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Europa encerra no verde animada por Pequim
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira
Juros mistos na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro negociaram de forma mista, esta segunda-feira, num dia em que os investidores estiveram a digerir as declarações de alguns dos principais líderes dos bancos centrais.
Os juros da dívida portuguesa com maturidade a dez anos aliviaram 0,7 pontos base para 3,243%, enquanto a rendibilidade da dívida pública espanhola cedeu 1,2 pontos base para 3,572%
Já os juros da dívida italiana caem 1,9 pontos base para 4,215% e os juros da dívida soberana francesa recuaram 0,4 pontos base nos 3,080%.
Em direção contrária, a "yield" das Bunds alemãs a 10 anos, referência para a região, agravou-se 0,3 pontos base para 2,559%
A presidente do BCE, Christine Lagarde, voltou a sublinhar que o objetivo do Banco Central Europeu é trazer a inflação para a meta dos 2%, reiterando a disponibilidade para manter os juros elevados durante o tempo que for necessário.
Lagarde alertou que se deve evitar "cair na armadilha de focar demasiado nos dados atuais". Esta semana são conhecidos os dados finais da inflação de julho na Zona Euro, além de outros. Segundo a estimativa rápida, o aumento dos preços no consumidor abrandou para 5,3% no mês em causa.
Além disso, Jerome Powell, presidente da Reserva Federal, também não excluiu a possibilidade de voltar a aumentar os juros nos próximos meses se for necessário.
Europa encerra no verde animada por Pequim
As bolsas europeias encerraram a sessão desta segunda-feira em terreno positivo no dia em que Pequim anunciou medidas de estímulo à economia. A China anunciou a redução do imposto sobre transações, tratando-se da primeira vez que reduz esta taxa desde a crise de 2008, e comprometeu-se a reduzir o ritmo de Oferta Pública Inicial (IPO).
O Stoxx 600, referência para a região, valorizou 0,86% para 455,29 pontos, o maior ganho num mês. Dos 20 setores que compõem o índice, o da tecnologia foi o que mais subiu esta segunda-feira (1,73%), seguido pelo setor da indústria (1,25%) e da banca (1,12%).
Nas principais praças europeias, Madrid avançou 1,82%, Paris cresceu 1,32%, Milão Valorizou 1,19%, Amesterdão subiu 1,14% e Berlim somou 1,03%. No Reino Unido a bolsa esteve fechada devido a um feriado nacional.
Os investidores assimilam ainda dois discursos importantes feitos na passada sexta-feira. Tanto o presidente da Reserva Federal (Fed) dos EUA, Jerome Powell, como a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reforçaram o compromisso de manter as taxas de juro elevadas durante o tempo que for necessário para travar a inflação e trazê-la para a meta dos 2%.
Dólar recua com receios que a Fed volte a uma política monetária restritiva no futuro
O dólar estava a desvalorizar em relação ao euro, depois de o presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, ter aberto a possibilidade, na sexta-feira, de voltar a aumentar as taxas de juro diretoras.
O dólar cede 0,08% para 0,9254 euros.
Os investidores veem mais possibilidades de que o banco central dos EUA posso voltar a uma política monetária restritiva este ano, depois de Powell ter afirmado que poderão ser necessários novos aumentos das taxas para arrefecer a inflação que ainda está demasiado elevada, prometendo também agir com cautela nas próximas reuniões.
Ainda assim, a maior parte dos investidores (81%) apostam que a Fed se vai manter estável no próximo mês, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, citada pela Reuters, mas a probabilidade de uma subida de 25 ou 50 pontos base em novembro é agora de 57%, contra 43% há uma semana.
Petróleo valoriza num dia de negociação morna
O petróleo valoriza tanto em Londres como em Nova Iorque, acompanhando a tendência no mercado acionista, numa altura em que se verifica um volume de negociação morno.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – soma 0,86% para 80,52 dólares por barril. O volume agregado de negociação está 40% abaixo do habitual, segundo as contas da Bloomberg.
O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – sobe 0,52% para 84,92 dólares por barril.
O sentimento de risco ajudou a impulsionar o ouro negro, apesar das perspetivas em torno de aumento da oferta por parte do Irão e da Venezuela.
Ouro, platina e paládio valorizam. Prata em queda
O ouro negoceia no verde, numa altura em que o indicador dólar está a negociar na linha de água, depois de seis semanas de ganhos.
O metal amarelo valoriza 0,2% para 1.918,84 dólares por onça. Platina e paládio seguem esta tendência positiva, enquanto a prata está em queda.
No radar dos investidores mantém-se a interpretação das palavras proferidas pelos banqueiros centrais no simpósio Jackson Hole, da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Tanto o presidente da Fed, Jerome Powell, como a homóloga do Zona Euro, Chrisitine Lagarde, afinaram no que toca ao manter a política monetária restritiva caso seja "necessário".
