Notícia
Europa sobe com ajuda das tecnológicas. Petróleo continua em alta
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira.
Tecnológicas iluminam fecho de sessão na Europa
A Europa fechou a sessão em terreno positivo, com ganhos superiores a 1%, num dia marcado pelo alívio dos receios relativamente ao setor da banca, pela recuperação do setor imobiliário e pelo impulso das ações tecnológicas.
O Stoxx 600 – índice de referência para o mercado europeu – valorizou 1,29% para 450,20 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice, a tecnologia e o imobiliário destacam-se do lado dos ganhos.
As tecnológicas foram impulsionadas pela notícia de que a chinesa Alibaba planeia dividir a empresa em seis unidades, sendo que cada uma poderá procurar capital externo para entrar em bolsa de forma independente, através de uma oferta pública inicial (na sigla inglesa IPO).
Além disso, o setor foi motivado pelos "guidances" otimistas apresentados pela Infineon Technologies e Micron Technology para este ano, sendo que estas empresas subiram 6,9% e 6,64%, respetivamente.
Já o setor do retalho foi pressionado pela queda de 4,34% dos títulos da Next, após a empresa ter apontado para um lucro antes de impostos que ficou abaixo nas expectativas.
Por sua vez, no setor automóvel as ações da Mercedes-Benz deslizaram 2,13%, depois de o Fundo soberano do Koweit ter vendido 20 milhões de ações da fabricante alemã, ficando com cerca de 5% do capital.
O "benchmark" europeu está a caminho de fechar o mês no vermelho, registando o pior mês de março desde 2020, quando começou a pandemia.
Entre as principais praças europeias, Madrid somou 1,41%, Frankfurt arrecadou 1,23% e Paris cresceu 1,39%. Londres subiu 1,07%, Amesterdão ganhou 1,6% e Milão subiu 1,56%. Por cá, a bolsa de Lisboa seguiu a tendência europeia e arrecadou 1,1%.
Juros agravam-se com possibilidade de mais subidas de juros pelo BCE
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro terminaram o dia a agravarem-se ligeiramente, depois de o economista-chefe do Banco Central Europeu, Philip Lane, ter afirmado que a recente turbulência deverá passar e o BCE terá de regressar ao aperto da política monetária para controlar a inflação.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, subiu 4 pontos base para 2,321%, enquanto os juros da dívida pública italiana somaram 1,2 pontos base para 4,141%.
Os juros da dívida portuguesa com a mesma maturidade somaram 1,2 pontos base para 3,159%, os juros da dívida francesa aumentaram 2,5 pontos base para 2,824% e os da dívida espanhola agravaram-se 1,7 pontos base para 3,338%.
Fora da Zona Euro, as "yields" da dívida britânica a dez anos subiram 1,5 pontos base para 3,465%.
Petróleo sobe pela terceira sessão
Os preços do crude seguem a ganhar terreno, pela terceira sessão consecutiva, ainda impulsionados pela suspensão das exportações, a partir do Curdistão iraquiano, do crude que provén da Turquia.
Cerca de 0,5% (450.000 barris por dia) da oferta mundial de petróleo, proveniente das exportações do Curdistão, foi suspensa no passado sábado, 25 de março, depois de uma vitória num caso de arbitragem confirmar que é necessária a autorização de Bagdad para exportar o crude proveniente da Turquia.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 1,07% para 73,98 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, ganha 0,66% para 79,17 dólares.
Também o otimismo que se continua a fazer sentir na banca está a ajudar o mercado petrolífero, já que as movimentações para conter uma potencial crise bancária – que poderia afetar a procura por crude – estão a ter efeitos positivos no sentimento dos investidores, que estão assim a regressar os ativos de risco.
Dólar coloca queda em pausa e avança ligeiramente
O dólar está a valorizar ligeiramente face às principais divisas rivais, colocando uma pausa nas perdas registadas nos últimos dias, à par da agitação no setor financeiro dos EUA.
O índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais - a avançar 0,22% para 102.651 pontos. Já relativamente à moeda única europeia, a divisa norte-americana avança uns ligeiros 0,082% para 0,9234 euros.
"As recentes falências no setor financeiro dos Estados Unidos parecem estar contidas e o contágio parece ter parado", afirmou Helen Given, "trader" da Monex USA, à Reuters.
