Notícia
Imobiliário pressiona Stoxx 600. Subida do dólar castiga ouro
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
Europa termina sessão volátil sem tendência definida
Os principais índices europeus terminaram a sessão sem tendência definida, numa altura em que aguardam uma muito esperada leitura da inflação nos Estados Unidos referente ao mês de agosto e que será conhecida esta quarta-feira.
O índice de referência, Stoxx 600, desceu 0,18% para 455,4 pontos, com os setores químicos e imobiliário a registarem as maiores quedas acima de 1%. Em sentido oposto, a banca, as telecomunicações e o automóvel foram os que mais subiram.
A pressionar o mercado acionista estiveram dados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo que apontam para um défice de três milhões de barris por dia da oferta a nível mundial, no quarto trimestre do ano, potencialmente o maior em mais de uma década.
A subida dos preços do crude poderá continuar a pressionar a inflação, numa altura em que essa métrica é uma das mais importantes para os bancos centrais tomarem as suas decisões de política monetária.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax perdeu 0,54% e o francês CAC-40 desvalorizou 0,35%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,3%.
Em sentido oposto, o italiano FTSEMIB e o espanhol IBEX 35 subiram 0,21% e o britânico FTSE 100 somou 0,41%.
Juros agravam-se na Zona Euro. Investidores de olhos no BCE
Os juros agravaram-se ligeiramente esta terça-feira na Zona Euro, com os investidores focados na reunião de política monetária do Banco Central Europeu que se realiza na quinta-feira.
Os "traders" do mercado monetário vão agora apontando para uma subida de 25 pontos base por parte da autoridade europeia, algo que acontece pela primeira vez este mês.
A "yield" dos juros da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos agravou-se 0,2 pontos base para 3,347%. Já a "yield" das Bunds alemãs a dez anos, referência para a região, subiu 0,4 pontos base para 2,638%.
Os juros da dívida soberana italiana e espanhola com o mesmo vencimento cresceram 0,7 pontos base para 4,396% e 3,692%, respetivamente, ao passo que os juros da dívida francesa avançaram 0,8 pontos base para 3,178%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica a dez anos aliviou em 5,5 pontos base para 4,409%.
Subida do dólar penaliza ouro
O ouro está a desvalorizar e a negociar em mínimos de duas semanas, numa altura em que o dólar vai negociando em alta, o que torna o metal amarelo mais dispendioso para compradores em moeda estrangeira, uma vez que o ouro negoceia na divisa dos EUA.
O ouro perde 0,63% para 1.910,16 dólares por onça.
No câmbio, o dólar sobe 0,35% para 0,9335 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras divisas – soma 0,27% para 104,852 pontos.
Os dados da inflação nos Estados Unidos que serão divulgados esta quarta-feira continuam a ser o principal centro de atenção dos investidores esta semana.
A maioria das previsões aponta para que a inflação tenha subido ligeiramente, mas o maior risco para o dólar é um abrandamento na subida dos preços ou um valor em linha com o esperado, explicou à Reuters o analista Adam Cole da RBC Capital Markets.
Petróleo escala animado por previsões de enormes cortes na oferta
O petróleo valoriza para máximos de dez meses em Londres, com as notícias de que o mercado de crude continua competitivo, com procura robusta e cortes na oferta.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – soma 1,58% para 88,67 dólares por barril.
O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – cresce 1,29% para 91,81 dólares por barril.
O gasóleo - o combustível da economia global - valoriza, animado pelos planos russos de limitar as exportações este mês, ultrapassando os mil dólares por tonelada na Europa.
Dados publicados pela OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) revelam a dimensão do aperto futuro na oferta de petróleo, com a potencial perda de mais de três milhões de barris por dia - a maior redução em mais de uma década.
Sobre a evolução da procura mundial de petróleo, a OPEP manteve inalterada a previsão até ao final de 2024, que aponta para aumentos de 2,4% em 2023 e de 2,2% em no próximo ano.
No relatório mensal, a organização explica que estas previsões estão ligadas à expectativa de que a economia mundial cresça 2,7% em 2023, e 2,6% em 2024.
