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Bolsas cedem às perdas e juros sobem com pandemia a preocupar

Acompanhe aqui o dia dos mercados.

Reuters
19 de Outubro de 2020 às 17:32
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Estímulos nos Estados Unidos dão esperança às bolsas

As bolsas asiáticas subiram esta segunda-feira, à semelhança do que estão a indicar os futuros norte-americanos e europeus. O otimismo instala-se numa altura em que os investidores renovam a confiança de que o novo pacote de estímulos nos Estados Unidos irá avançar.

O japonês Topix distinguiu-se com uma subida de 1,3%, em sintonia com os 0,9% do ausrraliano S&P/ASX, o sul-coreano Kospi – 0,3% - e o chinês Hang Seng, que ganhou 0,6%. Ainda assim, a China seguiu também em contramão, com o Compósito de Xangai a descer 0,5%, depois de o país revelar um produto interno bruto (PIB) abaixo das expetativas, um movimento que acabou por ser compensado com a notícia de que as vendas a retalho e a produção industrial excederam as estimativas.

A animar, a democrata que lidera a Casa dos Representantes em Washington, Nancy Pelosi, marcou terça-feira como prazo para atingir progressos com a Casa Branca em relação ao pacote de estímulos, depois de um longo fim de semana de discussões com o partido opositor acerca deste assunto. Um fim de semana no qual ambas as partes foram pressionadas pela aceleração do número de casos nos Estados Unidos assim como pelos sinais de stress económico da população.

"Parece que o mercado está otimista que os estímulos seguirão, de facto, tanto como cortes de impostos no caso de uma presidência Trump como na forma de despesa, caso haja uma presidência Biden", afirma a Medley Global Advisors, em declarações à Bloomberg.

Petróleo retém o fôlego à espera da OPEP

O petróleo segue em queda, num dia em que o cartel dos principais exportadores vai reunir e discutir o seguimento que está a ser dado aos cortes de produção com que os vários membros se haviam comprometido.

O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, cede 0,37% para os 42,77 dólares, um "tropeção" semelhante aos 0,39% para os 40,72 dólares que correspondem à cotação do nova-iorquino West Texas Intermediate.

O comité de monitorização da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) vai reunir-se online esta segunda-feira. Não são esperadas decisões quanto a eventuais novos cortes até à reunião que está marcada para dia 1 de dezembro. Contudo, esta reunião acontece numa altura em que a retoma de produção da Líbia, que acaba de sair do estado de guerra civil, está a abalar as contas destes aliados, ao mesmo tempo que o grupo de exportadores preveem menos procura para a matéria-prima.

Ouro valoriza à boleia de receios dos asiáticos

O metal amarelo segue a valorizar 0,56% para os 1.909,86 pontos, contrariando a tendência da última semana, na qual perdeu mais de 1,5%.

Este metal precioso segue animado numa altura em que os gestores de riqueza na Ásia estão a aplicar um conjunto de estratégias, tanto tradicionais como outras menos convencionais, para acomodar a turbulência a que esperam assistir nos mercados na sequência das eleições presidenciais nos Estados Unidos. Muitos investidores estão a sugerir a aposta em ativos refúgio como o iene ou o ouro, assim como a simples retenção do dinheiro, de forma a evitar a exposição ao risco.

Apesar de as sondagens apontarem para uma vitória de Biden, o Bank of America indicou, através de um estudo, que os gestores de fundos estão a preparar-se uma uma extrema volatilidade, uma vez que esperam que os resultados sejam contestados.

Libra recupera à espera de cedências no acordo do Brexit

A moeda britânica segue com um ganho de 0,19% para os 1,2939 dólares, na segunda sessão consecutiva de subidas. A libra esterlina inverte desta forma a tendência negativa – em quase 1% - a que se assistiu na semana passada.

A devolver a força à moeda britânica está o tom mais ameno das conversações do Brexit entre o Reino Unido e a União Europeia. Enquanto que na semana anterior o clima era de grande incerteza, esta segunda-feira arranca com uma renovada tranquilidade, depois de ter sido noticiado que o Reino Unido estará disposto a abdicar de algumas das exigências que estão no centro da discórdia entre ambas as partes.

O primeiro-ministro britânico anunciou na última sexta-feira que iria passar a focar-se em abandonar o mercado único europeu até ao fim do ano, mesmo que sem acordo, a não ser que o bloco europeu mudasse a sua posição. Por seu lado, a União Europeia avançou com um processo legal contra o Reino Unido, depois de este país ter reescrito partes do acordo que foi alcançado com a EU no ano passado. A Europa exige que Johnson abdique de clausulas referentes ao comércio com a Irlanda do Norte, ameaçando que este será o preço de um acordo mais vasto.

