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Ao minuto29.06.2022

Europa fecha no vermelho. Petróleo recua. Inflação alemã alivia juros

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados.

Os primeiros encontros presenciais com investidores estão a ser usados pelos gestores para atualizar estimativas e acalmar os receios sobre o impacto da guerra no mercado financeiro.
Kai Pfaffenbach/Reuters
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29.06.2022

Europa cai com receio de recessão e endurecimento dos bancos centrais

As bolsas europeias encerraram em queda, pressionadas pelo posicionamento mais duro ("falcão") dos bancos centrais e pela potencial recessão.

 

Os investidores receiam que a política monetária mais agressiva por parte dos bancos centrais – à conta da elevada inflação – aumente os riscos de uma recessão. Além disso, o facto de a China continuar empenhada na sua abordagem zero-covid também mexeu com o sentimento do mercado.

 

O Stoxx 600, que é o índice de referência do Velho Continente, fechou a ceder 0,67% para 413,42 pontos, depois de ter registado o seu mais forte rally das últimas seis semanas para três sessões consecutivas de alta.

 

O "benchmark" europeu está a caminho do seu pior primeiro semestre desde a crise financeira de 2008.

 

A pressionar na sessão de hoje estiveram especialmente as cotadas do imobiliário e automóvel, ao passo que os setores da energia e dos cuidados de saúde ganharam terreno – subidas que não foram, contudo, suficientes para mudar a tendência de fecho.

 

Os mais recentes dados mostram que a inflação disparou inesperadamente para um recorde em Espanha, sinalizado uma intensificação da pressção nos preços, numa altura em que o Banco Central Europeu se prepara para subir os juros diretores pela primeira vez em mais de uma década.

 

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cedeu 1,73%, o francês CAC-40 desvalorizou 0,90%, o italiano FTSEMIB recuou 1,21%, o britânico FTSE 100 perdeu 0,15% e o espanhol IBEX 35 caiu 1,56%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,36%.

29.06.2022

Paládio dispara após sanções a oligarca russo

O paládio regista fortes ganhos, depois de o Reino Unido ter anunciado sanções contra Vladimir Potanin, um oligarca descrito como o segundo homem mais rico da Rússia. O metal chegou esta quarta-feira a subir 5,13% para 1.973,01 por dólares por onça.

Potanin é um dos principais acionistas da Norilsk Nickel, a maior produtora de paládio e níquel refinado.

Já o ouro está a desvalorizar 0,19% para 1.816,61 dólares por onça, apesar de a revisão dos dados do PIB norte-americano revelar que a economia recuou mais do que esperado no primeiro trimestre do ano. O valor revisto, anunciado esta quarta-feira, aponta para uma contração de 1,6%, mais do que tinha sido inicialmente estimado.

A prata estava também a perder 0,35% para 20,77 dólares por onça, ao contrário da platina, que crescia 0,16% para 915,69 dólares por onça.

Os investidores aguardam por mais indícios de que as condições financeiras atuais vão afetar negativamente a maior economia do mundo antes de aumentarem os seus investimentos em ouro, defende Joni Teves, do UBS Group.

"Conversas recentes com vários participantes no mercado, mais recentemente na América do Norte, sugerem que apesar da atual participação limitada, muitos estão a prestar cada vez mais atenção ao ouro. Indicadores económicos acentuadamente mais fracos aumentam significativamente os riscos de recessão e/ou as pressões inflacionárias persistentes tornaram-se fatores decisivos para os investidores se virarem para o ouro", afirma Teves, citado pela Bloomberg.

 

29.06.2022

Inflação alemã abaixo do esperado alivia juros europeus

As "yields" das dívidas soberanas da Zona Euro aliviaram esta quarta-feira após a estimativa rápida da inflação na Alemanha em junho ter recuado face ao mês anterior e ficado abaixo do esperado pelos analistas, algo que não sucedia desde novembro de 2020.

Os juros das "bunds", a referência no mercado europeu, recuaram 10,7 pontos base, para 1,514%. O recuo nas "yields" foi ainda mais pronunciado nos países da periferia: na dívida portuguesa a 10 anos os juros desceram 12,8 pontos base, para 2,557%, enquanto no país vizinho o recuo foi de 13,3 pontos, para 2,579%. 

Na dívida italiana com a mesma maturidade, o alívio nos juros foi de 16 pontos base, para 3,383%.

29.06.2022

Petróleo sobe pela quarta sessão com receios de menor oferta

Os preços do "ouro negro" seguem em terreno positivo, pela quarta sessão consecutiva, continuando a ser sustentados pelos receios de um agravamento do aperto da oferta, devido às novas sanções do Ocidente contra a Rússia – o que está a ofuscar a preocupação em torno de uma desaceleração da economia a nível mundial.

