Notícia
Stoxx 600 em máximos de inícios de março. Ouro sobe com depreciação do dólar
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
Verde domina na Europa. Stoxx 600 em máximos desde início de março
As bolsas europeias fecharam em terreno positivo, num dia em que novos dados económicos nos Estados Unidos contribuíram para a expectativa de que o ciclo de subidas das taxas de juro da Fed deverá estar para breve.
Foi esta quinta-feira divulgado que o índice de preços no produtor recuou 0,5% em março, o que adensou as expectativas de que a autoridade norte-americana vai mesmo pausar o ciclo de subidas, uma vez que a economia está a dar sinais de algum abrandamento e que a inflação está a descer - caiu para os 5% no mês passado, o nível mais baixo em quase dois anos.
O Stoxx 600, referência para a região, subiu 0,40% para 464,21 pontos, renovando máximos desde 6 de março. Dos 20 setores que compõem o índice, o das viagens (1,10%) e o do retalho (0,90%) foram os que mais impulsionaram o índice, enquanto o das utilities (água, luz e gás) foi o que mais desvalorizou (-0,95%).
O alemão Dax somou 0,16%, o francês CAC-40 subiu 1,13%, o espanhol Ibex 35 avançou 0,34%, o britânico FTSE 100 cresceu 0,24% e o Aex, em Amesterdão, valorizou 0,14%. Apenas o italiano FTSE Mib fechou na linha d'água, tendo desvalorizado 0,01%.
Juros da dívida nacional cedem antes de relatos do BCE
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se, à exceção da portuguesa.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, agravou-se em 0,4 pontos base para 2,366%, enquanto os juros da dívida pública italiana aumentaram 1,3 pontos base para 4,212%.
Já os juros da dívida espanhola avançaram 1,3 pontos base para 3,410% e a "yield" da dívida francesa subiu 0,7 pontos base para 2,943%.
Pelo contrário, os juros da dívida portuguesa desceram 0,5 pontos base para 3,205%.
Euro valoriza face ao dólar com perspetivas de alívio nos juros
O euro segue a valorizar face à divisa norte-americana, que está a ser penalizada pelas perspetivas de que um declínio da situação económica nos Estados Unidos leve Fed a cortar as taxas de juro ainda este ano, numa altura em que o combate à inflação começa a dar frutos.
A moeda única sobe 0,49% para 1,1046 dólares, mas chegou mesmo a tocar em máximos de mais de um ano durante a negociação, quando chegou aos 1,1068 dólares.
Petróleo recupera com debilidade do dólar
Os preços do "ouro negro" estavam a negociar em baixa, pressionados pela possibilidade de uma recessão ligeira no final do ano nos EUA, aludida nas atas da última reunião da Fed, mas a depreciação do dólar ofuscou esses receios e o petróleo regressou aos ganhos.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a ganhar 0,18% para 83,41 dólares.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 0,05% para 87,37 dólares.
O facto de o dólar estar a ceder terreno ajuda à tendência de subida da matéria-prima, uma vez que os ativos denominados na nota verde, como é o caso do petróleo, ficam mais atrativos para quem negoceia com outras moedas.
Apesar de a Fed prever que a potencial recessão seja moderada, seguindo-se dois anos de recuperação, o receio de que isso penalize a procura por petróleo pesou na matéria-prima. No entanto, o recuo da nota verde está agora a influenciar mais o sentimento dos investidores.
Ouro valoriza mais de 1% após novos dados económicos nos EUA
O ouro segue a valorizar, impulsionado pela queda inesperada do índice preços no produtor em março. Após o recuo da inflação no mês passado para os 5%, o nível mais baixo em quase dois anos, a queda deste índice em 0,5% veio reforçar as expectativas dos investidores de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana deverá estar perto de finalizar o ciclo de subidas das taxas de juro
O metal amarelo sobe 1,37% para 2.042,54 dólares por onça, a platina valoriza 2,66% para 1.047,57 dólares e a prata soma 1,12% para 25,79 dólares, enquanto o paládio cede 0,64% para 1.463,79 dólares.
