Estados Unidos e a China.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, recua 0,17% para 77,24 dólares por barril. Por sua vez, o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, está inalterado nos 81,61 dólares por barril.
A Agência Internacional de Energia (EIA, na sigla em inglês) revelou esta terça-feira que espera que a produção total de crude nos Estados Unidos cresça menos do que o esperado anteriormente, enquanto que a procura deve diminuir.
Em termos de consumo, o mesmo organismo estima que sejam consumidos menos 300 mil barris diários face a valores do ano passado, o que compara com anteriores expectativas de um aumento do consumo em 100 mil barris por dia.
Ainda a colocar pressão no petróleo esteve uma subida do dólar que torna o "ouro negro" mais dispendioso em compradores em moeda estrangeira.
Europa aponta para queda ligeira. Ásia negativa
Os principais índices europeus estão a apontar para uma abertura no vermelho, numa altura em que as atenções dos mercados se viram para o presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, que deverá discursar esta quarta-feira.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 descem 0,2%.
Os investidores estão a recalibrar as expectativas relativamente à Fed depois comentários de alguns membros que indicam que o aperto da política monetária pode não ter chegado ao fim.
Na frente estatística, as atenções deverão também centrar-se na inflação na Alemanha e nos dados do retalho na Zona Euro e em Itália.
Na Ásia, a sessão fez-se de vermelho, com as praças japonesas e em Singapura a registarem as maiores quedas. Na Coreia, os índices continuaram a ser penalizados, depois de as praças da região terem tido o melhor dia desde 2020. A justificar o avanço no início da semana esteve o regulador dos mercados do país que proibiu o "short-selling" até junho de 2024 para melhorar "ativamente" as regras e os sistemas da bolsa do país.
Na China as bolsas negociaram entre ganhos e perdas com os investidores a avaliarem os dados relativamente às exportações, bem como o apoio do Executivo aos governos locais com elevada dívida.
Pela China, Hong Kong recuou 0,44% e Xangai deslizou 0,16%. No Japão, o Topix desceu 1,16% e o Nikkei cedeu 0,33%. Na Coreia do Sul, o Kospi desvalorizou 0,91%.