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Europa fecha semana de forma mista
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
Europa fecha semana de forma mista
A Europa fechou a sessão de forma mista, com os investidores a digerir os mais recentes dados sobre o emprego nos EUA.
O Stoxx 600 - "benchmark" europeu- desvalorizou 0,01% para 458,13 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice europeu, a energia comandou os ganhos depois de o Morgan Stanley ter subido duplamente a recomendação para o setor, enquanto o automóvel afundou depois de um grupo de analistas do UBS terem cortado a recomendação da Renault e da Volkswagen.
Entre as principais praças europeias, Madrid cedeu 0,59%, Frankfurt recuou 0,67%, Paris perdeu 0,27% e Milão desceu 0,63%.
Por cá, a bolsa de Lisboa aumentou 0,13%, enquanto Amesterdão também avançou 0,33% e a de Londres subiu 0,34%.
O sentimento foi dominado sobretudo pelos mais recentes dados macroeconómicos, que mostraram que os postos de trabalho nos Estados Unidos cresceram mais do que previsto, ao mesmo tempo que o crescimento dos salários abrandou.
Os dados do emprego dos EUA de hoje "foram bastante positivos", refere o diretor-geral da Cholet Dupont, Arnaud Cayla, ao acrescentar que os estes perpetuam o cenário de desinflação gradual e que apoia a ideia que nos estamos a dirigir para uma política monetária mais acomodatícia.
Entre as ações individuais, os investidores estiveram atentos às ações das Aurubis, que cederam 6,07%, depois de a empresa ter revelado que tinha sido vítima de roubo de metais avaliados em centena de milhões de euros.
"Yields" das dívidas agravam-se apesar de mercado esperar travão dos bancos centrais
O dia foi de volatilidade no mercado obrigacionista. As "yields" das dívidas soberanas tanto na Zona Euro como nos Estados Unidos aliviaram o agravamento (apesar de terem mantido a tendência) à medida que o mercado se ajusta à expectativa de que os bancos centrais das duas regiões parem a subida das taxas de juro de referência.
A referência europeia, a "yield" das alemãs Bunds a 10 anos, avançou 8,9 pontos base para 2,538%, em linha com o desempenho em França (mais 8,5 pontos base para 3,063%). Em Portugal, o aumento foi de 9 pontos base para 3,238%, enquanto nos restantes países do Sul, Itália foi o mais castigado (com um agravamento de 11,2 pontos base para 4,222%), enquanto em Espanha foi de 8,9 pontos base 3,564%.
Os mercados estão a ajustar expectativas face às novidades que vão sendo conhecidas, sendo que ao longo desta semana os dados deram força à expectativa de que a Reserva Federal dos EUA e o Banco Central Europeu (BCE) refreiem a estratégia de subida das taxas de juro de referência.
Numa nota de "research" divulgada esta sexta-feira, o Morgan Stanley indica que a mais recente evolução da economia da moeda única significa que o BCE não deveria subir mais os juros. "Mudámos o nosso posicionamento sobre o BCE e esperamos uma pausa em setembro. Vemos agora a taxa terminal em 3,75%", escreveu a equipa de economistas do banco de investimento liderada por Jens Eisenschmidt.
Dados do emprego dos EUA fortalecem o dólar
O dólar está a valorizar em relação ao euro, impulsionado pelos dados sobre o emprego dos Estados Unidos, que mostram que a criação de emprego acelerou, enquanto o crescimento dos salários abrandou.
O dólar sobe 0,33% para 0,9252 euros.
"O relatório de emprego de hoje oferece aos investidores o melhor dos dois mundos. É o mercado de trabalho a abrandar o suficiente para manter a Reserva Federal afastada, ao mesmo tempo que é suficientemente forte para evitar uma recessão económica", disse Michael Arone, estratega-chefe de investimentos da State Street Global Advisors, em Boston.
O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra outras divisas – soma 0,35% para 103, 969 pontos.
