Notícia
Europa fecha no verde e petróleo perde terreno
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
Europa fecha semana em festa. Euro Stoxx 50 chega a tocar em "bull market"
A Europa terminou a sessão com fortes ganhos. Durante o dia, as ações "blue chip" chegaram a atingir um "bull market".
O otimismo em torno de uma possível reabertura da China e a aposta de que os bancos centrais devem abrandar o ritmo de subida dos juros diretores nos próximos tempos animaram o sentimento dos investidores.
O Stoxx 600 somou 1,16% para 433,33 pontos, registando o quinto ganho semanal consecutivo, o mais longo ciclo de ganhos em um ano. Entre os 20 setores que compõem o "benchmark" europeu, os do retalho, automóvel e viagens & lazer comandaram os ganhos.
Por sua vez, as cotadas "blue chip" do Euro Stoxx 50, isto é, mais sólidas e com maior retorno a longo prazo, chegaram a negociar 20% acima, tendo entretanto fechado a sessão abaixo desta percentagem.
Nas restantes praças europeias, Madrid avançou 1,08, Frankfurt ganhou 1,16% e Paris somou 1,04%. Londres valorizou 0,53%, Amesterdão cresceu 0,59% e Milão acumulou 1,38%. Lisboa registou o ganho menos expressivo, a arrecadar apenas 0,48%.
Entre os principais movimentos de mercado, a Verbund somou 5,42%, depois de a Áustria ter anunciado os contornos do imposto sobre os lucros extraordinários das empresas energéticas - que se revelou mais suave do que o esperado.
A semana foi marcada pela queda da inflação nos EUA, que alimentou a esperança de um abrandamento do ritmo da subida dos juros diretores nos EUA. Na Europa, a Bloomberg avançou que o BCE pondera subir as taxas de juro em 50 pontos base, abaixo dos 75 pontos base da última reunião.
Esta sexta-feira o mercado foi ainda animado pela notícia da Bloomberg sobre os planos de reabertura da China após um período marcado pela "política zero casos" contra a covid-19.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros da dívida a dez anos seguem a aliviar na Zona Euro.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – alivia 0,4 pontos base para 2,006%.
Já os juros da dívida italiana a dez anos caem 3,5 pontos base para 3,878%.
Na Península Ibérica, a "yield" da dívida nacional a dez anos subtrai 3,2 pontos base para 2,925%.
Também os juros das obrigações espanholas com a mesma maturidade perdem 3,2 pontos base, para 2,996%.
Euro soma ligeiramente face ao dólar. Libra ganha com acalmia
O euro está a registar ganhos face ao dólar, embora estando a negociar, tal como esta manhã, na linha de água face à nota verde.
A moeda única europeia soma 0,054% para 1,0367 dólares. O índice dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana contra as dez divisas rivais - recua 0,05% para 106,646 pontos.
Já a libra valoriza face ao dólar e euro, depois de o ministro das Finanças do Reino Unido ter apresentado esta quinta-feira um novo orçamento que pretende subir os impostos e reduzir a despesa e que visa tapar o buraco de cerca de 55 mil milhões de libras (63 mil milhões de euros) nas contas públicas.
A moeda britânica ganha 0,54% para 1,1508 euros, ao passo que avança 0,52% para 1,1923 dólares.
Petróleo cai com novos receios de menor procura
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar no vermelho, a caminho da segunda queda semanal, pressionados pelos receios de uma menor procura por parte da China – que é o maior importador mundial – devido às restrições decorrentes de novos casos de covid.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a perder 3,71% para 86,45 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 3,76% para 78,57 dólares por barril.
A pressionar o mercado está também a perspetiva de novas subidas dos juros diretores nos Estados Unidos.
Pressão da subida dos juros leva ouro a perdas
O ouro está a desvalorizar esta sexta-feira e a caminho de um saldo semanal negativo, mesmo depois de ter estado a negociar com ganhos esta manhã. A pressão em torno da manutenção de uma política monetária mais restritiva está a pesar no metal precioso.