 

Além disso, há analistas a advertir para o facto de a instabilidade política no Equador e Líbia poder reduzir ainda mais a oferta.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a somar 1,03% para 119,19 dólares por barril.

 

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, avança 0,91% para 112,78 dólares por barril.

 

Amanhã os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+) reúnem-se para definir as quotas de produção de setembro.

29.06.2022

Wall Street mista, com comentários de Powell

Wall Street abriu em tendência mista, à medida que vão sendo revelados dados económicos nos Estados Unidos que mostram um agravamento económico maior do que o esperado e vários membros da Reserva Federal norte-americana (Fed) a pedirem aumentos mais agressivos das taxas de juro por parte da autoridade monetária.

A discursar em Sintra, no Fórum do BCE, o presidente da Fed, Jerome Powell, adiantou que a economia norte-americana está em "grande forma" para acomodar a mudança de política monetária, mesmo com a subida das taxas de juro.

O industrial Dow Jones soma 0,13% para 30.987,47 pontos, enquanto o S&P 500 perde 0,43% para 3.804,99 pontos. Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite cede 0,63% para 11.111,39 pontos.

Os dados do departamento do comércio nos Estados Unidos mostram que os gastos pessoais no país cresceram no primeiro quarto do ano, embora no valor mais baixo desde o início da pandemia. Já o produto interno bruto (PIB) para os primeiros três meses do ano foi também revisto em baixa, de -1,5% para -1,6%.

29.06.2022

Juros aliviam nos países da Zona Euro

Os juros da dívida na Zona Euro estão a aliviar, numa altura em que são influenciados por diferentes dados de inflação.

As bunds da dívida alemã a dez anos, referência para a região, começaram por agravar ao início da manhã desta terça-feira, depois de terem sido divulgados dados da inflação relativos à região da Renânia do Norte-Vestfália, com o índice a desacelerar para 7,5%. Os investidores estão agora a aguardar as estimativas no resto do país.

Poucos minutos depois foi divulgada uma estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística espanhol, que indica que a inflação em Espanha bateu em junho os 10,2%, o valor mais alto em 37 anos.

Os investidores procuraram assim refúgio nos juros da dívida alemã a dez anos, que aliviam 3,7 pontos base para 1,583%. No entanto, a yield da dívida italiana é a que mais perde e cede 7,7 pontos base para 3,465%.

Os juros das obrigações portuguesas a dez anos são as segundas que mais aliviam na Zona Euro e subtraem 5,9 pontos base para 2,626%, seguida da yield da dívida espanhola que cai 5,5 pontos base para 2,658%.

O aumento da inflação é um risco que se traduz para os mercados, já que o Banco Central Europeu pode decidir um aumento das taxas de juro mais agressivo em setembro. Foi isso mesmo que afirmou o membro da autoridade monetária, Gediminas Simkus, que defendeu um aumento em 50 pontos base nas taxas diretoras em setembro. "O mercado está demasiado sensível aos dados da inflação neste momento", esclarece o analista da Jefferies, Mohit Kumar, à Bloomberg.

29.06.2022

Dólar com ganhos marginais, à espera de PIB nos Estados Unidos

O dólar está a valorizar ligeiramente face ao euro, à medida que os investidores se vão posicionando para os resultados da evolução do produto interno bruto (PIB) no primeiro trimestre nos Estados Unidos, que deverá confirmar a queda de 1,5% já avançada.

Os mercados vão estar ainda atentos aos comentários tanto do presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, como de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, e até de Andrew Bailey, do Banco de Inglaterra, que devem discursar esta terça-feira no fórum do BCE que termina hoje em Sintra.

O dólar valoriza 0,06% em relação ao euro e 0,022% face à libra esterlina. Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde com 10 divisas rivais – cresce 0,03% para 104,5330 pontos.

A moeda japonesa, o iene ganha em relação ao dólar 0,051% e perde face ao euro 0,067%.

O governador do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, anunciou que a autoridade monetária vai manter as taxas de juro negativas, uma vez que "ao contrário de outras economias, a economia japonesa não tem sido muito afetada pela tendência global de aumento da inflação, por isso a política monetária vai continuar a ser acomodativa".

29.06.2022

Ouro em queda pelo terceiro dia consecutivo

O ouro está a desvalorizar pelo terceiro dia consecutivo, numa altura em que membros da Reserva Federal norte-americana minimizam a possibilidade de uma recessão económica nos Estados Unidos, mesmo com uma política monetária mais agressiva.

O metal amarelo está a caminho do terceiro mês consecutivo em queda, com o aumento das taxas de juro a reduzir o apetite por este metal, que não remunera juros.

O ouro perde 0,16% para 1.817,17 dólares por onça, ao passo que o paládio (1,50%) e a platina (1,43%) vão no sentido contrário e valorizam acima de 1%.