Petróleo ganha com apertos na oferta
O petróleo valoriza, negociando acima dos 85 dólares por barril pela primeira vez desde novembro, numa altura em que países da OPEP e aliados continuam a reduzir a produção.
Os preços do petróleo subiram este verão, impulsionados por cortes de produção, em particular da Arábia Saudita e da Rússia, numa época em que a procura costuma também ser mais elevada. Este "rally" contou ainda com as medidas aprovadas na China para estimular a economia, e pela divulgação de dados robustos sobre o emprego nos Estados Unidos.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, valoriza 1,76% para 85,1 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, soma 1,52% para 88,15 dólares por barril.
Ouro quebra série de quatro sessões no verde
O ouro estava a desvalorizar, esta sexta-feira, mesmo depois da divulgação de dados que mostraram um aumento dos postos de trabalho dos EUA, que poderão servir de fundamento a uma pausa na subida dos juros diretores nos EUA na reunião de setembro.
O ouro desliza ligeiramente (0,09%) para 1.938,47 pontos, quebrando uma série de quatro ganhos consecutivos.
A economia dos EUA criou mais 187.000 postos de trabalho em agosto em relação ao que estava previsto: 170.000.
Depois da divulgação destes dados, as apostas que a Reserva Federal deixaria as taxas de juro inalteradas em setembro subiram para 93%, acima dos 89% anteriores, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, citada pela Reuters.
Já para novembro, os investidores também estão estão mais otimistas em relação a uma pausa: as apostas numa pausa subiram de 55% para 65,1%, segundo a mesma ferramenta.
Wall Street avança ao sabor dos dados do emprego nos EUA
As bolsas norte-americanas abriram em terreno positivo, num dia em que os investidores assimilam os mais recentes dados sobre o emprego dos Estados Unidos.
O industrial Dow Jones sobe 0,66% para 34.947,17 pontos, enquanto o S&P 500 ganha 0,62% para 4.536,06 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite cresce 0,66% para 14.129,03 pontos.
As notícias foram, em grande parte, influenciadas pelos dados do emprego dos EUA. O número de postos de trabalho no país aumentou em 187.000 em agosto, enquanto o crescimento dos salários continuou a moderar-se, reforçando a ideia de que a Reserva Federal concluirá em breve a trajetória "hawkish" da política monetária.
"Com os dados do mercado laboral, há mais evidências que permitem à Reserva Federal deixar as taxas de juro intactas na reunião de 20 de setembro", disse o analista sénior de economia na Bankrate, Mark Hamrick, citado pela Bloomberg. Ainda assim, o analista considera que ainda há alguns dados importantes para a Fed digerir, como o índice de preços no consumidor, bem como o índice de preços no produtor.
Entre as ações individuais a Dell Technologies estava a valorizar depois de ter divulgado receitas que superaram as expectativas, tendo sido impulsionadas pela venda de computadores e pelas vendas de "hardware" para centros de dados.
Euribor cai a três, a seis e a 12 meses
A taxa Euribor desceu hoje a três meses, a seis e a 12 meses, face a quinta-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, desceu hoje para 4,055%, menos 0,047 pontos do que na quinta-feira, depois de ter atingido em 27 de julho um novo máximo desde novembro de 2008.
No prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 07 de julho de 2022, desceu hoje para 3,934%, face a quinta-feira, dia em que atingiu máximo desde novembro de 2008, de 3,956%, verificado em 26 de julho.
A Euribor a três meses, por sua vez, caiu, mas para 3,770%, menos 0,025 pontos do que na quinta-feira, contra um máximo de 4,193% em 07 de julho deste ano.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base -- tal como em 15 de junho e 04 de maio --, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
*Lusa
Verde domina na Europa. Esquema que lesou Aurubis trava ganhos no Dax
As bolsas europeias estão a negociar com ganhos, num dia em que os investidores aguardam pela divulgação dos dados do emprego nos Estados Unidos. Apenas o alemão Dax 30 está na linha d'água, a perder 0,01%, penalizado pela Aurubis, maior produtora de cobre, que foi alvo de um esquema.
