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Europa fecha mista. "Utilities" pressionadas por imparidades da dinamarquesa Orsted
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira.
Europa fecha mista. "Utilities" pressionadas pela dinamarquesa Orsted
A Europa fechou a sessão de forma mista, tendo os investidores digerido os mais recentes dados macroeconómicos nos EUA e na Zona Euro.
O Stoxx 600 - "benchmark" europeu- desvalorizou 0,15% para 459,13 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice europeu, as "utilities" comandaram as perdas, tendo recuado quase 2%. Do lado dos ganhos foram as ações de media que lideraram o pódio.
Entre as principais praças europeias, Madrid cedeu 0,31%, Frankfurt recuou 0,24% e Paris perdeu 0,12%. Por cá, a bolsa de Lisboa perdeu 0,24%.
Amesterdão registou perdas muito ligeiras (-0,06%). Já Milão avançou, ainda que de maneira pouco expressiva (0,09%), enquanto Londres somou 0,12%.
O sentimento foi dominado sobretudo pelos mais recentes dados macroeconómicos.
A inflação alemã está a demonstrar resistência, tendo abrandado muito ligeiramente em agosto para 6,1%, face aos 6,2% em julho. A inflação subjacente - que exclui os preços da energia e alimentos - manteve-se inalterada.
Do lado de lá do Atlântico, a ADP - empresa de processamento de salários - divulgou hoje que o setor privado norte-americano criou 117 mil postos de trabalho em agosto, abaixo dos 195 mil esperados pelos economistas ouvidos pela Bloomberg. Trata-se do valor mais baixo em cinco meses, o que está a ser interpretado como um sinal de que o mercado laboral está a perder robustez.
Foi também conhecido que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu a um ritmo anualizado de 2,1% no segundo trimestre, abaixo do valor anteriormente avançado pelo governo norte-americano (2,4%).
Os investidores estiveram atentos às ações das Orsted, as quais afundaram 24,76%, a maior queda de sempre em bolsa, depois de a energética pública dinamarquesa ter registado imparidades de 16 mil milhões de coroas dinamarquesas (2,15 mil milhões de euros) no seu portefólio nos Estados Unidos devido a problemas nas cadeias de abastecimento e às taxas de juro.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros agravaram-se na Zona Euro, com os investidores atentos aos mais recentes dados macroeconómicos, dos dois lados do Atlântico, numa altura em que os investidores se preparam para as reuniões de política monetária de setembro da Reserva Federal (Fed) norte-americana e do Banco Central Europeu (BCE).
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos - referência para o mercado europeu - agravou-se 3,4 pontos base para 2,540%.
Os juros da dívida portuguesa com vencimento em 2033 somou 4,4 pontos base para 3,224%.
A rendibilidade das obrigações italianas com a mesma maturidade crescem também 4,4 pontos base, mas para 4,187%.
A "yield" da dívida espanhola a 10 anos agravou-se 3,2 pontos base para 3,552%.
A inflação alemã está a demonstrar resistência, tendo abrandado muito ligeiramente em agosto para 6,1%, face aos 6,2% em julho. A inflação subjacente - que exclui os preços da energia e alimentos - manteve-se inalterada.
Do lado de lá do oceano Atlântico, a ADP - empresa de processamento de salários - divulgou hoje que o setor privado norte-americano criou 117 mil postos de trabalho em agosto, abaixo dos 195 mil esperados pelos economistas ouvidos pela Bloomberg. Trata-se do valor mais baixo em cinco meses, o que está a ser interpretado como um sinal de que o mercado laboral está a perder robustez.
Foi também conhecido que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu a um ritmo anualizado de 2,1% no segundo trimestre, abaixo do valor anteriormente avançado pelo governo norte-americano (2,4%).
Euro sobe contra o dólar. Nota verde em queda
O euro sobe 0,53% para 1.0927 dólares, numa altura em que os investidores digerem os mais recentes dados sobre a inflação.
A inflação alemã recuou muito ligeiramente de 6,2% para 6,1% em agosto, segundo os dados do Destatis.
Já a inflação subjacente - que exclui os preços dos alimentos e da energia - manteve-se inalterada em 5,5%.
O índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da nota verde contra outras divisas - cede 0,44% para 103,074 pontos, depois de terem sido divulgados dados económicos pouco positivos, que dão sustentação à possibilidade de um abrandamento da subida dos juros diretores nos EUA.
Petróleo em alta à espera de queda nas reservas
O petróleo está a valorizar pelo quinto dia consecutivo, em antecipação de um relatório do Governo dos EUA que se espera que dê conta de outra queda substancial nas reservas de crude.
As reservas diminuíram em 11,5 milhões de barris, de acordo com o American Petroleum Institute. Se os dados oficiais confirmarem esta informação, será a sexta queda em sete semanas.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, valoriza 0,63% para 81,67 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, soma 0,43% para 85,86 dólares por barril.
