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Tecnológicas sobrepõem-se a tarifas e crise em França e levam Europa a ganhos

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta sexta-feira.

Sérgio Lemos
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29.11.2024

Tecnológicas sobrepõem-se a tarifas e crise em França e levam Europa a ganhos

Os principais índices europeus terminaram a derradeira sessão da semana em alta, com os ganhos do setor tecnológico e mineiro a sobreporem-se aos receios em torno das tarifas que o recém-eleito presidente dos Estados Unidos quer impor e da situação política em França.

O índice de referência europeu, o Stoxx 600, somou 0,58% para 510,25 pontos base, com o setor da tecnologia a dar o maior impulso, ao valorizar mais de 1,5%. Outro dos setores com maior peso, como o mineiro, somou 1,6%, enquanto o de petróleo e gás avançou 0,4%.

Entre os principais movimentos de mercado, a mineira Anglo American valorizou 5,42%, depois de a Jefferies ter revisto em alta a recomendação para as ações da empresa de "manter" para "comprar", citando potencial em torno de operações de fusões e aquisições.

As ações da Direct Line - que ontem dispararam mais de 41% depois de a seguradora ter rejeitado uma oferta de aquisição de 3,28 mil milhões de libras da rival Aviva - continuaram a valorizar mais de 3%, depois de o Financial Times ter noticiado que a Aviva abordou acionistas da seguradora britânica.

Também os títulos da Delivery Hero subiram quase 2%, depois de a companhia ter definido o preço para a sua entrada em bolsa no Médio Oriente no valor mais elevado do intervalo esperado.

Os investidores avaliaram ainda os números da inflação na Zona Euro que acelerou para 2,3% em novembro, um aumento de três décimas, explicado sobretudo pelos preços dos serviços, como alojamento e restauração. No entanto, com base em declarações recentes de responsáveis do Banco Central Europeu uma descida de juros em dezembro parece ser já quase certa, com um cenário de um corte de 50 pontos base ainda em cima da mesa.

O mercado acionista europeu, em particular o Stoxx 600, valorizou cerca de 1% em novembro, num mês marcado por preocupações relativamente ao impacto das tarifas de Trump e a crise política em França. A diferença entre o desempenho das cotadas norte-americanas e europeias tem sido significativa. O S&P 500 valoriza 26% desde o início do ano até agora, enquanto o índice que reúne as 600 maiores cotadas da Europa ganha 6,5%.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 1,03%, o francês CAC-40 valorizou 0,78%, o italiano FTSEMIB ganhou 0,46%, o britânico FTSE 100 subiu 0,07% e o espanhol IBEX 35 avançou 0,26%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,59%.

29.11.2024

Juros aliviam na Zona Euro. "Yield" da dívida francesa a dez anos corrige aumento do "spread"

Os juros das dívidas soberanas europeias aliviaram esta sexta-feira, com o "spread" entre os juros da dívida francesa e alemã, de referência para a Europa, a regressarem aos valores registados no início da semana, depois de este prémio de risco ter chegado aos 90 pontos base, o valor mais elevado desde 2012.

Marine Le Pen, do partido União Nacional, afirmou hoje que segunda-feira é o prazo limite para que o primeiro-ministro, Michel Barnier, aceite as exigências do partido de extrema-direita na proposta de Orçamento do Estado para 2025.

Ainda a influenciar o caminho dos juros da dívida pelos países europeus esteve uma nota do JPMorgan em que os economistas do banco de investimento norte-americano anteciparam a expectativa de um corte de 50 pontos base pelo Banco Central Europeu de janeiro para dezembro.


Os juros das obrigações soberanas francesas a dez anos, maturidade de referência, recuaram 5,2 pontos base para 2,892%, enquanto as "yields" gregas com a mesma maturidade recuaram 6,7 pontos para 2,898%.

As "yields" das "Bunds" alemãs aliviaram 3,9 pontos base para 2,085%, enquanto os juros da dívida italiana cederam 7,1 pontos base para 3,274%.