Os futuros do petróleo ganharam cerca de 25% desde junho, com a procura em alta, ao mesmo tempo que a Arábia Saudita e a Rússia limitam a oferta, com o objetivo de aumentar as receitas.
Wall Street abre em baixa. Oracle perde mais de 11%
Os principais índices em Wall Street abriram a negociar em baixa, depois de terem começado a semana em tom positivo.
O índice industrial Dow Jones recua 0,08% para 34.635,31 pontos. Já o Standard & Poor’s 500 desce 0,2% para 4.478,42 pontos, ao passo que o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,34% para se fixar nos 13.871,01 pontos.
Entre os principais movimentos de mercado, a Oracle perde mais de 11%, depois de ter emitido um "guidance" em que espera resultados abaixo do esperado no quarto trimestre, numa altura de grande incerteza na China e crescente competição no setor da "cloud".
Já a Apple está praticamente inalterada, horas antes do lançamento do novo iPhone 15 - o primeiro com porta USB-C imposta na União Europeia - no seu evento de outono em Cupertino, na Califórnia.
Os investidores continuam a centrar-se numa leitura da inflação nos Estados Unidos, referente ao mês de agosto, na quarta-feira e que será crucial para avaliar que decisão irá tomar a Reserva Federal na reunião da próxima semana.
As recentes subidas nos preços dos combustíveis e os dados económicos robustos têm gerado crescentes preocupações relativamente a uma inflação persistente nos EUA.
"As pessoas estão um pouco preocupadas com os preços da energia a subirem de forma bastante agressiva nas últimas semanas e isso cria algumas preocupações à medida que olhamos para novembro", disse à Reuters Thomas Hayes, "chairman" da Great Hill Capital.
"Parecem não haver dúvidas que a Fed não irá subir juros em setembro, mas os dados da inflação que vão ser divulgados entre agora e novembro são críticos e o mercado está num ponto em que um maior aperto da política monetária poderia ser excessivo", completou.
Euribor sobe a três e a 12 meses e desce a seis meses
A taxa Euribor subiu hoje a três e a 12 meses e desceu a seis meses face a segunda-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 4,103%, mais 0,022 pontos que na segunda-feira, depois de ter subido até 4,193% em 07 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal referentes a julho de 2023, a Euribor a 12 meses representava 39,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 35,1% e 23,0%, respetivamente.
Em sentido contrário, no prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, baixou hoje para 3,968%, menos 0,002 pontos do que na sessão anterior, abaixo dos 3,987% registados em 31 de agosto, um máximo desde novembro de 2008.
Por sua vez, a Euribor a três meses avançou 0,002 pontos face à anterior sessão, ao ser fixada hoje em 3,824%, depois de ter atingido um novo máximo de 3,826% em 23 de agosto deste ano.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base -- tal como em 15 de junho e 04 de maio --, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
MC // EA
Lusa/Fim
Europa mista. Goldman Sachs dá corda às ações do Watches of Switzerland Group
A Europa negoceia mista, a digerir os mais recentes dados económicos vindos do Reino Unido e à espera de outros tantos vindos da Península Ibérica, Alemanha e do conjunto da Zona Euro.
Os investidores tentam ainda antecipar o que se passará em Frankfurt na quinta-feira, após a reunião do conselho do Banco Central Europeu, numa altura em que se dividem as opiniões sobre se a autoridade monetária subirá ou não as taxas de juro.
O índice de referência europeu Stoxx 600 negoceia na linha de água (-0,02%) para 456,14 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice, "oil & gas" e tecnologia são os que mais pressionam e "telecom" comanda os ganhos.
Entre as principais praças europeias, Madrid avança 0,25%, Amesterdão negoceia na linha de água (0,02%) e Londres sobe 0,13%. Durante três meses, até julho, o crescimento dos salários manteve-se num nível recorde, pressionando o Banco de Inglaterra a manter a sua política monetária restritiva para combater a inflação.
Frankfurt desvaloriza 0,33%, Paris negoceia na linha de água (-0,01%), assim como Lisboa (-0,02%) e Milão perde 0,19%.
Os investidores estão atentos às ações da SAP, as quais derraparam 1,83% depois de a concorrente Oracle ter reportado um abrandamento no crescimento das vendas no segmento de negócio da "cloud".