Wall Street começa no verde à boleia de Pequim. Nasdaq sobe quase 1%
Wall Street começou a sessão em alta, com as novas medidas de apoio à economia anunciadas por Pequim a ofuscarem a incerteza – motivada pelas declarações dos banqueiros centrais no simpósio Jackson Hole – sobre a manutenção dos juros em terreno restritivo.
O industrial Dow Jones valoriza 0,64% para 34.566,95 pontos, enquanto o Standard & Poor's 500 (S&P 500) soma 0,54% para 4.429,54 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite sobe 0,98% para 13.715,33 pontos.
Pequim anunciou a redução do imposto sobre transações, tratando-se da primeira vez que reduz esta taxa desde a crise de 2008, entre outras medidas.
"As autoridades chinesas estão claramente a reforçar os esforços para reconstruir a confiança no compromisso político de Pequim de impulsionar o crescimento [da economia] e apoiar o mercado", defende Xiaojia Zhi, economista-chefe para a China do Credit Agricole.
Este fator acabou por afastar as perspetivas que apontam para a manutenção das políticas monetárias restritivas da Fed e do Banco Central Europeu (BCE).
O presidente da Fed, Jerome Powell, sublinhou durante o simpósio Jackson Hole em Kansas City, que a autoridade monetária está preparada " para subir mais os juros se for necessário".
Também a líder do BCE, Christine Lagarde, afinou com a nota restritiva do seu homólogo norte-americano e salientou que o BCE continua comprometido em "manter as taxas de juro elevadas o tempo que for necessário".
Euribor sobe a seis e 12 meses e desce a três meses
A taxa Euribor caiu hoje a três meses e subiu a seis e a 12 meses, em relação a sexta-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje para 4,070%, mais 0,025 pontos do que na sexta-feira, depois de ter subido até 4,193% em 07 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008.
No prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 7 de julho de 2022, subiu hoje 0,009 pontos, relativamente a quinta-feira, para 3,944%, contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,972%, verificado em 21 de julho.
A Euribor a três meses, por sua vez, desceu para 3,771%, menos 0,017 pontos do que na sexta-feira, contra um máximo de 4,193% em 7 de julho deste ano.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base - tal como em 15 de junho e 4 de maio -, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa arranca semana no verde com tecnológicas a liderarem ganhos no Stoxx 600
As bolsas europeias arrancaram a semana com ganhos, seguindo a tendência observada na sexta-feira em Wall Street e esta segunda-feira na Ásia. Isto num dia em que a região assiste a um menor volume de negociação, devido a um feriado nacional no Reino Unido.
A impulsionar a subida em bolsa estão sobretudo as tecnológicas, num dia em que os investidores digerem os comentários feitos pelos líderes dos bancos centrais em Jackson Hole, no estado de Wyoming.
O Stoxx 600, referência para a região, está a valorizar 0,58% para 454 pontos, com praticamente todos os setores a negociarem com ganhos. Dos 20 setores que compõem o índice, o tecnológico é o que mais valoriza, com uma subida de 1,25%. O do imobiliário é o único que desvaloriza (-0,09%).
Entre as principais movimentações, a fabricante de semicondutores ASML valoriza 1,73% para 604,50 euros por ação, enquanto a Be Semiconductor Industries soma 2,48% para 105,55 euros.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax 30 soma 0,58%, o italiano FTSE Mib sobe 0,72%, o francês CAC-40 cresce 0,83%, o espanhol Ibex 35 avança 0,87% e o AEX, em Amesterdão, valoriza 0,90%. O britânico FTSE 100 está fechado, devido a um feriado nacional no país.
Os investidores mostram assim apetite pelo risco, apesar das compromissos do presidente da Fed, Jerome Powell, e da presidente do BCE, Christine Lagarde, em fazer o que for necessário para baixar a inflação para os 2%. Segundo a analista Lori Calvasina, da RBC Capital Markets, isto prende-se com o facto de a mensagem transmitida por ambos não ter fornecido pistas que contrariassem o que o mercado já esperava.
"Não foi dito muito que mudasse as nossas previsões para as ações norte-americanas. Os investidores em ações já se tinham vindo a mentalizar da ideia de que as taxas podem manter-se elevadas durante mais tempo, de que o trabalho da Fed pode ainda não ter acabado e que as decisões estão dependentes de dados", afirmou, em declarações à Bloomberg.
Juros mistos na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a negociar de forma mista, numa altura em que os investidores digerem as declarações de alguns dos principais líderes dos bancos centrais. A presidente do BCE, Christine Lagarde, garantiu o compromisso do banco central em trazer a inflação para a meta dos 2%, reiterando a disponibilidade para manter os juros elevados durante o tempo que for necessário.
Lagarde alertou que deve evitar-se "cair na armadilha de focar demasiado nos dados atuais". Esta semana são conhecidos os dados finais da inflação de julho na Zona Euro, além de outros. Segundo a estimativa rápida, o aumento dos preços no consumidor abrandou para 5,3% no mês em causa.
Nas obrigações, o sentimento parece ser de cautela. Os juros da dívida portuguesa com maturidade a dez anos aliviam 0,8 pontos base para 3,242%, enquanto a "yield" das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, agravam-se 0,3 pontos base para 2,559%.