O euro está a perder 0,09% para os 1,1708 dólares, num dia em que as moedas nas quais as matérias primas são denominadas, como é o caso da nota verde ou do dólar da Nova Zelândia, seguem a ganhar. Um efeito que está associado ao renovado apetitie pelo risco, decorrente do otimismo quanto ao avanço de um novo pacote de estímulos nos Estados Unidos.

Europa forte no verde com estímulos norte-americanos a dar músculo

As principais praças europeias arrancam a semana com energia, mostrando vitalidade enquanto se distribuem pelo verde. O otimismo quanto ao pacote de estímulos que se espera nos Estados Unidos está a sustentar as subidas um pouco por todo o mundo, tanto no passado – fechadas as bolsas da Ásia – como nos futuros – no caso norte-americano.

Lá fora, os investidores mostram-se confiantes que seja finalmente aprovado um novo pacote de estímulos nos Estados Unidos, depois de a democrata Nancy Pelosi ter apontado para terça-feira como prazo para um desfecho, depois de um fim de semana intenso de negociações com o secretário do Tesouro de Trump, Steven Mnuchin.

O índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, o Stoxx600, avança 0,77% para os 370,31 pontos. As principais praças do Velho Continente contam todas ganhos acima de 0,5%, algumas girando mesmo em torno do 1%, como é o caso de Amesterdão, Paris e Madrid. As cotadas dos setores da banca e dos seguros lideram os ganhos.

Juros de Portugal e Espanha agravam-se com fuga para o risco

Os juros da dívida a dez anos portuguesa estão a agravar 0,3 pontos base para os 0,115%, depois de sete sessões de alívio em dez, as quais ditaram um mínimo de sempre na semana passada. Na vizinha Espanha, o agravamento é idêntico, de 0,3 pontos base para os 0,126%.

O apetite por obrigações reduz num dia em que os investidores se mostram mais confiantes quanto à evolução do mercado, e, portanto, mais predispostos ao risco. O sentimento é levantado pela perspetiva de que sejam avançados novos estímulos orçamentais nos Estados Unidos até esta terça-feira.  

Ainda assim as obrigações soberanas na Alemanha, a referência europeia, mantêm-se atrativas. Este país conta a oitava sessão consecutiva de recuo nos juros, que estão agora nos -0,624%, perto de mínimos de março.

Negociação na Euronext está suspensa devido a problemas técnicos

A transação de títulos na Euronext ficou suspensa cerca de uma hora depois da abertura da sessão, com a empresa que gere a bolsa portuguesa a justificar a anomalia com problemas técnicos, avança a Bloomberg.

O problema atinge todos os títulos transacionados nas bolsas Euronext, pelo que a transação de ações na praça portuguesa está suspensa.

 

Bolsa portuguesa volta a negociar após maior interrupção em dois anos

A transação de títulos na Euronext ficou suspensa durante cerca de três horas, com a empresa que gere a bolsa portuguesa a justificar a anomalia com problemas técnicos.

"O problema foi identificado e resolvido. Tratou-se de uma questão técnica que teve impacto no 'middleware system'", refere uma nota da Euronext.

As transações foram suspensas pouco antes das 9h00 (hora de Lisboa) e a negociação retomou pelas 11h45. O problema afetou todos os títulos (desde ações a derivados) que são negociados nas bolsas de Lisboa, Paris, Amesterdão, Dublin e Bruxelas. A negociação decorre agora com normalidade aparente.
 

O PSI-20 ganhava 0,53% antes da paragem na negociação, sendo que outros índices europeus afetados, como CAC e o AEX subiam mais de 0,5%. Depois do regresso à negociação o PSI-20 soma 0,24%.

 

Ganhos instalam-se em Wall Street  com estímulos "à porta"

A bolsa nova-iorquina abriu em alta, com os investidores a mostrarem-se animados perante a perspetiva de que sejam lançados novos estímulos financeiros já esta terça-feira.  

 

A líder dos Democratas, Nancy Pelosi, permitiu renovado entusiasmo quanto ao pacote de estímulos que se encontra embargado há semanas, depois de ter avançado como prazo para acordo esta terça-feira, no seguimento de um fim-de-semana intenso de negociações com o opositor e secretário do Tesouro, Steven Mnuchin. Pelosi afirmou que ainda era possível um acordo, e Trump reiterou a possibilidade de conceder uma quantia maior do que aquela que os republicanos estavam inicialmente disponíveis para incluir neste pacote. 