Na Península Ibérica, as "yields" da dívida portuguesa a dez anos chegaram a atingir mínimos de dezembro de 2023 ao aliviarem 6,7 pontos base para 2,523%. Os juros a cinco e a dois anos tocaram mínimos de 2022. Já os juros da dívida espanhola recuaram 5,1 pontos para 2,787%.

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas a dez anos cederam 3,4 pontos base para 4,240%.

29.11.2024

Crude desce com atenções no cessar-fogo no Médio Oriente e reunião da OPEP+

O petróleo está a desvalorizar moderadamente esta sexta-feira, a caminho de uma queda semanal, numa sessão que está a ser marcada por dúvidas sobre a durabilidade do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah e especulação em torno dos planos de produção da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados.

O West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, recua 0,23% para 68,56 dólares, enquanto o Brent, o "benchmark" para o continente europeu, perde 0,69% para 72,28 dólares.

A reunião do grupo de produtores está agora agendada para 5 de dezembro, mas apesar do adiamento ter levado a um primeiro entendimento de que existiria desacordo entre os membros do cartel, os delegados têm vindo a público referir que em cima da mesa estará um novo adiamento de um aumento da produção.

A negociação do crude tem sido mais contida desde meados de outubro, com os investidores a navegarem as tensões geopolíticas no Médio Oriente e na Europa, perspetivas de consumo pelo maior importador mundial de petróleo, a China, e preocupações de que as tarifas desejadas pelo presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump possa afetar o fornecimento por parte da Rússia e Irão, dois grandes produtores de petróleo.

Esta sexta-feira o volume de negociação está a ser mais reduzido, devido ao feriado do Dia de Ação de Graças nos EUA ontem e hoje a Black Friday, em que Wall Street apenas negoceia durante meia sessão. Apenas 2,55 milhões de contratos do WTI trocaram de mãos nos Estados Unidos, cerca de metade do volume de negociação registado na mesma altura do ano passado.

29.11.2024

Ouro valoriza mas deverá registar o pior mês em mais de um ano

O ouro foi das poucas matérias-primas que fecharam o ano de 2023 com saldo positivo.

O ouro segue a valorizar esta sexta-feira, sustentado por uma leve descida do dólar e persistentes tensões geopolíticas. No entanto, o metal caminha para a maior queda mensal desde setembro do ano passado, numa altura em que tem sido pressionado por um forte "sell-off" derivado da vitória de Donald Trump nas eleições.

O ouro avança 0,79% para 2.657,70 dólares por onça.

O metal amarelo que tem sido sustentado por tensões geopolíticas e perspetivas de cortes de juros pela Reserva Federal, arrisca agora que as políticas protecionistas de Trump possam dar um novo impulso à inflação e levar a Fed a ser mais lenta a descer as taxas diretoras. O ouro, que não rende juros, tende a ser penalizado num ambiente de taxas mais elevadas.

No entanto, no curto prazo, explica à Reuters Jim Wyckoff, analista da Kitco Metals, "a incerteza sobre se as tarifas podem levar a uma desaceleração económica podem ser benéficas para o ouro como ativo-refúgio".

29.11.2024

Euro recupera ligeiramente mas caminha para pior mês desde maio de 2023 face ao dólar

Para os analistas “é uma questão de tempo” até que o euro fique em paridade com a nota verde, havendo mesmo quem defenda uma queda abaixo deste nível já esta semana.

O euro está a recuperar das mais recentes quedas face ao dólar esta sexta-feira, mas segue, ainda assim, a caminho do pior mês em mais de um ano, desde maio de 2023, pressionado por perspetivas de que as tarifas comerciais dos Estados Unidos possam impactar uma economia europeia já em dificuldades.

A moeda única europeia soma 0,06% para 1,0547 dólares, depois de ter tocado em mínimos de mais de dois anos ainda este mês.

A somar-se aos possíveis impactos das tarifas na Europa, que levam os investidores a perspetivar descidas das taxas de juro mais rápidas pelo Banco Central Europeu para animar a economia - quase o dobro do esperado pela Reserva Federal -, os sinais de estagnação política e económica de duas das principais economias do bloco, a Alemanha e França, também têm pressionado a moeda.