O golpe militar no Gabão também está a pesar na negociação do petróleo, já que se trata de um país membro da OPEP - ainda que não haja notícias de interrupções na produção ou exportação.
Ouro valoriza à boleia de más notícias para a economia dos EUA
O ouro negoceia em máximos de três semanas, numa altura em que os mais recentes dados macroeconómicos dão sustentação a um abrandamento da política monetária restritiva da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
O metal amarelo valoriza 0,52% para 1.947,29 dólares por onça. A prata segue esta tendência positiva, enquanto o paládio e a platina negoceiam no vermelho.
A ADP - empresa de processamento de salários - divulgou hoje que o setor privado criou 117 mil postos de trabalho em agosto, abaixo dos 195 mil esperados pelos economistas ouvidos pela Bloomberg. Trata-se do valor mais baixo em cinco meses, o que está a ser interpretado como um sinal de que o mercado laboral está a perder robustez.
Foi também conhecido que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu a um ritmo anualizado de 2,1% no segundo trimestre, abaixo do valor anteriormente avançado pelo governo norte-americano (2,4%).
"As probabilidades de uma nova subida dos juros antes do fim do ano reduziram-se, o que causou uma queda na rendibilidade da dívida dos EUA e também do dólar", explica Ricardo Evangelista, analista da ActivTrades, citado pela Reuters, antes de serem divulgados estes números destacando que "as más notícias para economia" (que se vieram a confirmar) são "boas notícias para o ouro".
Wall Street abre no verde após dados mais fracos nos EUA
As bolsas norte-americanas abriram em terreno positivo, num dia em que os investidores assimilam os mais recentes dados económicos que sinalizam um arrefecimento da economia dos Estados Unidos.
O S&P 500, referência para a região, sobe 0,22% para 4.507,38 pontos, o industrial Dow Jones soma 0,38% para 34.985,05 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 0,04% para 13.949,93 pontos.
A ADP divulgou hoje que o setor privado criou 117 mil postos de trabalho em agosto, abaixo dos 195 mil esperados pelos economistas ouvidos pela Bloomberg. Trata-se do valor mais baixo em cinco meses, o que está a ser interpretado como um sinal de que o mercado laboral está a perder robustez.
Foi também conhecido que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu a um ritmo anualizado de 2,1% no segundo trimestre, abaixo do valor anteriormente avançado pelo governo norte-americano (2,4%).
Os dados económicos mais fracos estão a dar força à expectativa de que a Reserva Federal (Fed) dos EUA está perto de terminar o ciclo de subidas dos juros.
Euribor sobe a três e a seis meses e desce a 12 meses
A taxa Euribor subiu hoje a três e a seis meses e desceu a 12 meses, em relação a terça-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, desceu hoje para 4,065%, menos 0,009 pontos do que na terça-feira, depois de ter subido até 4,193% em 07 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008.
No prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 07 de julho de 2022, subiu hoje para 3,956%, face a terça-feira, contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,972%, verificado em 21 de julho.
A Euribor a três meses, por sua vez, também subiu, mas para 3,803%, mais 0,020 pontos do que na terça-feira, contra um máximo de 4,193% em 07 de julho deste ano.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base -- tal como em 15 de junho e 04 de maio --, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
*Lusa
Europa abre no verde com investidores à espera de dados da inflação
As bolsas europeias abriram em terreno positivo, num dia em que os investidores aguardam a divulgação de dados económicos na Zona Euro e nos Estados Unidos.
Espanha revelou hoje que a inflação acelerou três décimas para 2,6% em agosto, enquanto a inflação subjacente - que exclui os produtos mais voláteis como a alimentação e a energia - cedeu uma décima face a julho para 6,1%.
Os investidores aguardam agora pelos dados da inflação da maior economia europeia, a Alemanha, e pelos indicadores de sentimento económico da Comissão Europeia.
O Stoxx 600, referência para a região, valoriza 0,21% para 460,79 pontos. Praticamente todos os setores registam ganhos, com a banca a ser o setor que mais sobe (1,09%). Já as "utilities" (água, luz e gás) perdem 1,67%.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax 30 soma 0,06%, o francês CAC-40 cresce 0,19%, o italiano FTSE Mib valoriza 0,68%, o britânico FTSE 100 salta 0,54% e o espanhol Ibex 35 avança 0,25%. O AEX, em Amesterdão, sobe 0,06%.
As bolsas beneficiaram ontem da ideia de que a Reserva Federal poderá não endurecer a política monetária, uma vez que os mais recentes dados mostram uma queda no número de novos trabalhos nos EUA e perda de confiança por parte dos consumidores norte-americanos. Contudo, os dados hoje divulgados poderão mostrar um cenário diferente para a Europa.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se, num dia em que dados da inflação em Espanha e na Alemanha sinalizam que o Banco Central Europeu (BCE) pode ter de ir mais longe para travar o aumento dos preços no consumidor.
