Europa avança à boleia das farmacêuticas

A Europa terminou a sessão maioritariamente no verde, com o "benchmark" europeu a atingir um máximo de três semanas com a ajuda das farmacêuticas. 

O índice de referência europeu Stoxx 600 valorizou 0,84% para 447,8 pontos, o valor mais alto desde 17 de outubro.

A animar esteve o setor farmacêutico que liderou os ganhos com uma subida de 1,81%, com a BASF, a Wacker Chemie e a Lanxess a beneficiarem com o relatório do Handelsblatt sobre um acordo na Alemanha para um pacote de apoio ao preço da eletricidade.

A Adyen foi a cotada que mais se destacou, tendo escalado 37,82% depois de ter moderado as perspetivas para as vendas dos próximos três anos, aliviando as preocupações dos investidores de que não as fosse capaz de cumprir. 

Entre as principais praças europeias, Frankfurt arrecadou 0,81%, Paris somou 1,13%, Madrid subiu 1,31% e Milão ganhou 0,74%. Já a bolsa de Lisboa terminou o dia com um avanço de 0,59%, enquanto Londres aumentou 0,73% e Amesterdão 1,98%.

Juros da Zona Euro agravam-se antes de discursos de Lagarde

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se antes dos discursos da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. O rosto principal do banco central vai falar hoje e amanhã e a expectativa do mercado é de que as suas palavras ofereçam pistas sobre o curso da política monetária.

As palavras da líder do BCE vão ser ouvidas esta quinta-feira por ocasião da inauguração da Casa do Euro em Bruxelas e amanhã, em Londres, no âmbito da conferência do Financial Times The Global Boardroom sobre digitalização. 

A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos subiu 3,4 pontos base para 3,370% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, aumentou 3,1 pontos base para 2,643%.

Já a rendibilidade da dívida soberana espanhola agravou-se em 3,4 pontos base para 3,690%, enquanto os juros da dívida italiana aumentaram 3,3 pontos base para 4,505% e os juros da dívida pública francesa subiram 2,8 pontos base para 2,228%.

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aumentaram 3,3 pontos base para 4,269%.

Arábia Saudita acalma mercado. Petróleo sobe mais de 1%

O petróleo recupera, depois de ter deslizado para mínimos de três meses devido à preocupação sobre o possível enfraquecimento da procura de crude.

O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – ganha 1,77% para 76,66 dólares por barril.

Por sua vez, o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – arrecada 1,68% para 80,88 dólares por barril.

Esta quinta-feira, o ministro da Energia da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman, afirmou, citado pela Bloomberg, que a procura de crude se mantém saudável.

O petróleo registou uma acentuada queda nas últimas três semanas, alimentada  por preocupações com a economia chinesa, o maior importador mundial, e dúvidas quanto ao rumo da política monetária norte-americana. 

Euro na linha d'água face ao dólar, com olhos postos em Powell

O euro negoceia na linha d'água (0,04%) para 1,0715 dólares, com os investidores atentos ao que dirá o presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Jerome Powell,  numa intervenção marcada para esta quinta-feira ao final do dia em Lisboa.

A moeda única já valorizou 2% desde mínimos de outubro, de acordo com o estratega para o mercado cambial e dos juros da Bloomberg Vassilis Karamanis.

Karamanis salienta, num texto publicado na Bloomberg, que a participação de Powell num painel sobre os desafios da política monetária, na conferência anual de "research" do Fundo Monetário Internacional (FMI), esta quinta-feira, é "um evento-chave de risco" para o par euro-dólar, numa altura em que o que está sobretudo a impulsionar o mercado cambial "spot" "é o lado do dólar na equação".

O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras divisas – cede 0,13% para 105,46 pontos.

Ouro inverte tendência e rompe série de três dias de perdas

O ouro inverteu a tendência no começo do dia e valoriza 0,37% para 1.957,43 dólares por onça - rompendo uma série de três dias de perdas - pouco tempo depois de terem sido publicados novos dados sobre o mercado de trabalho nos EUA.

O número de novos pedidos de subsídio de desemprego caiu para os 217 mil, menos três mil do que na semana anterior. O valor ficou abaixo dos 218 mil estimados pelos analistas ouvidos pela Bloomberg. Já o número de pedidos continuados subiu pela sétima semana consecutiva, o que significa que os cidadãos desempregados estão a ter mais dificuldade em encontrar emprego.

Estes dados dão sustentação a um potencial abrandamento da política monetária da Fed e alimentam a expectativa do mercado de corte dos juros diretores no próximo ano. 

Os investidores aguardam agora o discurso do presidente da Fed, Jerome Powell.

O líder da autoridade monetária tem uma segunda oportunidade para transmitir uma mensagem sobre política monetária, já que na intervenção desta quarta-feira decidiu omitir esta temática, optando por um discurso mais técnico dirigido aos "forecasters", ou seja analistas (economistas, matemáticos e até físicos) que tentam antecipar movimentos da economia e do mercado.

Wall Street na linha d'água após dados do emprego e antes de discurso de Powell

As bolsas norte-americanas abriram na linha d'água, com os índices à procura de direção após novos dados do emprego nos Estados Unidos e antes do discurso do presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell.

Os índices abriram na linha d'água. O S&P 500, referência para a região, cai 0,01% para 4.382,16 pontos, o industrial Dow Jones valoriza 0,03% para 34.123,18 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite sobe 0,02% para 13.653,43 pontos.

O número de novos pedidos de subsídio de desemprego caiu para os 217 mil, menos três mil do que na semana anterior. O valor ficou abaixo dos 218 mil estimados pelos analistas ouvidos pela Bloomberg. Já o número de pedidos continuados subiu pela sétima semana consecutiva, o que significa que os cidadãos desempregados estão a ter mais dificuldade em encontrar emprego.

