Notícia
Stoxx 600 com maior ganho diário desde novembro do ano passado
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
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Stoxx 600 com maior ganho diário desde novembro do ano passado
As bolsas norte-americanas fecharam com ganhos, impulsionadas por uma pausa no agravamento das "yields" das dívidas soberanas, tanto na Zona Euro como nos Estados Unidos.
O Stoxx 600, referência para a região, valorizou 1,96% para os 452,48 pontos, tendo registado esta terça-feira o maior ganho diário desde novembro do ano passado.
Todos os 20 setores que compõem o índice acabaram o dia a valorizar, tendo o setor das viagens visto a maior subida (3,87%), seguido pelo dos recursos naturais (2,89%) e da tecnologia (2,67%).
Nas principais praças europeias, o alemão Dax 30 somou 1,95%, o francês CAC-40 cresceu 2,01%, o espanhol Ibex 35 valorizou 2,19%, o britânico FTSE 100 ganhou 1,82%, o italiano FTSE Mib avançou 2,3% e o AEX, em Amesterdão, valorizou 1,78%.
O apetite pelo risco voltou a dominar o sentimento dos investidores depois de comentários de diferentes membros da Reserva Federal (Fed) norte-americana no sentido de que poderão não ser necessárias novas subidas dos juros, o que levou a um alívio das "yields" das dívidas soberanas, que nas últimas semanas atingiram valores máximos de vários anos.
A contribuir para o sentimento mais otimista estiveram também as expectativas de que a China poderá tomar novas medidas de apoio à economia.
Petróleo corrige depois de maior subida em seis meses
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em alta nos principais mercados internacionais, depois de terem arrancado a semana com o maior salto dos últimos seis meses enquanto digeriam o ataque surpresa de sábado, do grupo palestiniano Hamas sobre Israel, e os confrontos que prosseguem entre as duas partes.
Os confrontos militares entre Israel e o Hamas deixam recear um conflito mais alargado que impacte o fornecimento de petróleo no Médio Oriente. Ainda assim, as cotações estão hoje em queda, a corrigirem das fortes subidas de ontem.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a ceder 0,78% para 85,71 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,82% para 87,43 dólares.
Juros aliviam na Zona Euro. Apenas "yield" das Bunds alemãs sobe
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram, o que significa uma maior aposta dos investidores nas obrigações. Apenas a "yield" das Bunds alemãs viu um agravamento.
A dívida soberana foi, assim, privilegiada num dia em que também as ações na região viram bons ventos, com os principais índices a registarem ganhos.
A "yield" da dívida portuguesa com maturidade a dez anos desceu 4,3 pontos base para 3,441%, enquanto a das Bunds alemãs com o mesmo prazo subiu 0,3 pontos base para 2,771%.
Os juros da dívida italiana recuaram 11,2 pontos base para 4,717%, os juros da dívida espanhola cederam 4,4 pontos base para 3,874% e os juros da dívida francesa aliviaram 3 pontos base para 3,383%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica também a dez anos aliviaram 5 pontos base para 4,423%.
Ouro ofuscado por maior apetite pelo risco
O ouro desvaloriza, depois de subir acentuadamente esta segunda-feira, numa altura em que existe um maior apetite pelo mercado de risco.
O metal amarelo recua 0,23% para 1.857,22 dólares a onça.
Os investidores mantêm-se atentos ao desenrolar do conflito entre Israel e o grupo palestiniano Hamas e aguardam a divulgação dos dados da inflação nos EUA, que está agendada para o final desta semana.
Estes números poderão dar pistas sobre o futuro da política monetária levada a cabo pela Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Intervenção do Banco de Israel começa a surtir efeito no shekel
O shekel, a moeda oficial de Israel, já começou a reagir positivamente às intervenções realizadas esta segunda-feira pelo banco central no país.
A moeda israelita chegou a valorizar perto de 1% face ao dólar, nos primeiros momentos de negociação desta terça-feira, estando entretanto a somar 0,1%, valendo cada dólar 3,9501 shekel.
O movimento ocorre depois de, nesta terça-feira, a moeda de Israel ter renovado mínimos de 2016.
O iene sobe 0,4%, valendo cada dólar 149,07 ienes, depois de ter sido noticiado que o banco central pondera rever em alta o "guidance da inflação para este ano dos iniciais 2,5% para 3%.