"O dólar está a negociar de forma mista hoje com algum potencial de valorização, à medida que o sentimento de risco melhora e os bancos centrais voltam a colocar o seu foco na inflação", completou.
Ouro recua com retorno aos ativos de risco
O ouro está a desvalorizar com os investidores a regressarem aos ativos de risco, numa altura em que os mercados acalmam face à turbulência no setor da banca nas últimas semanas.
O ouro perde 0,21% para 1.969,4 dólares por onça.
O metal amarelo está a retrair-se com "os mercados a irem na direção do risco, à medida que os receios de contágio no setor da banca diminui", disse o analista independente Ross Norman à Bloomberg.
"A nossa perspetiva para o ouro na segunda metade de 2023 permanece positiva, mas não de forma muito acentuada, devido à persistência de inflação e ao facto de a Fed" continuar o ciclo de aperto da política monetária, completou.
Wall Street pinta-se de verde com acalmar das tensões em torno da banca
Os principais índices nova-iorquinos estão a apontar para ganhos, com os receios relativamente a uma crise no setor da banca a diminuírem e os investidores a virarem-se para os ativos de risco.
O industrial Dow Jones soma 0,71% para 32.625,15 pontos, enquanto o S&P 500 avança 0,99% para 4.009,91 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 1,32% para 11.869,76 pontos.
Os investidores estão ainda focados na divulgação de vários dados económicos, nomeadamente sobre as vendas de casas, que poderão dar mais pistas sobre o caminho de política monetária que a Reserva Federal norte-americana irá seguir.
Entre os principais movimentos de mercado está a Lululemon a subir 13,45%, depois de ter anunciado uma previsão de vendas anuais e lucros acima das expectativas. Já as ações da Alibaba que negoceiam nos Estados Unidos, perdem 0,85%, um dia depois de a empresa ter anunciado que planeia dividir-se em seis unidades.
"Os mercados estão um pouco mais calmos à medida que as tensões derivadas da turbulência na banca diminuem", afirmou Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities à Reuters.
O foco deverá estar também no vice-presidente da Reserva Federal norte-americana, Michael S. Barr, que tem o pelouro da supervisão financeira e que estará pelo segundo dia no Comité Financeiro do Senado a responder a questões sobre a falência do Silicon Valley Bank e do Signature Bank.
Europa arranca dia no verde com tecnológicas e banca a dar alento
As bolsas europeias arrancaram em terreno positivo, com uma aparente acalmia no setor da banca e bons ventos na tecnologia a darem força.
O setor tecnológico viu um impulso com as notícias vindas da China. O gigante de e-commerce Alibaba anunciou que planeia dividir o negócio em seis unidades, que terão autonomia para levantar fundos e explorar oferta pública de aquisição.
O Stoxx 600, índice de referência para a região, sobe 0,51% para 446,72 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice, o da tecnologia e o da banca são os que mais valorizam, 1,57% e 0,88%, respetivamente.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax soma 0,43%, o francês CAC-40 sobe 0,79%, o italiano FTSE Mib valoriza 0,46% e o britânico FTSE 100 cresce 0,41%. O Aex, em Amesterdão, avança 0,81%, enquanto o espanhol Ibex 35 permanece inalterado.
Juros agravam-se na Zona Euro. Só Itália vê alívio
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro seguem a agravar-se, numa semana em que é divulgada a estimativa rápida da inflação de março na região. Um dado essencial para perceber qual será o curso da política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que tem como meta baixar o aumento dos preços no consumidor para os 2%.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, sobem 2,1 pontos base para 2,301%, enquanto os juros da dívida pública italiana aliviam 0,2 pontos base para 4,127%.
Os juros da dívida portuguesa com a mesma maturidade somam 1,3 pontos base para 3,160%, os juros da dívida francesa aumentam 1,3 pontos base para 2,812% e os juros da dívida espanhola agravam-se um ponto base para 3,331%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica a dez anos sobem 0,6 pontos base para 3,456%.
Os investidores estão esta quarta-feira atentos ao discurso de Isabel Schnabel, da comissão executiva do BCE, na 39.ª conferência anual da Associação norte-americana de Economia Empresarial. A responsável fala dias após ter sido noticiado que desejava que o BCE tivesse sido mais explícito sobre a próxima subida das taxas de juro no último comunicado sobre política monetária, sendo uma oportunidade para tentar obter mais pistas.