"O consenso para a Europa é de 'shortar'", afirmou à Bloomberg Luca Paolini, estratega-chefe da Pictet Asset Management. "Há fragmentação política, crescimento económico muito baixo e todo o risco envolvido com a Rússia e a Ucrânia", justificou.

No entanto, o potencial de baixa reduziu-se após comentários mais "hawkish" de membros do BCE que reduziram as expectativas de um corte de juros de 50 pontos base na reunião de dezembro, como estava a ser perspetivado pelo mercado. "O mercado já tem uma opinião negativa sobre a economia da Zona Euro, por isso é difícil ver mais potencial de baixa para o euro agora", acrescentou, também à Bloomberg, Michael Pfister, estratega cambial do Commerzbank.

29.11.2024

Black Friday começa em alta em Wall Street de olhos postos nas retalhistas

Os pequenos acionistas apelam a mudanças fiscais que podem mesmo tornar a bolsa nacional mais atrativa.

Os principais índices em Wall Street abriram a sessão encurtada devido à Black Friday desta sexta-feira em alta, depois de ontem terem estado encerrados devido ao Dia de Ação de Graças. O início da época de compras mais preenchida do ano está a virar atenções para as retalhistas.

A Federação Nacional de Retalho, um grupo comercial nos Estados Unidos, espera quase 85,6 milhões de pessoas a visitarem lojas, uma subida face aos 76 milhões registados no ano passado.

O S&P 500 soma 0,26% para 6.014,34 pontos, enquanto o industrial Dow Jones avança 0,36% para 44.882,9 pontos. Já o Nasdaq ganha 0,27% para 19.112,03 pontos.

Estes três índices caminham para uma valorização semanal, com o "benchmark" mundial S&P 500 a apontar para o melhor mês desde fevereiro. Em novembro os investidores colocaram 141 mil milhões de dólares em ações norte-americanas, a maior entrada de capital de sempre num período de quatro meses, de acordo com dados da EDPFR, citados pela Bloomberg.

Entre as cotadas do setor do retalho, a Target avança 1,4%, a TJX cede 0,11%, a Walmart soma 0,39% e a Nike ganha 0,68%.

Na sessão de quarta-feira os principais índices norte-americanos encerraram em queda, pressionados por dados da inflação mais elevados do que o esperado, aumentando expectativas de que a Reserva Federal possa permanecer mais cautelosa no que toca a cortes das taxas de juro em 2025.

29.11.2024

Euribor cai a três, seis e 12 meses e fecha novembro com média mensal mais baixa

A Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses face a quinta-feira e termina novembro com uma média mensal mais baixa nos três prazos.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que recuou para 2,934%, continuou acima da taxa a seis meses (2,695%) e da taxa a 12 meses (2,461%).

A média da Euribor em novembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em outubro e com mais intensidade no prazo intermédio.

A média da Euribor em novembro desceu 0,160 pontos para 3,007% a três meses (contra 3,167% em outubro), 0,214 pontos para 2,788% a seis meses (contra 3,002%) e 0,185 pontos para 2,506% a 12 meses (contra 2,691%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, desceu hoje para 2,695%, menos 0,013 pontos e contra um novo mínimo desde 21 de dezembro de 2022, de 2,676%, verificado na terça-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a setembro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,26% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representavam 33,37% e 25,46%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também caiu hoje, para 2,461%, menos 0,002 pontos, depois de ter descido na terça-feira para 2,393%, um novo mínimo desde 05 de outubro de 2022.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses baixou hoje, ao ser fixada em 2,934%, menos 0,005 pontos do que na sessão anterior e contra um novo mínimo desde 20 de março de 2023, de 2,892% registado também na terça-feira.

Em 17 de outubro, o Banco Central Europeu (BCE) cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar "no bom caminho" e a uma atividade económica pior do que o previsto.

Depois do encontro de 17 de outubro na Eslovénia, o BCE tem marcada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

29.11.2024

Europa no vermelho à espera de nova leitura da inflação

As bolsas europeias arrancaram a última sessão de novembro em baixa, com os investidores à espera dos mais recentes dados da inflação na Zona Euro. Apesar das perdas registadas esta sexta-feira, o Stoxx 600 encaminha-se para fechar novembro com ganhos modestos, apesar de, nas últimas seis semanas, ter registado cinco em território negativo.