O Stoxx 600, referência para a região, sobe 0,24% para 459,27 pontos, arrancado assim a primeira sessão de setembro no verde. Isto depois de em agosto ter desvalorizado 2,79%. Dos 20 setores que compõem o índice, o do petróleo & gás é o que mais impulsiona (1,68%) e o do automóvel o que mais penaliza (-1,36%). Segundo a Bloomberg, o setor da energia está a beneficiar de uma revisão em alta pelo Morgan Stanley, enquanto o do automóvel está a ser penalizado pelo corte de rating pelo UBS da Renault e da Volskwagen.
Entre as principais movimentações, a Aurubis, fabricante com sede em Hamburgo, Alemanha, afunda mais de 6%, depois de no início da sessão ter chegado a perder mais de 9%, depois de a empresa ter comunicado que foi alvo de roubos que resultaram em perdas de centenas de milhões de euros. As ações da empresa estão a negociar nos 64,92 euros.
Nas principais praças europeias, o francês CAC-40 valoriza 0,05%, o italiano FTSE Mib cresce 0,18%, o britânico FTSE 100 soma 0,45%, o espanhol Ibex 35 avança 0,33% e o AEX, em Amesterdão, sobe 0,53%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas estão a agravar-se esta sexta-feira, num dia em que os investidores digerem os dados da inflação em agosto na região. A estimativa rápida divulgada ontem pelo Eurostat aponta que a taxa de inflação tenha estabilizado em 5,3% em agosto, depois de três meses consecutivos de desaceleração.
Além disso, as atas da última reunião do Banco Central Europeu (BCE), em julho, sinalizam preocupação dos membros do conselho quanto à entrada da economia europeia numa estagflação. Ou seja, um cenário que combina uma inflação elevada, a economia a estagnar e o desemprego a subir.
A "yield" dos juros da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos agravam-se 2,3 pontos base para 3,170%, enquanto a das Bunds alemãs, referência para a região, aumentam 2,2 pontos base para 2,480%.
Os juros da dívida soberana italiana com o mesmo prazo somam 2,1 pontos base para 4,131%, a rendibilidade da dívida espanhola cresce 2 pontos base para 3,495% e os juros da dívida francesa também a dez anos agravam-se 2,1 pontos base para 2,998%.
Euro valoriza face ao dólar
O euro está a valorizar face à moeda norte-americana, um dia depois vários analistas terem cortado, pela primeira vez em seis meses, as previsões sobre o desempenho da moeda única europeia contra o dólar.
As minutas da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu, em julho, indicam que os membros do conselho estão preocupados que a economia entre numa fase de estagflação, "tendo em conta as perspetivas de inflação ainda elevada e as previsões de crescimento mais fraco".
Ainda assim, a moeda da Zona Euro está a valorizar 0,10% para 1,0854 dólares.
O dólar está a desvalorizar face às principais moedas rivais num dia em que os investidores aguardam pela divulgação dos dados oficiais do emprego. Destaque para a moeda chinesa, que está a valorizar face à nota verde, depois de banco central chinês ter anunciado que vai reduzir as reservas obrigatórias de moedas estrangeiras no banco para apoiar o yuan.
A partir de 15 de setembro, o rácio vai passar de 6% para 4%, para "melhorar a capacidade das instituições financeiras de utilizar fundos em moeda estrangeira", afirmou o banco central, em comunicado.
A divisa norte-americana perde 0,10% para 7,2685 yuans.
Ouro sobe e caminha para segunda semana consecutiva de ganhos
O ouro está a valorizar e a caminho de fechar o segundo ganho semanal consecutivo. O metal amarelo está a beneficiar de um dólar mais fraco, após a divulgação de uma série de indicadores económicos nos Estados Unidos que está a dar sustento à expectativa de que a Reserva Federal (Fed) dos EUA não vai subir os juros na próxima reunião de política monetária.