O euro ganha 0,11% para 1,0590 dólares, no mesmo dia em que o governador do banco central francês, François Villeroy de Galhau, assegurou, citado pela Bloomberg, que o BCE vai estar vigilante ao desempenho dos preços do petróleo no mercado internacional, mas recusou a ideia de alterar o "guidance" da inflação.
A coroa norueguesa desliza 0,59%, valendo cada dólar das unidades monetária da divisa oficial da Noruega, no mesmo dia em foram conhecidos os números da inflação do país, que recuaram além do esperado.
O índice do dólar da Bloomberg, que compara a força da nota verde contra outras divisas, recua 0,12% para 105.96 pontos.
Wall Street arranca no verde com otimismo sobre juros a abrir apetite pelo risco
As bolsas norte-americanas abriram em terreno positivo, impulsionadas por comentários de diferentes membros da Reserva Federal (Fed) dos EUA no sentido de uma política monetária mais suave. A perspetiva de novos estímulos à economia na China também ajudou a abrir o apetite pelo risco.
Isto numa altura em que os investidores continuam a avaliar o possível impacto do conflitos entre Israel e o grupo radical Hamas.
O S&P 500 sobe 0,19% para 4.344,02 pontos, o industrial Dow Jones soma 0,23% para 33.682,16 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 0,13% para 13.502,17 pontos.
A narrativa em torno dos próximos passos da Fed mudou na segunda-feira, após Philip Jefferson, vice-presidente do "board" da autoridade monetária, ter afirmado que o banco central tem margem para "prosseguir cautelosamente". Também as palavras de Lorie Lorgan, presidente da Fed de Dallas, disse que a recente subida das taxas de juros a longo prazo poderá reduzir a necessidade de um novo aperto monetário.
Até então, os investidores davam praticamente como certa uma nova subida dos juros este ano.
Euribor sobe para novo máximo a três meses e desce a seis e a 12 meses
A taxa Euribor subiu hoje a três meses para um novo máximo desde novembro de 2008 e desceu a seis e a 12 meses face a segunda-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou hoje para 4,155%, menos 0,032 pontos face a segunda-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal referentes a julho de 2023, a Euribor a 12 meses representava 39,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 35,1% e 23,0%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, também baixou hoje, para 4,112%, menos 0,017 pontos, depois de ter subido para 4,138% em 02 de outubro, um novo máximo desde novembro de 2008.
No caso da Euribor a três meses, esta avançou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,988%, mais 0,008 pontos, um novo máximo desde novembro de 2008.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de setembro, o BCE voltou a subir, pela décima sessão consecutiva, as suas taxas diretoras, desta vez em 25 pontos base - tal como em 27 de julho, em 15 de junho e 4 de maio -, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 8 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 26 de outubro, em Atenas.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
De Lisboa a Amesterdão todas ganham mais de 1%. EasyJet sobe mais de 2%
A Europa ganha mais de 1%, à medida que os investidores avaliam os riscos geopolíticos que podem provir do conflito entre Israel e o Hamas e digerem as declarações dos membros da Reserva Federal (Fed) norte-americana e do Banco Central Europeu (BCE).
O "benchmark" europeu Stoxx 600 ganha 1,34% para 449,74 dólares por barril. Entre os 20 setores que compõem o índice de referência, viagens, media e tecnologia comandam os ganhos.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt avança 1,56%, Madrid cresce 1,45%, Paris soma 1,29% e Londres arrecada 1,15%.
Amesterdão sobe 1,2%, Milão ganha 1,63% e Lisboa cresce 1,27%.
Esta terça-feira, o governador do banco central francês, François Villeroy de Galhau, assegurou que o BCE vai estar vigilante ao desempenho dos preços do petróleo no mercado internacional, mas recusou a ideia de alterar o "guidance" da inflação.
Os investidores foram ainda animados pelas notícias vindas dos EUA. Philip Jefferson, vice-presidente do "board" da Fed, disse que os governadores estão em posição de "proceder cautelosamente" após o recente agravamento das "yields" das obrigações do Tesouro.
Também Lorie Lorgan, presidente da Fed de Dallas, disse que a recente subida das taxas de juros a longo prazo poderá levar a uma menor necessidade de novo aperto monetário.
Os investidores estão atentos às ações da EasyJet, que sobem 2,39%, depois de o CEO da companhia, Johan Lundgren ter afirmado que a companhia beneficiou do regresso do ressurgimento da procura.
Juros agravam-se na Zona Euro à exceção de Itália
Os juros agravam-se na Zona Euro, à exceção de Itália, num dia que está a ser marcado por um maior apetite pelo risco.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – referência para o mercado europeu – agrava-se 1,8 pontos base para 2,786%.