A rendibilidade da dívida pública espanhola cede 0,5 pontos base para 3,579%, os juros da dívida italiana caem 1,1 pontos base para 4,224% e os juros da dívida soberana francesa estão inalterados nos 3,084%.
Euro valoriza face ao dólar
O euro está a valorizar face à moeda norte-americana, depois de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), ter dito que a autoridade monetária está disposta a manter as taxas de juro em níveis elevados até atingir o objetivo: baixar a inflação para os 2%.
A moeda única europeia soma 0,13% para 1,0810 dólares, tendo recuperado algum terreno depois de a nota verde ter fechado a semana passada com ganhos acumulados de 0,93% face ao euro.
O índice do dólar da Bloomberg, que mede a força da moeda norte-americana face a dez divisas rivais, está a negociar na linha d'água, estando a subir 0,03% para 104,108 pontos.
Ouro na linha d'água com investidores a digerirem discursos no Jackson Hole
O ouro está a negociar na linha d'água, num dia em que os investidores digerem as palavras dos responsáveis pelos principais bancos centrais. No caso dos Estados Unidos e da Europa, tanto o presidente da Reserva Federal (Fed) dos EUA, Jerome Powell, como a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reforçaram o compromisso de manter as taxas de juro elevadas durante o tempo que for necessário para travar a inflação e trazê-la para a meta dos 2%.
O ouro valoriza 0,01% para 1.915,06 dólares por onça, enquanto o paládio cede 0,21% para 1.225,11 dólares, a platina recua 0,13% para 947,18 dólares e a prata perde 0,32% para 24,15 dólares.
O ouro tende a sair prejudicado de uma política monetária mais restritiva, uma vez que não remunera juros.
No discurso de sexta-feira, no Simpósio de Jackson Hole, Powell reforçou que "o trabalho da Fed é levar a inflação de volta à meta de 2% e vamos fazê-lo". "Apertámos significativamente as políticas ao longo do ano passado. Apesar de a inflação se ter movido em baixa face ao pico - um desenvolvimento positivo -, mantém-se demasiado elevada. Estamos preparados para subir mais as taxas de juro, se necessário, e tencionamos manter a política num nível restritivo até estarmos confiantes de que a inflação está a diminuir de forma sustentada no sentido do nosso objetivo", garantiu.
Petróleo valoriza com medidas de apoio na China. Gás sobe
O petróleo está a valorizar, impulsionado por novas medidas de apoio ao mercado acionista na China. O país liderado por Xi Jinping é o maior importador de crude no mundo, pelo que as medidas conhecidas - que passam por uma redução do imposto sobre transações - parecem estar a atenuar as preocupações quanto a um aumento da oferta e uma política monetária restritiva tanto nos Estados Unidos, como na Europa.
O West Texas Intermediate (WTI na sigla em inglês), negociado em Nova Iorque, soma 0,49% para 80,22 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, valoriza 0,33% para 84,76 dólares por barril.
Warren Patterson, responsável pela estratégia de "commodities" da ING Groep NV, afirmou que as palavras de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, sinalizaram que o banco central não deverá subir os juros na reunião de setembro, o que beneficiou o petróleo. "As notícias do estímulo chinês vieram dar mais suporte [aos preços]", acrescentou, em declarações à Bloomberg.
No mercado do gás natural, os preços da matéria-prima negociada em Amesterdão, o TFF, sobem 1,5% para 35,30 euros por megawatt-hora. A dar força aos preços do gás natural está uma quebra nas exportações da Noruega, que veio adensar as preocupações já existentes quanto à oferta devido a possíveis greves em plataformas cruciais na Austrália.
Europa aponta para o verde e Ásia fecha com ganhos após novos apoios na China
As bolsas europeias apontam para um arranque em terreno positivo, na primeira sessão após o discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, no Simpósio de Jackson Hole.
Lagarde assegurou que o banco central está disposto a "manter as taxas de juro em níveis suficientemente restritivos durante o tempo que for necessário" para assegurar que a inflação baixa para os 2% a médio prazo.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,7%.
Na Ásia, a negociação fechou no verde, com o anúncio de novos apoios ao mercado acionista na China a contribuir para um sentimento positivo. Pequim anunciou a redução do imposto sobre transações, tratando-se da primeira vez que reduz esta taxa desde a crise de 2008, e comprometeu-se a reduzir o ritmo de Oferta Pública Inicial (IPO).
Os índices asiáticos reagem também às palavras do presidente da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos, Jerome Powell, que disse, na sexta-feira, que o banco central está preparado para subir mais os juros se necessário. Contudo, o responsável pela Fed afirmou também que iria "proceder cuidadosamente" na decisão e parece ter sido essa a mensagem predominante para os mercados.
Pela China, Xangai subiu 1,34%, em Hong Kong, o Hang Seng somou 1,31%. No Japão, o Topix avançou 1,47% e o Nikkei valorizou 1,73%. Na Coreia do Sul, o Kospi cresceu 0,96%.