Também foi hoje divulgado o número de novos pedidos de subsídio de desemprego, que se fixou nos 239 mil na semana passada, mais 11 mil do que na anterior. Dados que podem ser entendidos como um sinal de que o mercado laboral está menos robusto.
Wall Street abre no verde, com dados a mostrarem arrefecimento da inflação
Os principais índices nova iorquinos estão negociar maioritariamente com ganhos, depois da divulgação do índice de preços no produtor que desceu 0,5% em março em termos mensais, registando assim um declínio superior ao esperado pelo mercado.
O índice industrial Dow Jones recua 0,04% para 33.627,03 pontos, ao passo que o S&P 500 sobe 0,27% para 4.103,36 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite ganha 0,87% para 12.033,04 pontos.
Ainda esta quinta-feira foi divulgado o número de pedidos de subsídio de desemprego no final da semana passada, um indicador de extrema importância para a Reserva Federal norte-americana, que aumentou ligeiramente pela primeira vez em três semanas e que pode demonstrar menor robustez do mercado laboral.
Estes dados seguem-se à inflação, publicada esta quarta-feira, que mostrou uma queda anual, mas um aumento nos preços "core".
"Há incerteza suficiente para a maioria das pessoas verem o que querem ver", disse James Athey, analista da abrdn à Bloomberg, acrescentando que o mercado acionista estava a retirar conforto da falta de más notícias face aos dados divulgados e as minutas da Fed sugerirem que o banco central está mais "dovish" do que alguns meses antes.
Euribor a três e a seis meses sobem para novos máximos desde novembro de 2008
A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses em relação a quarta-feira e nos dois prazos mais curtos para novos máximos desde novembro de 2008.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje, ao ser fixada em 3,718, mais 0,064 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 09 de março.
Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.
Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,534% em fevereiro para 3,647% em março, mais 0,113 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho, também subiu hoje, para 3,490%, mais 0,060 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008,
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,135% em fevereiro para 3,267% em março, mais 0,132 pontos.
A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu hoje pela quinta sessão consecutiva, para um novo máximo desde novembro de 2008, ao ser fixada em 3,177%, mais 0,051 pontos do que na quarta-feira.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 2,640% em fevereiro para 2,911% em março, ou seja, um acréscimo de 0,271 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na última reunião de política monetária, em 16 de março, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.
Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa abre no verde com palavras de governador do Banco de França
Os principais índices europeus abriram a negociação desta quinta-feira em terreno positivo, com a negociação a ser impulsionada por comentários do governador do Banco de França e membro do conselho do Banco Central Europeu, Francois Villeroy de Galhau, que afirmou que o BCE já realizou a maior parte da subida das taxas de juro, mas que o maior efeito na economia ainda está por sentir.
O índice de referência da região, Stoxx 600, sobe 0,35% para 463,99 pontos, com o setor dos bens para casa e retalho a registarem os maiores ganhos.
Entre os principais movimentos de mercado a LVMH sobe mais de 4%, depois de ter revelado um aumento das vendas no primeiro trimestre do ano, com a China a registar um aumento considerável. Outras ações de luxo como a Richemont aproveitam o balanço e vão também valorizando.
O analista da abrdn, James Athey, suspeita que não deve haver uma queda substancial nas ações até que uma recessão seja "certa", o que vai ser visível pelo aumento do desemprego argumenta, acrescentando que "os sinais no mercado laboral estão a aparecer muito lentamente".
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,22%, o francês CAC-40 valoriza 1,03% e o espanhol IBEX 35 sobe 0,07%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,13%.
O italiano FTSEMIB encontra-se inalterado, ao passo que o britânico FTSE 100 recua 0,03%
Juros aliviam na Zona Euro em dia de atas do BCE
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro começar o dia a aliviar, com os investidores a avaliarem o recuo da inflação nos Estados Unidos em março, bem como as atas da última reunião da Fed, onde vários membros mostraram intenções de uma pausa na subida dos juros, depois da falência de dois bancos no país.
O mesmo documento mostrou ainda que o "staff" do banco central norte-americano prevê uma leve recessão este ano.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, recua em 2,3 pontos base para 2,34%, enquanto os juros da dívida pública italiana subtraíram 2,4 pontos base para 4,175%.