O "benchmark" da negociação europeia recua, assim, 0,15% para 506,53 pontos, com a incerteza política na França e os receios de uma guerra comercial com os EUA a continuarem a centrar atenções. O principal índice francês, CAC-40, cede 0,10% e prepara-se para encerrar a semana com um saldo negativo de 1%. As perdas estão a ser amparadas pelas cedências que o primeiro-ministro do país, Michel Barnier, está a fazer ao partido Reagrupamento Nacional.

Os bancos franceses continuam a pesar sobre o principal índice europeu, numa altura em que os juros da dívida gaulesa são já superiores aos da grega. Já o setor mineiro dá o maior ímpeto às bolsas da região, à boleia do crescimento de cerca de 3% da britânica Anglo American, alvo de uma subida de recomendação da Jefferies.

Os investidores estão a aguardar com expectativa os dados da inflação na Zona Euro referentes a novembro. Os analistas esperam que os preços aceleram para 2,2%, depois de se terem cifrado nos 2% no mês anterior, mas qualquer leitura abaixo desta marca pode animar os mercados e aumentar as probabilidades do Banco Central Europeu proceder com um corte "jumbo" de 50 pontos base em dezembro.

Entre as restantes principais praças europeias, Madrid cede 0,50%, Frankfurt cai 0,21%, ao mesmo tempo que Amesterdão perde 0,15%, Milão desvaloriza 0,43% e, por fim, Londres recua 0,16%. 

29.11.2024

Juros da dívida francesa ultrapassam os da Grécia. "Yields" portuguesas em mínimos de 2023

Os juros das dívidas soberanas europeias encontram-se divididos entre ganhos e perdas esta manhã, com as "yields" das obrigações francesas a superaram as gregas, depois de na quinta-feira até terem caído mais de 7 pontos base com a concessão do primeiro-ministro gaulês ao partido Reagrupamento Nacional. 

A esta hora, os juros franceses a dez anos, maturidade de referência, aceleram 1,6 pontos base para 2,959%, enquanto as "yields" gregas com a mesma maturidade recuam 1 ponto para 2,954%. 

As "Bunds" alemãs recuam 0,6 pontos base para 2,118%, enquanto os juros da dívida italiana cedem 1 ponto base para 3,325%.

Na Península Ibérica, as "yields" portuguesas a dez anos chegaram a atingir mínimos de dezembro de 2023 em 2,589%. Os juros a cinco e a dois anos tocaram mínimos de 2022. A esta hora, a rendibilidade da dívida portuguesa a dez anos encontra-se inalterados nos 2,590%, enquanto os juros espanhóis sobem 0,2 pontos para 2,841%. 

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas a dez anos cedem 2,3 pontos base para 4,251%.

29.11.2024

Ouro segue em alta com dólar a perder terreno

Tal como as ações, as obrigações e o dólar, também o ouro será condicionado pelo discurso de Jerome Powell em Jackson Hole.

O ouro encontra-se a negociar em alta, à boleia de um dólar a perder terreno em relação às suas principais concorrentes e do aumento das tensões geopolíticas no Médio Oriente. Apesar do crescimento esta manhã, o metal precioso encaminha-se mesmo para fechar novembro com um saldo negativo – a maior queda mensal em mais de um ano.

O metal amarelo avança 0,81% para 2.659,28 dólares por onça, numa altura em que Israel e o Hezbollah trocam acusações de violação do acordo de cessar-fogo de 60 dias, que alcançaram esta semana. Já na frente ucraniana, a Rússia atacou a infraestrutura energética do país esta quinta-feira – o segundo maior ataque de novembro -, aumentando as tensões geopolíticas na Europa.

O ouro está ainda a beneficiar de um dólar em movimento descendente. O índice que mede a força da divisa norte-americana face às suas principais concorrentes recua, a esta hora, 0,17%, mas chegou a cair cerca de 0,4% esta madrugada.

