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Ao minuto28.09.2022

Europa recupera fôlego. Wall Street arranca no vermelho

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira.

As ações mundiais estão em “bear market” com os investidores a demonstrarem menor apetite pelo risco à medida que os bancos centrais globais entraram num ciclo de subida de juros.
Brendan McDermid/Reuters
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28.09.2022

Sessão fecha morna na Europa

As bolsas europeias recuperaram algum fôlego, impulsionadas pelo Banco de Inglaterra, que anunciou esta quarta-feira a compra de dívida com maturidade mais longa para estabilizar o mercado. 

O Stoxx 600 - referência para o mercado europeu - fechou a sessão com ganhos de 0,30% para 389.41 pontos, depois de durante a negociação ter chegado a cair perto de 2%. A impulsionar o índice estiveram, sobretudo, os setores do imobiliário e da saúde.

Nos principais índices da Europa Ocidental, o britânico FTSE 100 avançou 0,30%, o italiano FTSEMIB caiu 0,52%, em Amesterdão, o AEX recuou 0,25% e o espanhol Ibex 35 perdeu 0,05%. Já o alemão DAX subiu 0,36% e o francês CAC40 avançou 0,19%. 

A política mais agressiva por parte dos bancos centrais associada à crise energética e à possibilidade de recessão têm pressionado as bolsas europeias, tendo o Stoxx 600 entrado em "bear market" - o que significa uma queda de 20% face ao último pico verificado - na sexta-feira.

28.09.2022

Banco de Inglaterra acalma mercado. "Yield" da dívida britânica alivia quase 50 pontos base

Os juros terminaram o dia a inverter a tendência do arranque da sessão ao aliviarem tanto na Zona Euro como no Reino Unido. Os investidores estiveram atentos ao anúncio de compra de dívida do Banco de Inglaterra para estabilizar o mercado.

 

A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – alivia 10,7 pontos base para 2,114%, depois de esta terça-feira ter atingido o pico deste ano, ao tocar nos 2,2213%, o que não acontecia desde 2011.

 

Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos perdem 21,7 pontos base para 4,511%, continuando ainda assim em máximos de 2013.

 

Na Península Ibérica, os juros da dívida nacional a dez anos aliviam 12 pontos base para 3,194%, depois de esta terça-feira terem atingido o pico ao tocar nos 3,141%, o que não acontecia desde 2017. Há quatro sessões consecutivas que a "yield" nacional está acima de 3%.

 

Fora da UE, os juros da dívida do Reino Unido a dez anos aliviam 48,2 pontos base para 4,015, mantendo-se ainda assim em máximos de 2008. Durante a manhã desta quarta-feira o Banco de Inglaterra anunciou que vai comprar dívida com maturidades mais longas. O objetivo é de "restaurar ordeiramente as condições de mercado". A autoridade monetária revela que "as operações serão realizadas em qualquer escala que seja necessária para o resultado desejado".

 

"As compras vão ser temporalmente limitadas" e pretendem "enfrentar um problema muito específico no mercado da dívida a longo-prazo", explicam em comunicado.

 

28.09.2022

Petróleo sobe com queda de stocks nos EUA

Os preços do crude seguem a ganhar terreno, impulsionados pela redução dos inventários norte-americanos de crude.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a somar 2,01% para 88 dólares por barril.

 

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, ganha 2,64% para 80,57 dólares por barril.

 

As reservas norte-americanas de crude caíram na semana passada, o que não acontecia há um mês – contribuindo assim para sustentar as cotações.

28.09.2022

Euro e libra valorizam face ao dólar

O euro segue a valorizar face ao dólar depois de no início do dia ter caído para mínimos de dois anos, mais precisamente de março de 2020. A moeda única europeia sobe 0,28% para 0,9621 dólares, mantendo-se, ainda assim, muito abaixo da paridade com a nota verde.

Já o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra 10 divisas rivais - cede 0,31% para 113,788 pontos. A libra recuperou terreno face ao dólar depois de o Banco de Inglaterra ter anunciado que vai comprar dívida para estabilizar o mercado. A moeda britânica sobe 0,14% para 1,0748 dólares.

28.09.2022

Ouro recupera após anúncio do Banco de Inglaterra

O ouro recuperou de algumas das perdas registadas no início desta manhã, quando chegou a ceder 0,9%, depois de o Banco de Inglaterra ter anunciado uma operação de compra de dívida para estabilizar o mercado.

O metal amarelo segue a valorizar 1,26% para 1.649,38 dólares por onça, ao passo que a platina avança 0,65% para 856,45 dólares e o paládio cresce 2,37% para 2.123,76 dólares. Também o cobre recuperou alguns ganhos, estando a subir 1,25% para 332,45 dólares.