Já os juros da dívida portuguesa descem 3,7 pontos base para 3,173% - sendo os que mais aliviam na região, enquanto que os juros da dívida espanhola recuam 2,2 pontos base para 3,375%. Por sua vez, a "yield" da dívida francesa desce 2,4 pontos base para 2,912%.
Esta quinta-feira é a vez do Banco Central Europeu (BCE) divulgar os relatos da última reunião, que resultou numa subida das taxas de juro de 50 pontos base.
Dólar inverte negociação e valoriza contra as principais divisas
Depois de ter desvalorizado durante esta quarta-feira e na sessão asiática, o dólar está esta quinta-feira a valorizar ligeiramente face às principais divisas.
Apesar da descida da inflação nos Estados Unidos e a possibilidade do fim do ciclo de aperto da política monetária, os investidores parecem estar a focar-se na reunião de maio onde é largamente esperado um aumento de 25 pontos base.
O dólar avança 0,1% para 0,9102 dólares, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – soma 0,03% para 101,534 pontos.
"Apesar das tendências de desinflação continuarem e se alargarem para as medidas 'headline', 'core' e 'supercore', este relatório do índice de preços no consumidor dificilmente anula as preocupações com a inflação", escreveram analistas do Saxo Bank numa nota vista pela Reuters.
Petróleo desvaloriza depois de tocar em máximos de um mês. Gás inverte e sobe
O petróleo está a desvalorizar esta quinta-feira, depois de ter registado ganhos nas duas últimas sessões, com a negociação a ser marcada por receios de uma recessão nos Estados Unidos que poderá diminuir o consumo desta matéria-prima.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 0,36% para 82,96 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, perde 0,45% para 86,94 dólares.
Os dois índices subiram a máximos de mais de um mês esta quarta-feira, depois de dados da inflação nos Estados Unidos terem levantado expectativas de que a Fed poderia fazer uma pausa no aperto da política monetária.
"Uma possível recessão nos Estados Unidos, que foi destacada nas recentes minutas da Fed, continua a colocar a procura por petróleo em questão, mas que está atualmente a ser negado por um maior aperto nas condições de fornecimento agora", escreveram analistas do IG numa nota vista pela Reuters.
Ouro ganha pelo terceiro dia consecutivo
O ouro está a valorizar pelo terceiro consecutivo, numa altura em que o dólar penalizado, depois de uma leitura da inflação esta quarta-feira ter mostrado uma descida que poderá indicar uma aproximação ao fim da subida dos juros diretores pela Reserva Federal norte-americana.
O metal precioso sobe assim 0,285 para 2.020,57 dólares por onça.
Apesar do cenário ser positivo, uma subida das taxas de juro em maio pode limitar as subidas do metal amarelo, um cenário que tem sido apontado como provável pelo mercado, com um incremento por parte da Fed de 25 pontos base.
Europa aponta para ganhos ligeiros pelo terceiro dia. Ásia mista
Os principais índices europeus estão a apontar para uma negociação em terreno positivo pelo terceiro dia consecutivo, apesar de ontem ter terminado com uma subida ligeira, numa altura em que os investidores vão continuar a avaliar o caminho da política face aos mais recentes dados divulgados nos Estados Unidos.
Esta quarta-feira foi divulgada a inflação de março nos EUA, ligeiramente mais baixa do que o esperado, mas que acabou por não ser suficiente para levar Wall Street a ganhos.
Esta quinta-feira os futuros sobre o Euro Stoxx 50 avançam uns ligeiros 0,1%.
Na Ásia, a sessão foi mista, com os índices da região a negociarem entre ganhos e perdas, a avaliarem a possibilidade de um novo aumento dos juros diretores pela Reserva Federal norte-americana na reunião de maio.
A Alibaba esteve entre as maiores quedas, perto de 6%, depois de ter sido noticiado que o SoftBank estava a reduzir o capital que detinha na tecnológica chinesa.
Na China, Xangai subiu 0,1% e em Hong Kong, o Hang Seng desvalorizou 0,6%. No Japão, o Topix somou 0,033% enquanto o Nikkei subiu 0,1%. Na Coreia do Sul, o Kospi cresceu igualmente 0,1%.