Os juros da dívida portuguesa que vence em 2033 soma 2,5 pontos base para 3,509%.
A "yield" das obrigações espanholas com a mesma maturidade sobe 0,6 pontos base para 3,924%.
Já a rendibilidade dos títulos italianos a 10 anos alivia 2,3 pontos base para 4,806%.
Ouro perde brilho com avanço do dólar
O ouro recua à medida que os investidores se mantêm atentos ao desenrolar do conflito entre o Hamas e Israel e numa altura em que o dólar soma ganhos, tornado o investimento no metal precioso menos atrativo para quem negoceia com outras moedas.
O metal amarelo desvaloriza 0,26% para 1.856,52 dólares por onça. A prata segue esta tendência negativa, enquanto a platina negoceia na linha de água e o paládio soma ganhos.
Olhando para o futuro, o desempenho o ouro a longo prazo irá depender das consequências económicas e financeiras mais profundas da crise no Médio Oriente, segundo defende o estratega da RBC Capital Markets, Christopher Louney, numa nota citada pela Bloomberg.
Euro na linha de água face ao dólar
O euro negoceia na linha de água (0,06%) para 1,0561 dólares. Esta terça-feira, o governador do banco central francês, François Villeroy de Galhau, assegurou, citado pela Bloomberg, que o BCE vai estar vigilante ao desempenho dos preços do petróleo no mercado internacional, mas recusou a ideia de alterar o "guidance" da inflação.
"Prevemos que a inflação vai chegar até [à meta dos] 2% até 2025 e hoje não vemos razão para mudar" esta perspetiva, defendeu o membro do conselho do BCE.
O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra um cabaz de outras divisas – ganha 0,1% para 106,11 pontos, invertendo a tendência no início do dia, com os investidores de olhos postos no desenrolar do conflito entre Israel e o Hamas.
Alerta da AIE coloca gás em máximos de abril. Petróleo em queda
O gás negociado em Amesterdão (TTF) – referência para o mercado europeu – escala 7,56% para 46,250 euros por megawatt-hora, renovando máximos do início de abril, após o alerta da Agência Internacional de Energia (AIE).
Apesar de os centros de armazenamento europeus de gás estarem quase cheios, antes do previsto, tal "não é uma garantia de que os preços ficarão estáveis", durante toda a temporada de inverno, alertou a AIE num relatório publicado esta terça-feira.
Assim, "sobretudo no caso de um inverno frio, o risco de volatilidade dos preços [do gás] é motivo de preocupação", acrescenta o documento citado pela Bloomberg.
No mercado petrolífero, o ouro negro está em queda – depois de ter registado a maior subida em seis meses - tanto no mercado londrino como em Nova Iorque.
Os investidores acompanham, a par e passo, o cenário de instabilidade no Médio Oriente, com Israel a salientar que "só agora começou" a sua retaliação contra o ataque surpresa do Hamas, que decorreu no fim de semana.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque- cai 0,67% para 85,80 dólares por barril.
O Brent do Mar do Norte referência para as importações europeias – cede 0,66% para 87,576 dólares por barril.
Europa aponta para o verde à boleia da Fed. Japão ganha mais de 2%
A Ásia terminou o dia de forma mista e a Europa aponta para um arranque de sessão no verde, após as declarações de dois membros da Reserva Federal (Fed) norte-americana, sobre o futuro da política monetária.
Após o mais recente movimento de agravamento das "yields", o vice-presidente da Fed, Philip Jefferson, salientou, citado pela Bloomberg, que o banco central poderia ter que "proceder com cuidado".
Já a presidente da autoridade monetária em Dallas, Lorie Logan, referiu que o aumento dos juros a longo prazo pode significar uma menor necessidade de maior aperto monetário.
Assim, pela China, Hong Kong cresceu 1,1% enquanto Xangai desvalorizou 0,6%. No Japão, o Topix somou 2,2% e o Nikkei arrecadou 2,43%.
Na Coreia do Sul, o Kospi recuou ligeiramente (-0,09%).
Na Europa, os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,9%.
"O aumento das ‘yields’, em conjunto com o desdobramento das tensões geopolíticas no Médio Oriente parecem ter servido de catalisador para a tão esperada mudança ‘dovish’ da Fed – um movimento que os mercados acionistas têm esperado ansiosamente", considera Tony Sycamore, analista sénior de mercado da IG Austrália.