 

O S&P500, que há três semanas que se fortalece, soma esta segunda-feira 0,47% para os 3.500,29 pontos. O tecnológico Nasdaq não foge à regra, ao subir 0,72% para os 11.755,61  pontos e o industrial Dow Jones avança 0,32% para os 28.698,36 pontos.

 

No mundo das empresas, a AMC Entertainment Holdings dispara 11,35% para os 3,38 dólares, depois de ter anunciado que vai reabrir cinemas em Nova Iorque e Long Island.

Ouro sobe acima dos 1.900 dólares por onça
O metal precioso está a valorizar 0,47% para os 1.908,21 dólares por onça no fecho desta segunda-feira, com os analistas esperançosos num novo pacote de estímulos nos Estados Unidos.

As negociações entre Democratas e Republicanos continuam, mas o seu desfecho continua indefinido. Ainda assim, os investidores aproveitam para investir no metal precioso.

De acordo com os analistas do Barclays, o ouro poderá encabeçar uma forte correção até aos 1.850 dólares por onça no próximo ano, prevendo que caia abaixo da barreira dos 1.400 dólares até 2024.
Juros das dívidas sobem com pandemia a preocupar
O agravamento da situação pandémica na Europa e a onda de medidas restritivas adotadas por vários países do velho continente está a adensar a apreensão dos investidores quanto ao impacto da crise sanitária e uma eventual deterioração das perspetivas económicas.

Assim, a taxa de juro correspondente aos títulos soberanos de Portugal com prazo a 10 anos avança 2,5 pontos base para 0,134%. Já a "yield" espanhola a 10 anos sobe 3,9 pontos base para 0,160%, pelo que o custo exigido pelos investidores para compararem dívida espanhol no mercado secundário está a distanciar-se da "yield" portuguesa. A situação mais grave da pandemia na Espanha, assim como maior instabilidade política do país, serão fatores que ajudam a perceber esta evolução. 

Nota ainda para a dívida italiana a 10 anos, com a taxa de juro a agravar-se 6,2 pontos base para 0,711%. 

Por fim e em contraciclo segue a "yield" associada às obrigações soberanas da Alemanha que, no prazo a 10 anos, recua 0,2 pontos base para -0,625%, a oitava queda consecutiva. 
Europa apaga ganhos com apoios dos EUA a tardar
As ações europeias terminaram o dia em queda, apagando os ganhos que duraram durante quase toda a sessão, com os investidores a concentrarem-se no início da temporada de resultados referentes ao terceiro trimestre. 

Assim, o Stoxx 600 caiu 0,3% com 13 setores em queda, devido, também, a uma visão menos otimista com os novos estímulos orçamentais nos Estados Unidos ainda por definir.

Os setores ligados à saúde foram os mais penalizados, numa altura em que a pandemia se volta a sentir com força nos países do "velho continente". 

Por outro lado, o setor da banca conseguiu valorizar 1%. Para além dos bancos, outros seis setores valorizaram, com o automóvel a ser o que registou maior volume negocial (+142% face à média dos últimos 30 dias).
Euro avança pelo segundo dia
A moeda única europeia está a apreciar 0,51% para 1,1778 dólares na segunda sessão consecutiva a ganhar valor contra a divisa norte-americana.

Esta subida do euro acontece numa altura em que o dólar está a ser penalizado pela ausência de perspetivas concretas quanto a um acordo bipartidário, nos Estados Unidos, sobre um pacote adicional de medidas de estímulo à economia.  
Petróleo em leve alta em dia de encontro do comité da OPEP+
Os preços do petróleo seguem em leve alta, num dia em que a OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) se reúne para avaliar o estado atual do mercado petrolífero, em estado de alerta perante o constante avanço da propagação do coronavírus.

Por esta altura, o internacional Brent ganha 0,07% para os 42,96 dólares por barril e o norte-americano WTI ganha 0,41% para os 41,06 dólares.

O comité técnico da OPEP+, que analisa a necessidade dos tamanhos de cortes de produção do grupo, estará hoje reunido, apesar de nenhuma decisão oficial seja esperada. 

O cartel reúne-se no próximo dia 1 de dezembro, durante dois dias, e aí poderão surgir novidades, de acordo com os analistas.
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