O ouro perde 0,26% para 1.755,87 dólares por onça.
O mercado desta matéria-prima parece estar por um lado a pesar dados económicos que sugerem uma redução da inflação, que pode ajudar a negociação do ouro. Mas, por outro lado, vários membros da Reserva Federal norte-americana parecem estar reticentes relativamente à mudança de um tom mais "hawkish" para uma perspetiva mais "dovish", indica o analista Craig Erlam, da Oanda, em declarações à CNBC.
O mercado está agora a apostar 87% numa subida das taxas de juro em 50 pontos base na reunião de Dezembro da Fed. O ouro pode por isso permanecer volátil até que haja uma direção clara do supervisor norte-americano, completa o analista da Reliance Securities, Jigar Trivedi, à CNBC.
Wall Street regressa ao verde após dois dias de perdas
As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão desta sexta-feira em terreno positivo. Os índices regressam ao verde, após dois dias de perdas, provocadas pelos comentários de responsáveis da Reserva Federal norte-americana (Fed), que sugeriam que a autoridade deverá continuar a subir as taxas de juro diretoras.
O "benchmark" S&P 500 e o tecnológico Nasdaq Composite avançam 0,66% para os 3.972,78 e 11.218,16 pontos, respetivamente. Já o industrial Dow Jones cresce 0,53% para 33.724,80 pontos.
Apesar dos comentários favoráveis à continuação do "aperto monetário", os investidores parecem acreditar que isso não significa que o aumento final das taxas será maior do que o esperado.
"A Fed quer assegurar que o seu trabalho não é desfeito, a comunicação mantém-se robusta e que continua a existir um esforço coordenado dos membros quanto a uma política 'hawkish'", afirmou James Athey, responsável pelo investimento na Abrdn Investment, à Bloomberg.
Euribor sobem a três e a seis meses para novos máximos de mais de 13 anos
As taxas Euribor subiram hoje a três, a seis e a 12 meses face a quinta-feira, nos dois prazos mais curtos para máximos desde fevereiro e janeiro de 2009, respetivamente.
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, subiu hoje, para 2,342%, mais 0,048 pontos do que na quinta-feira e um novo máximo desde janeiro de 2009.
A média da Euribor a seis meses subiu de 1,596% em setembro para 1,997% em outubro.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também avançou hoje, ao ser fixada em 1,821%, mais 0,019 pontos e um novo máximo desde fevereiro de 2009.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 1,011% em setembro para 1,428% em outubro.
No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a Euribor subiu hoje, ao ser fixada em 2,837%, mais 0,003 pontos do que na quinta-feira, contra 2,874% em 09 de novembro, um novo máximo desde janeiro de 2009.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,233% em setembro para 2,629% em outubro.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
Em 27 de outubro, com o objetivo de travar a inflação, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o terceiro aumento consecutivo deste ano, depois de em 21 de julho ter subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, e em 08 de setembro em 75 pontos base.
Lusa
A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras do BCE.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa acorda pintada de verde
As bolsas europeias arrancaram a negociação pintadas de verde, diminuindo a queda daquela que deverá ser a primeira semana de perdas em cinco.
O Stoxx 600 - referência para a Europa - sobe 0,73% para os 431.51 pontos, com a Novartis a dar o maior contributo (1,8%). Dos 20 setores que compõem o índice, o das utilities (água, luz e gás) é o que mais sobe, 1,30%, seguido pelo da banca (1,21%) e pelo do petróleo & gás (1,17%).