O índice de despesas do consumo (PCE) - que é apontado como o indicador preferido da Fed - aumentou 0,2% em cadeia e 4,2% em agosto em termos homólogos (face aos 4,1% em julho), em linha com as estimativas dos economistas consultados pelo Dow Jones.
O ouro a pronto sobe 0,17% para 1.943,48 dólares por onça, enquanto o paládio cede 0,54% para 1.223,05 dólares, a platina soma 0,59% para 977,66 dólares e a prata avança 0,51% para 24,57 dólares.
Os investidores aguardam agora pela divulgação dos dados oficiais do emprego nos Estados Unidos, que vai permitir medir a robustez do mercado laboral. Este é um dos aspetos que a Fed avalia no momento de decidir os próximos passos.
Petróleo valoriza e caminha para fechar semana com ganhos
Os preços do petróleo estão a valorizar, impulsionados pelas perspetivas de que a Rússia vai prolongar o corte na exportação de crude.
Segundo o vice-primeiro-ministro russo Alexander Novak, Moscovo, que nos últimos meses baixou a exportação de petróleo em 500 mil barris por dia, chegou a acordo com a Organização dos Países Exportadores do Petróleo e Aliados (OPEP+) para novos cortes, mas os detalhes só serão conhecidos na próxima semana. Os investidores esperam que a Arábia Saudita, que tem reduzido a produção, anuncie também que irá prolongar esses cortes.
A dar alento aos preços do ouro negro estão também os novos apoios da China, que é o maior importador de petróleo no mundo, para impulsionar a economia.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, valoriza 0,44% para 84 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, soma 0,45% para 87,22 dólares por barril.
No acumulado da semana, o WTI leva já uma valorização de mais de 4%, enquanto o Brent do Mar do Norte sobe mais de 3%. A manter-se a tendência, o petróleo poderá fechar o maior ganho semanal desde abril.
No mercado do gás natural, os preços da matéria-prima negociada em Amesterdão, o TTF, sobem 3,1% para 36,12 euros por megawatt-hora.
Europa aponta para ganhos. Verde domina na Ásia após novos apoios na China
A Europa aponta para um arranque em terreno positivo na primeira sessão de setembro, embora com ganhos muito ligeiros. Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 estão praticamente inalterados.
Depois de um mês de agosto marcado por uma maré vermelha, tanto na Europa, como nos Estados Unidos, os investidores aguardam esta sexta-feira pelos dados oficiais do emprego. Aliado aos indicadores que têm sido divulgados ao longo da semana - como a inflação, o índice de despesas do consumo e a criação de novos postos de trabalho no setor privado -, a expectativa é de que estes permitam antecipar quais os próximos passos da Reserva Federal (Fed) dos EUA. O próximo encontro de política monetária do banco central norte-americano está marcado para 19 e 20 de setembro. Já a do Banco Central Europeu (BCE) acontece uma semana mais cedo, a 14 de setembro.
Na Ásia, a negociação fechou maioritariamente no verde, depois de a China ter anunciado novas medidas para impulsionar a economia e o yuan. O banco central chinês anunciou que vai reduzir a quantidade das reservas de depósitos em moeda estrangeira que os bancos são obrigados a manter a partir de 15 de setembro. Este novo estímulo foi anunciado horas depois de Pequim ter permitido às principais cidades reduzirem a percentagem mínima de entrada necessária para quem adquire a primeira e a segunda casa e de ter incentivado os credores a baixarem os juros das hipotecas.
Pela China, Xangai subiu 0,39%, no Japão, o Topix avançou 0,76% e o Nikkei valorizou 0,28%. Na Coreia do Sul, o Kospi cresceu 0,29%. Em Hong Kong, o Hang Seng esteve encerrado devido a um feriado.