As atenções estão agora no discurso de Powell, que vai falar num painel sobre os desafios da política monetária, na conferência anual de "research" do Fundo Monetário Internacional (FMI). A expectativa é que as suas palavras permitam obter pistas sobre a evolução dos juros.

Euribor sobe a três e a 12 meses e desce a seis meses

A taxa Euribor subiu hoje a três e a 12 meses e desceu a seis meses face a quarta-feira.

Com as alterações de hoje, a taxa Euribor a 12 meses voltou a ficar pela nona sessão consecutiva com um valor inferior ao da taxa a seis meses.

A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 4,028%, mais 0,001 pontos do que na quarta-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Segundo dados do Banco de Portugal referentes a setembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,1% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,7% e 23,4%, respetivamente.

Já no prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, baixou hoje, para 4,055%, menos 0,011 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.

Em sentido inverso, a Euribor a três meses avançou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,987%, mais 0,014 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas.

A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Lusa

Europa no verde com resultados trimestrais em foco

As bolsas europeias abriram maioritariamente no verde, num dia em que os investidores digeriram mais uma série de contas trimestrais e monitorizam a evolução das "yields" das dívidas soberanas. 

O Stoxx 600, referência para a região, sobe 0,19% para 444,92 pontos, com o setor de bens industriais a comandar as subidas (1,26%). Já o setor das viagens é o que mais cai, com perdas de 3,37%.

Entre as principais movimentações, a Adyen sobe 28,24% para 892,2 euros, um dia depois de ter reportado as contas do terceiro trimestre. Além de as receitas terem superado as expectativas, perspetivas a médio-prazo mais moderadas tranquilizou o mercado, segundo os analistas. 

"Aliado a uma contenção nos planos de contratações, a atualização oferece um alívio significativo aos investidores", afirmou David Vignon, da Stifel, em declarações à Bloomberg. "O facto de o "outlook" ter sido revisto em baixa é positivo porque é mais realistico", defendeu Sandeep Deshpande, do JPMorgan.

Nas principais praças europeias, o alemão DAX 30 valoriza 0,01%, o italiano FTSE Mib soma 0,25%, o francês CAC-40 avançar 0,26%, o espanhol Ibex 35 sobe 0,43% e o AEX, em Amesterdão, valoriza 0,76%. Já o britânico FTSE 100 perde 0,06%.

Juros agravam-se na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas estão a agravar-se, num dia em que os investidores aguardam pelo discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. O rosto principal do banco central vai falar em Frankfurt e a expectativa do mercado é de que as suas palavras ofereçam pistas sobre o curso da política monetária.

A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos sobe 1,9 pontos base para 3,355% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo aumentam 2,5 pontos base para 2,638%. 

A rendibilidade da dívida soberana espanhola agrava-se 2,9 pontos base para 3,685%, os juros da dívida italiana aumentam 3,6 pontos base para 4,507% e os juros da dívida pública francesa sobem 2,6 pontos base para 2,336%.

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aumentam 3,5 pontos base para 4,269%.

Ouro desliza com dólar mais forte antes de discurso de Powell

O ouro está a desvalorizar, penalizado por um dólar mais fraco. Os investidores estão a privilegiar a divisa norte-americana antes do discurso, esta quinta-feira, do presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell. 

E a valorização do dólar está a pressionar o ouro que, por ser cotado na nota verde, se torna menos atrativo para quem negoceia com outras moedas.  

O ouro pede 0,04% para 1.949,37 dólares por onça. Noutros metais, o paládio cede 0,58% para 1.046,4 dólares e a platina recua 0,18% para 869,98 dólares.

No mercado cambial, o euro cede 0,07% para 1,072 dólares. O dólar está também a valorizar face ao franco suíço e ao iene, que são também vistos como ativo-refúgio.

Tanto o presidente da Fed, Jerome Powell, como a presidente do BCE, Christine Lagarde, discursam esta quinta-feira. Powell irá participar num painel sobre os desafios da política monetária, na conferência anual de "research" do Fundo Monetário Internacional (FMI), enquanto Lagarde fala na inauguração da Casa do Euro, em Frankfurt.

Petróleo valoriza. Vaga de frio dá força aos preços do gás

Os preços do petróleo estão a a valorizar, depois de terem caído à boleia de receios de uma menor procura.

O West Texas Intermediate (WTI na sigla em inglês), negociado em Nova Iorques, sobe 0,74% para 75,89 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, soma 0,79% para 80,17 dólares por barril. 

Ainda assim, o "ouro negro" está agora mais longe de atingir os 100 dólares por barril - valor que há um mês o mercado via como forte possibilidade.

"O mercado parece estar a mudar o foco de medo impulsionado por factores geopolíticos para fundamenos concretos". afirmou Norbert Ruecker, analista na Julius Baer & Co, à Bloomberg. Acrescentou ainda que "um amplo fornecimento, um aumento da produção e uma procura estagnada" proporcionam a queda.

No mercado do gás natural, a matéria-prima negociada em Amesterdão, o TTF, sobe 3,2% para 47,25 euros por megawatt-hora. Os preços estão a ser impulsionados pela vaga de frio registada em alguns países europeus, que aumenta a necessidade de aquecimento.

Europa aponta para o verde. Ásia fecha com ganhos

As bolsas europeias apontam para um arranque em terreno positivo, num dia em que vão estar na mira discursos dos líderes dos bancos centrais. Tanto a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, como o homólogo da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Jerome Powell, falam esta quinta-feira em eventos.