O índice está a ser particularmente pressionado face à divisa nipónica, com o dólar a recuar 0,97% para mínimos de seis semanas em 150,08 ienes, depois da inflação na capital japonesa ter acelerado para 2,6% em novembro, quando no mês anterior se tinha fixado em 1,8%. Os investidores estão cada vez mais convencidos que o Banco do Japão vai voltar a aumentar as taxas de juro no próximo mês.

Já o euro encontra-se a avançar 0,21% para 1,0574 dólares, com os investidores a aguardarem com expectativa os dados da inflação referentes a novembro. Os analistas estimam que os preços tenham acelerado 2,2% no mês atual, acima dos 2% registados em outubro.

29.11.2024

Petróleo em baixa com investidores à espera da OPEP

Em Vaca Muerta extrai-se crude não convencional: o “shale oil”.

Os preços do petróleo estão a negociar em terreno negativo esta manhã, depois de até terem arrancado o dia no verde, à boleia das acusações mútuas entre Israel e o Hezbollah de violação do acordo de cessar-fogo. Os investidores encontram-se, agora, à procura de pistas sobre o que poderá ser decidido na reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), adiada para a próxima semana.

A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, perde 0,22% para 68,57 dólares, enquanto o Brent, o "benchmark" para o continente europeu, cede 0,71% para 72,76 dólares.

Os dois índices preparam-se para encerrar a semana com um saldo negativo. Desde segunda-feira, os futuros do Brent já caíram 2,4%, enquanto o WTI encaminha-se para perdas na ordem dos 3%. A negociação, principalmente do índice de referência norte-americano, não regista grandes volumes, devido ao dia de Ações de Graças que encerrou os mercados financeiros na quinta-feira.

Mesmo com os investidores à espera que a OPEP continue a adiar a retoma de produção de crude até, pelo menos, ao início do próximo ano, os analistas da BMI acreditam "que isto não vai ser suficiente para eliminar o excesso de petróleo no mercado que prevemos para 2025", explicam numa nota citada pela Reuters.

Também a guerra comercial entre os EUA e o Irão pode vir a ter repercussões no mercado petrolífero. O Goldman Sachs prevê que, caso a administração Trump e os seus aliados decidam apertar as sanções ao crude iraniano, a produção desta matéria-prima no país poderá cair quase mil milhões de barris por dia, na primeira metade de 2025.

29.11.2024

Dados económicos deixam Ásia sem rumo. Europa inalterada

As bolsas asiáticas continuam à procura de direção, numa sessão marcada pelas perdas da praça sul-coreana. Pela Europa, a negociação de futuros do Euro Stoxx 50 aponta para uma abertura praticamente inalterada.

Pelo segundo mês consecutivo, a produção industrial na Coreia do Sul voltou a cair em outubro, ao registar um decréscimo de 0,3% em cadeia. Já em termos homólogos, a produção industrial no país conseguiu reverter a tendência do mês anterior, ao aumentar 2,3% em outubro.

No entanto, o crescimento homólogo não foi suficiente para animar as bolsas sul-coreanas e o principal índice do país, o Kospi, caiu 1,95% - a maior queda entre as principias praças asiáticas.

Já no Japão, a inflação em Tóquio – vista como um sinal indicativo de como a nacional se poderá comportar – voltou a acelerar para 2,6% em novembro, quando no mês anterior se tinha fixado em 1,8%. A inflação subjacente, que excluí produtos com a maior volatilidade de preços, cresceu 2,2% em termos homólogos – acima das expectativas dos analistas abordados pela Reuters.

No rescaldo destes dados, o Nikkei 225 encerrou a sessão desta sexta-feira a cair 0,37%, enquanto o Topix cedeu 0,24%. As bolsas japonesas estiveram ainda a ser pressionadas por um iene em máximos de cinco semanas face ao dólar.

Já na China, a tendência foi contrária com os investidores otimistas que Pequim pode lançar novas medidas de estímulo à economia. Uma sondagem da Reuters mostrou que os preços das casas no país devem continuar a cair, mas a uma menor velocidade este ano e no próximo – um sinal que as medidas de apoio ao setor estão a surtir efeito. Em reação, o Hang Seng terminou à tona, ao crescer cerca de 0,2%, enquanto o Shanghai Composite acelerou 1,1%.

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