Euro perde ligeiramente face ao dólar
O euro segue a desvalorizar ligeiramente face à divisa norte-americana, estando a moeda única europeia a perder 0,09% para 1,0835 dólares.
A incerteza sobre se a crise na banca já terá passado deixou o dólar em caminho incerto, mas, ainda assim, a nota verde recupera algum fôlego após dois dias consecutivos de perdas.
"Se as preocupações sobre o setor da banca aliviarem e a economia se mantiver firme, tal como o índice de confiança dos consumidores sugere, a Fed pode continuar a subir as taxas de juro ou, pelo menos, adiar o fim do ciclo, o que é positivo para o dólar", afirma David Forrester, analista no Credit Agricole em Singapura.
Ouro segue a desvalorizar
O ouro segue a desvalorizar depois de na terça-feira ter chegado a escalar perto de 1%, impulsionado ainda por preocupações em torno do setor da banca. A incerteza que reina sobre o tema deixou os investidores cautelosos, sendo que esta quarta-feira mostram de novo uma maior procura por ativos de risco, como as ações.
O metal amarelo desvaloriza 0,63% para 1.961,12 dólares por onça, a platina cede 0,62% para 961,75 dólares, o paládio perde 0,69% para 1.415,50 dólares e a prata recua 0,99% para 23,10 dólares.
As autoridades financeiras norte-americanas sinalizaram na terça-feira a necessidade de reforçar a regulação no setor da banca após o colapso de bancos locais como o Silicon Valley Bank e o Signature Bank. O tema estará hoje de novo em foco com o vice-presidente do banco central para a supervisão, Michael Barr, novamente a responder a questões do Comité Financeiro do Senado norte-americano.
Petróleo sobe à boleia de menor oferta. Gás valoriza
Os preços do petróleo seguem a valorizar, impulsionados por uma redução das reservas de crude devido à suspensão das exportações, a partir do Curdistão iraquiano, do crude que provém da Turquia.
O West Texas Intermediate (WTI), referência para os Estados Unidos, soma 0,87% para 73,84 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, ganha 0,58% para 79,11 dólares.
O relatório da American Petroleum Institute (API) mostra que as reservas de crude cederam em 6,1 milhões de barris na semana passada, segundo revelaram fontes conhecedoras do tema à Bloomberg. Os dados são divulgados esta quarta-feira, sendo que, a confirmar-se, será o maior recuo este ano.
Os Estados Unidos estão a apelar ao Iraque e à Turquia que retomem as exportaçãoes a partir de Ceyhan, uma vez que o impasse resulta na suspensão de 450 mil barris de petróleo por dia, reduzindo a oferta no mercado e num aumento dos preços.
No mercado do gás natural, os preços seguem a valorizar. A matéria-prima negociada em Amesterdão, o TTF, soma 2% para 43,6 euros por megawatt-hora.
Termina esta quarta-feira uma conferência europeia de três dias sobre o gás, que contou com a presença dos ministros europeus responsáveis pela pasta.
Europa aponta para o verde. Alibaba impulsiona Ásia
As bolsas europeias apontam para um arranque em terreno positivo, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a subirem 0,4%.
Os investidores aguardam a divulgação de dados económicos sobre como se situou a inflação na Zona Euro em março, esta sexta-feira.
Na Ásia, a negociação fechou no verde, impulsionada pelas tecnológicas. O setor beneficiou das notícias de que a gigante de e-commerce Alibaba vai dividir o negócio em seis unidades,sendo que cada uma dessas poderá levantar fundos e entrar em bolsa de forma independente.
Pela China, Xangai somou 0,06% e, em Hong Kong, o tecnológico Hang Seng subiu 2,16%. No Japão, o Nikkei valorizou 1,33% e o Topix avançou 1,46%. Na Coreia do Sul, o Kospi somou 0,24%.
Esta quarta-feira, decorre a audição do vice-presidente da Reserva Federal norte-americana, Michael S. Barr, no Comité Financeiro do Senado norte-americano sobre o colapso dos bancos regionais norte-americanos Silicon Valley Bank e Signature Bank. Um tema que tem especial interesse numa altura em que a banca continua na esfera das preocupações, apesar de o mercado antecipar que o pior já terá passado.