A agitação no mercado obrigacionista britânico provocada pelo anúncio de novas políticas fiscais do novo governo – que preconizam elevados cortes de impostos, sobretudo para as empresas - , é um dos vários riscos a que os investidores estão atentos. Ainda assim, apesar de em alturas conturbadas o ouro ser um dos principais ativos-refúgio, isto não tem sido suficiente para apoiar o metal precioso, que continua e negociar abaixo da linha dos 1,700 dólares por onça.

O metal amarelo também tem sido pressionado pelas taxas de juro mais elevadas, uma vez que não remunera juros.

28.09.2022

Wall Street arranca no vermelho. Farmacêutica Biogen escala quase 40%

Vários bancos estão a antecipar-se ao agravamento nos custos de financiamento em mercado. Citigroup e JPMorgan deverão estar entre os emitentes mais ativos nos EUA.

Wall Street arrancou a sessão predominantemente no vermelho, numa altura em que se intensifica a preocupação dos investidores sobre a recessão, desencadeada pelas políticas monetárias restritivas dos bancos centrais.

 

O industrial Dow Jones negoceia na linha d’ água (-0,01%) para 29.129,35 pontos, enquanto o "benchmark" mundial por excelência S&P 500 cai 0,13% para 3.641,67 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite desvaloriza 0,22% para 10.812,28 pontos.

 

Entre os principais movimentos de mercados, destaca-se a queda de 4,32% das ações da Apple, depois de a Bloomberg ter avançado que a marca vai desistir de aumentar a produção de iPhone, já que a expectativa do aumento da procura não se concretizou.

 

Do lado dos ganhos, o setor da saúde está em alta, com a Biogen a escalar 39,24%, após ter sido anunciado que o teste para a produção de um medicamento contra o Alzheimer, em parceria com a Eisai, teve sucesso.

 

O modelo do JPMorgan alerta para que o mercado acionista norte-americano esteja a dar um sinal claro sobre o futuro: uma recessão é quase iminente.

 

Para o banco de investimento a queda de 6,5% do S&P 500 desde a última reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed) na semana passada, em que o banco central aumentou a taxa de juro diretora em 75 pontos base, implica uma probabilidade de 92% de se registar uma recessão nos EUA, muito acima dos 51% registados pelo mesmo modelo em agosto.

 

A taxa de juro média no contrato com taxa fixa a 30 anos nos EUA relativa ao crédito à habitação escalou 27 pontos base na semana passada para 6,52%, como não era visto desde a crise financeira de 2008, segundo os dados disponibilizados pela Mortgage Bankers Association (MBA). Este disparo pode ser explicado pelas subidas das taxa de juro de fundos federais realizada pela Reserva Federal norte-americana.

 

A MBA deu ainda conta que o Índice Composto de Mercado – um indicador da associação que mede o volume de pedidos de empréstimos hipotecários - caiu 3,7% na semana anterior. Por sua vez o índice de refinanciamento caiu para mínimos de 22 anos em igual período.

 

28.09.2022

Euro em pleno vermelho, mergulha para valor mais baixo em dois anos

As principais praças do Velho Continente estão a negociar pelo quinto dia no vermelho, já em mínimos de mais de dois anos.

Isto numa altura em que os índices têm sido pressionados pelo cenário macroeconómico, bem como revisões em baixa tanto do Goldman Sachs como da BlackRock, que estão pessimistas sobre o futuro das ações europeias.

O Stoxx 600, índice de referência da Europa Ocidental, afunda 1,39% para 382,86 pontos. Nos últimos 11 dias de negociação, apenas numa sessão o índice registou uma cotação de fecho acima de zero.

O "benchmark" europeu está mergulhado no vermelho, com todos os setores em terreno negativo e nenhum com perdas menores que 1%. A registar a maior queda está o setor da banca que tomba perto de 3%, bem como o retalho e o setor mineiro.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o britânico FTSE 100 perde 1,75%, o italiano FTSEMIB cai 1,6%, em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 1,54% e o alemão DAX recua 1,5%.

Ainda nas quedas, o IBEX 35 desvaloriza 1,39% e o francês CAC-40 cede 0,86%. Em Lisboa, o PSI perde 1,5%.

28.09.2022

Juros da Zona Euro mantêm rota de agravamento. Portugal é o que menos sobe da região

Os juros da dívida soberana na Zona Euro estão a agravar-se, mas em menor dimensão, com a "yield" de vários países a atingir máximos de vários anos nos últimos dias.

A impulsionar o agravamento dos juros têm estado as continuadas perspetivas de que os bancos centrais vão continuar a subir as taxas de juro para travar a inflação. 


A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu - sobe 6,9 pontos base para 2,290%, estando em máximos de finais de 2011. Já os juros da dívida italiana crescem 9,5 pontos base para 4,823%, renovando máximos de 2013. 

Em França, os juros da dívida soberana agravam-se em 6,1 pontos base para 2,827%.