No país vizinho, a estimativa rápida indica uma nova aceleração em agosto, com a inflação a situar-se nos 2,6%, tratando-se de um avanço de três décimas face a julho. Já a inflação subjacente - que exclui os produtos alimentares não transformados e a energia por serem mais voláteis - recuou uma décima face ao mês anterior para 6,1%.
Na Alemanha, os dados do país ainda não foram conhecidos, mas em North Rhine-Westphalia - o primeiro estado alemão a reportar os números - a inflação subiu em agosto, o que está a levar os investidores a anteciparem que a tendência tenha sido a mesma no conjunto do país.
Os juros da dívida portuguesa com maturidade a dez anos sobem 4,7 pontos base para 3,227% e a "yield" das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, agrava-se 4,5 pontos base para 2,551%.
A rendibilidade da dívida pública italiana aumenta 6,3 pontos base para 4,207%, os juros da dívida espanhola sobem 4,6 pontos base para 3,566% e os da dívida francesa somam 4,7 pontos base para 3,072%.
Ouro desliza com dólar mais forte
O ouro está a perder, num dia em que o dólar está a valorizar. A robustez da moeda norte-americana está a castigar ligeiramente o metal precioso, que é denominado na nota verde, pelo que, quando o dólar valoriza, fica menos atrativo como investimento alternativo para quem negoceia com outras moedas.
O ouro perde 0,07% para 1.936,09 dólares por onça, enquanto o paládio cede 0,5% para 1,243,70 dólares, a platina perde 0,46% para 978,13 dólares e a prata desvaloriza 0,50% para 24,60 dólares.
No mercado cambial, a força da divisa norte-americana está a penalizar o euro. A moeda única europeia cede 0,15% para 1,0864 dólares, num dia em que são conhecidos uma série de indicadores económicos na Europa.
A Alemanha e Espanha divulgam hoje os dados da inflação de agosto e a Comissão Europeia publica os indicadores de sentimento económico.
Petróleo valoriza com sinais de menor oferta
O petróleo está a valorizar, impulsionado por sinais de que os níveis de reserva de crude nos Estados Unidos voltaram a cair.
O Instituto Americano de Petróleo (API na sigla em inglês) divulgou que dados preliminares apontam para uma queda das reservas na semana passada em 11,5 milhões de barris. A confirmar-se a diminuição, trata-se da sexta descida em sete semanas.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, valoriza 0,51% para 81,57 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, soma 0,42% para 85,85 dólares por barril.
Os preços do petróleo têm beneficiado de níveis mais baixos de produção na Arábia Saudita, que decidiu produzir menos 1 milhão de barris por dia para reduzir a oferta e tentar restabelecer o balanço no mercado global. A decisão está em vigor até setembro, mas Riade admitiu em agosto que poderá ser prolongada.
No mercado do gás natural, os contratos de futuros do índice holandês TTF, que é negociado em Amesterdão, desliza 3,11% para 34,10 euros por megawatt-hora.
Europa aponta para arranque com ganhos e Ásia fecha no verde após dados nos EUA
As bolsas europeias apontam para um arranque em terreno positivo, dando continuação aos ganhos de terça-feira à boleia de dados económicos mais fracos do que o esperado nos Estados Unidos.
O número de vagas de trabalho caiu mais do que o esperado no país, dando sinais de que o mercado laboral está a abrandar na maior economia mundial. Um outro indicador revela também que a confiança dos consumidores nos EUA baixou. Estes dados fizeram aumentar a expectativa de que a Reserva Federal (Fed) poderá estar perto de terminar o ciclo de subidas dos juros, apesar de, num discurso no Simpósio de Jackson Hole, o presidente do banco central, Jerome Powell, ter afirmado que a entidade está disponível para continuar a subir os juros.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,3%.
Na Ásia, a negociação fechou com ganhos, embora moderados. Os índices chineses iniciaram a sessão em alta, impulsionados pelas notícias de que os principais bancos estatais se preparam para baixar as taxas de juro na maioria das hipotecas, assim como as dos depósitos, mas acabaram por perder gás no final da negociação.
Ainda assim, os principais índices remataram no verde. Pela China, Xangai subiu 0,15%, em Hong Kong, o Hang Seng somou 0,36%. No Japão, o Topix avançou 0,43% e o Nikkei valorizou 0,33%. Na Coreia do Sul, o Kospi cresceu 0,35%.
São conhecidos esta quarta-feira os dados da inflação de agosto na Alemanha, maior economia europeia, e em Espanha. Além destes, a Comissão Europeia divulga os indicadores de sentimento económico, sendo estes dados que poderão ajudar a definir o apetite pelo risco dos investidores na região.