Já os títulos da Watches of Switzerland Group cresceram 3,34%, à boleia da revisão em alta da recomendação das ações pelos analistas do Goldman Sachs.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros aliviam na Zona Euro e no Reino Unido, apesar de terem sido divulgados os mais recentes indicadores sobre o mercado britânico de trabalho.
Durante três meses, até julho, o crescimento dos salários manteve-se num nível recorde, pressionando o Banco de Inglaterra a manter a sua política monetária restritiva para combater a inflação.
Além de estarem a digerir os dados sobre o mercado britânico de trabalho, o mercado está ainda à espera de conhecer o índice ZEW do sentimento económico relativamente a setembro na Zona Euro e na Alemanha.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – referência para o mercado europeu – aliviou 1,2 pontos base para 2,611%.
A rendibilidade das obrigações portuguesas com a mesma maturidade subtraiu 0,4 pontos base para 3,341%.
Os juros da dívida espanhola com vencimento em 2033 cederam 1,1 pontos base para 3,675% e a "yield" dos títulos italianos com a mesma data de vencimento recuaram 1,9 pontos base para 4,370%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" a 10 anos aliviaram 3,2 pontos base – registando um recuo mais expressivo face às rendibilidades homólogas das principais dívidas soberanas da Zona Euro - para 4,432%.
Euro recua face ao dólar já de olhos postos em Frankfurt
O euro recua 0,22% para 1,0726 dólares. Os tambores já rufam à espera do desfecho da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), agendada para esta quinta-feira.
Os economistas dividem-se, havendo quem espera uma subida de 25 pontos de base das taxas de juro diretoras e quem defenda que a autoridade monetária pode optar por uma pausa na subida do ciclo dos juros diretores.
O mercado espera ainda digerir esta terça-feira o índice ZEW do sentimento económico relativamente a setembro que é hoje conhecido na Zona Euro e Alemanha, a maior economia da Europa. Ainda serão divulgados os dados da inflação final de agosto em Espanha e do desemprego em julho no Reino Unido.
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras divisas – soma 0,16% para 104,732 pontos. O movimento ocorre um dia antes de serem conhecidos os números da inflação em agosto nos EUA.
Ouro recua enquanto dólar avança
O ouro recua, num dia em que o dólar avança, numa altura em que os investidores aguardam a divulgação do índice de preços no consumidor (IPC) nos EUA esta quarta-feira.
O metal amarelo desvaloriza 0,12% para 1.919,92 dólares por onça.
Os dados do IPC serão determinantes para o encontro do Comité Federal de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed) norte-americana marcado para a próxima semana.
Caso os números da inflação fiquem em linha com acima do esperado, tal pode "colocar alguma pressão a curto prazo sobre o ouro", alerta Nicholas Frappell, diretor da unidade de mercados institucionais da ABC Refinery.
Petróleo soma dados antes da chuva de boletins mensais de crude
O petróleo ganha tanto em Londres como em Nova Iorque, momentos antes de serem divulgados os relatórios da Organização dos Países Exportadores do Petróleo (OPEP) e da Agência Internacional de Energia.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – soma 0,36% para 87,6 dólares por barril.
O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – cresce 0,28% para 90,89 dólares por barril.
Tanto a OPEP como a administração norte-americana publicam os boletins mensais esta terça-feira. Na quarta-feira é a vez da Agência Internacional da Energia.
Europa aponta no verde antes de tirar o pulso à Alemanha e Reino Unido. Ásia fecha mista
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,2%, apontando a Europa para terreno positivo.
O movimento ocorre numa altura em que os investidores aguardam a divulgação de dados referentes ao mercado de trabalho no Reino Unido, de forma a encontrarem pistas sobre o futuro da política monetária levada a cabo pelo Banco de Inglaterra (na sigla inglesa BoE).
Além dos números britânicos, o mercado também está à espera da publicação do índice do sentimento económico ZEW.
Pela Ásia, na China, Xangai caiu 0,2% e Hong Kong desvalorizou 0,1%. No Japão o Topix somou 0,5% e o Nikkei valorizou 0,95%.
Na Coreia do Sul, o Kospi recuou 0,84%.