Por cá, a "yield" da dívida nacional a dez anos aumenta 5,3 pontos base para 3,367% - em máximos de maio de 2017, sendo a que menos agrava na região. Os juros da dívida soberana espanhola avançam 6,7 pontos base para 3,484%.

Fora da UE, destaque para o Reino Unido, onde a "yield" da dívida britânica segue em rota de agravamento e pula 6 pontos base para 4,557%, estando em máximos desde 2008.

28.09.2022

Depois de bater recorde, dólar segue a valorizar

Depois de ter atingido um recorde no final do dia desta terça-feira, o dólar segue a valorizar face às principais divisas. O índice do dólar da Bloomberg, que mede a força desta moeda contra dez divisas rivais, sobe 0,41% para 114,575 pontos.

Em relação ao euro, o dólar assinala o sétimo dia de ganhos e sobe 0,45% para 1,0469 euros.

Já face à libra, depois da nota verde ter avançado para máximos de sempre esta segunda-feira, o dólar valoriza 0,49% para 0,9363 libras.

"Estamos a ver uma aversão ao risco geral nos mercados", explica o analista David Forrester, do Credit Agricole em Hong Kong.

"Este [sentimento] apoia o dólar, mas também o iene, dado que com a intervenção do Banco do Japão, uma aposta mais segura é vender a libra e o euro contra o dólar em vez do iene", adianta ainda.

28.09.2022

Ouro tomba para mínimos de mais de dois anos com recuperação do dólar

Com o dólar a ganhar força, o ouro está novamente em mínimos de mais dois anos, mais precisamente desde março de 2020.

O metal precioso tem navegado ao sabor do dólar, com a moeda a valorizar como ativo-refúgio dos investidores perante a incerteza económica desde o início do ano e que se tem agravado nos últimos meses.

O ouro perde assim 0,66% para 1.618,19 dólares por onça.

As perspetivas de queda para o ouro "mantêm-se intactas até que seja possível vermos uma mudança para uma política 'dovish' por parte da Fed ou indicações de que o aumento dos preços seja um problema menor", revela o analista Jun Rong Yeap, do IG Asia, à Bloomberg.

28.09.2022

Gás dispara com possível corte de última rota de fornecimento da Rússia. Petróleo desvaloriza

O petróleo segue a desvalorizar, à medida que o dólar segue a ganhar força e os investidores especulam que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+) possa não realizar um novo corte na produção desta matéria-prima.

A ajudar à baixa do preço estão dados do American Petroleum Institute (API), que apenas devem ser oficialmente divulgados esta quarta-feira, mas que, de acordo com a Bloomberg, devem mostrar que os stocks de crude nos Estados Unidos aumentaram cerca de quatro milhões de barris na semana que terminou a 23 de setembro.

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, perde 1,51% para 84,97 dólares por barril.

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 1,44% para 77,37 dólares por barril.

No mercado do gás, os futuros estão a disparar pelo segundo dia consecutivo, após a Rússia ter anunciado que pode cortar o fornecimento desta matéria-prima à Europa através da Ucrânia, a única rota que ainda está em funcionamento.

Este aviso veio na sequência do anúncio de fugas de gás em três tubos offshore do Nord Stream 1 e 2, depois de terem sofrido danos "sem precedentes", disse esta terça-feira a Nord Stream AG, a operadora do gasoduto que liga a Rússia à Europa.

O gás negociado em Amesterdão (TTF) – que serve de referência para o mercado europeu – escala 11% para 206 euros por megawatt-hora. Esta terça-feira subiu 7,1%.

28.09.2022

Europa aponta para quinto dia de quedas. Ásia retoma perdas

As principais praças europeias estão a apontar para uma negociação novamente em terreno negativo, pelo quinto dia consecutivo, com o índice de referência Stoxx 600 a aproximar-se do valor mais baixo desde dezembro de 2020. Nos últimos 11 dias, apenas numa sessão o índice registou uma cotação de fecho acima de zero.

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 perdem 0,96%.

Na Ásia, as bolsas da região retomaram as perdas, após comentários de membros da Reserva Federal norte-americana que voltaram a colocar uma visão mais "hawkish" da política monetária em cima da mesa, o que levou a uma subida da moeda norte-americana.

O índice agregador MSCI Asia Pacific acabou por tombar 2%, com o setor tecnológico e o consumo a registarem as maiores perdas. 

Entre os principais movimentos de mercado estão os fornecedores da Apple que deslizaram depois da empresa ter anunciado que ia recuar numa proposta de aumento da produção de iPhones este ano, numa altura em que a procura por estes dispositivos tem diminuído.

Pela Ásia, na Coreia do Sul, o Kospi desceu 2,45%. Na China, o Hang Seng de Hong Kong perdeu 2,65% e o Shangai Composite recuou 1,17%. No Japão, o Topix deslizou 0,95% e o Nikkei cedeu 1,5%.

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