Nas principais praças europeias, o alemão Dax soma 0,73%, o francês CAC-40 cresce 0,87%, o espanhol Ibex aumenta 0,50%, o italiano FTSE Mib valoriza 0,78% e, em Amesterdão, o AEX sobe 0,48%. Por fim, o britânico FTSE 100 cresce 0,47%.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, discursa esta sexta-feira em Frankfurt, a propósito da 32.ª conferência sobre a banca europeia. Um discurso a que os investidores vão estar atentos na expetativa de obter pistas sobre o futuro da política monetária, sobretudo depois de ter sido divulgado que o BCE estará a considerar um aumento de menor dimensão em dezembro.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro seguem a agravar-se, um dia após terem sido conhecidos os dados finais da inflação na região. O aumento dos preços acelerou 10,6% em outubro, mantendo a tendência crescente que tem registado todos os meses praticamente há um ano.
Os juros das "Bunds" alemãs com maturidade a dez anos - referência para a Europa - sobem 6,7 pontos base para 2,077%, enquanto a "yield" da dívida italiana avança 11,3 pontos base para 4,026%.
Em França, os juros da dívida com a mesma maturidade escalam 6,7 pontos base para 2,555%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida pública aumenta 6,5 pontos base para 3,093%. Por cá, os juros da dívida portuguesa sobem 5,3 pontos base para 3,010%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica crescem 8,1 pontos base para 3,270%.
Euro na linha d'água perante dólar
O euro segue a negociar na linha d'água face ao dólar, estando a moeda única a valer 1.0356 dólares.
Já o índice dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana contra as dez divisas rivais - regista uma ligeira queda 0,01% para 106.693 pontos.
O dólar perdeu força à medida que diminuíram as apostas num alívio das políticas para combater os casos de covid-19 na China e que os comentários de responsáveis da Fed apontam para a continuação do ritmo das subidas das taxas de juro.
Ouro avança após dia de perdas
O ouro regista ganhos esta manhã, depois de na quinta-feira responsáveis da Fed terem afirmado que o endurecimento monetário deve continuar.
O metal amarelo sobe 0,15% para 1.763,10 dólares por onça, ao passo que a platina desce 0,31% para 982,16 dólares e o paládio recua 1,69% para 1.976,66 dólares.
Com a inflação a mostrar ligeiros sinais de abrandamento nos Estados Unidos e as vendas a retalho a aumentarem, alguns dos porta-vozes da autoridade monetária enfatizaram a necessidade de ir mais longe no aumento das taxas de juro.
James Bullars, presidente da Fed de St. Louis, afirma que o aumento final dos juros deve chegar, pelo menos, a 5%.
Petróleo caminha para perda semanal. Preços do gás sobem
O petróleo segue a valorizar esta sexta-feira, mas, ainda assim, caminha para fechar a semana com perdas.
O West Texas Intermediate - referência para os Estados Unidos - avança 0,51% para os 82,06 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte sobe 0,23% para os 89,99 dólares por barril.
O petróleo negoceia próximo do valor mais baixo desde setembro, numa altura em que o aumento do número de casos de covid-19 na China - maior importador mundial de crude - e o "aperto" monetário por parte dos bancos centrais pesam nas perspetivas de procura pela matéria-prima.
Já os preços do gás negociado em Amesterdão - referência para a Europa - sobem 1,2% para 114 euros por megawatt-hora. O gás natural encaminha-se para terminar a semana com ganhos, com os investidores atentos a qual será a evolução da procura nos próximos dias, em que está prevista uma baixa das temperaturas.
Europa aponta para arranque positivo. Ásia maioritariamente no vermelho
A Europa aponta para um início de sessão em terreno positivo, um dia após terem sido conhecidos os dados da inflação na Zona Euro e de o Reino Unido ter apresentado um novo orçamento.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,6%.
Na Ásia, a negociação desta sexta-feira fechou mista, tendo os índices travado os ganhos do início da sessão, após mais um recuo no setor das tecnológicas.
Pela China, o tecnológico Hang Seng cedeu 0,28%, enquanto Xangai desceu 0,58%. Pelo Japão, o Nikkei desvalorizou 0,11%, enquanto o Topix encerrou na linha de água. Pela Coreia do Sul, o Kospi registou uma subida muito ligeira: 0,06%.