"Os preços do ouro têm vindo a estabilizar, diminuindo de valor à medida que se equlibra com um ambiente de aumento das taxas de juro e procura de um bem de resguardo" por parte dos investidores, explica Avtar Sandu, analista do Phillip Nova, à Bloomberg.

29.06.2022

Europa no vermelho. "Benchmark" a caminho de pior primeiro semestre desde crise de 2008

As principais praças da Europa Ocidental estão a negociar no vermelho pela primeira vez em quatro dias. A divulgação dos dados da inflação em Espanha afundou os principais índices que já tinham iniciado a sessão em terreno negativo.

O Stoxx 600 perde 0,84% para 412,69 pontos, numa altura em que apenas o setor do petróleo e gás negoceia em terreno positivo. As maiores quedas verificam-se no imobiliário e no setor automóvel que perdem acima de 2%.

O índice de referência para o Velho Continente está assim a caminho do pior primeiro semestre desde a crise financeira de 2008, à medida que se agravam preocupações com uma política monetária mais agressiva por parte dos bancos centrais e aumento da inflação.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o espanhol IBEX 35 é o que mais perde e cede 1,24%, seguido do alemão Dax a cair 1,23% e do italiano FTSEMIB a recuar 1,08%, juntamente com o português PSI que desvaloriza 1,13%.

Com quedas abaixo de 1%, está o francês CAC-40 a perder 0,77%, à semelhança do AEX, em Amesterdão, a cair 0,65%, seguido do britânico FTSE 100 a recuar 0,52%.

29.06.2022

Depois de três dias com ganhos, petróleo negoceia negativo

Depois de três dias consecutivos de negociação positiva, o petróleo está a registar perdas à medida que preocupações com uma recessão económica diminuem a procura por esta matéria-prima.

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a perder 0,53% para 117,35 dólares por barril.

Já o West Texas Intermediate (WTI), referência nos Estados Unidos, avança 0,41% para 111,30 dólares por barril. 

O "ouro negro" negociado em Nova Iorque voltou a estar perto da marca dos 111 dólares por barril, depois de ter ganho cerca de 7% nas últimas três sessões.

O petróleo está assim a caminho do primeiro mês negativo desde novembro, numa altura em que se mantêm receios de uma desaceleração económica. Mesmo assim esta matéria-prima regista um aumento dos preços em 50% este ano.

 

Esta quinta-feira realiza-se uma reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o grupo OPEP+) para definir as quotas de produção de crude. É esperado que os membros do grupo aumentem uma vez mais a produção, à semelhança do que aconteceu na reunião no início deste mês, apesar de muitos países terem já atingido a sua capacidade máxima - o que se traduzirá na prática, numa menor dimensão destes aumentos.

A Arábia Saudita e os Emiratos Árabes Unidos (EAU) têm sido vistos como os únicos dois países com capacidade para aumentar a produção de petróleo, por forma a diminuir o preço desta matéria-prima. No entanto, esta terça-feira, o presidente francês, Emmanuel Macron, adiantou que em chamada com o presidente dos EAU, o Xeque explicou que o país não consegue aumentar a capacidade de produção, ao passo que a Arábia Saudita pode aumentar apenas em 150 barris - o que pode não ser suficiente para colmatar a procura e diminuir os preços do "ouro negro".

29.06.2022

Europa aponta para o vermelho. Redução de quarentena na China não é suficiente para mercados asiáticos

As principais praças do Velho Continente estão a apontar para um início de negociação em terreno negativo, depois da Ásia ter encerrado ganhos de quatro dias consecutivos e terminado a sessão no vermelho. Já Wall Street fechou esta terça-feira também com perdas significativas.

Na China, o Shangai Composite caiu 0,9% e o Hang Seng desvalorizou 1,8%. Já no Japão, o Topix perdeu 0,7% e o Nikkei cedeu 1,02%. Por fim, na Coreia do Sul, o Kospi registou um decréscimo de 1,5%.

Por sua vez, os futuros sobre o Euro Stoxx 50 recuam 0,57%.

A China tinha anunciado na terça-feira uma diminuição para metade do período de quarentena para visitantes estrangeiros que deem entrada no país, mas o impacto positivo de uma medida que alguns viram como o maior relaxamento no combate à pandemia parece estar a desvanecer.

"Inevitavelmente, os mercados tendem a exagerar na reação a este tipo de notícias", explica Carlos Casanova, analista da UBP, à Reuters. "De forma a ser sustentável, queremos mesmo ver essas medidas materializarem-se numa reabertura real", salienta ainda.

Esta quarta-feira, os investidores vão estar ainda atentos à divulgação das estimativas rápidas de inflação na Alemanha e Espanha, com os mercados esperançosos de que o pico na escalada de preços, principalmente na maior economia europeia, já tenha sido superado. São também publicados dados sobre a confiança dos consumidores e empresários da Zona Euro.

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