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Europa pinta-se de verde, mas com ganhos ligeiros
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
Europa pinta-se de verde, mas com ganhos ligeiros
As principais praças europeias terminaram o dia a negociar em terreno positivo, com os investidores a avaliarem os resultados das cotadas, bem como as perspetivas para 2023. A influenciar a negociação está também o aproximar das reuniões de política monetária por parte da Reserva Federal norte-americana e do Banco Central Europeu, que se realizam na próxima quarta e quinta-feira, respetivamente.
As praças europeias seguem assim a caminho do melhor janeiro desde 2015.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, avançou 0,26% para 455,17 pontos, com os setores do imobiliário, automóvel e petróleo e gás a registarem as maiores subidas.
Entre os principais movimentos de mercado, os títulos da destilaria francesa Remy Cointreau, autora do licor com o mesmo nome, caíram 3,72%, depois de as vendas terem recuado 6% no terceiro trimestre. Por sua vez, a Hennes & Mauritz (H&M) registou uma queda de 4,12% depois de ter apresentado fracos resultados, devido à saída da Rússia o ano passado, aos custos relacionados com o plano de reestruturação e aumento dos preços.
Já a empresa de aço sueca SSAB subiu 10,1%, depois de ter anunciado planos para o pagamento de um dividendo superior ao esperado e para o programa de recompra de ações, que compensaram as contas do quarto trimestre abaixo do esperado.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,22%, o francês CAC-40 valorizou 0,02%, o italiano FTSEMIB ganhou 0,83%, o britânico FTSE 100 subiu 0,05% e o espanhol IBEX 35 pulou 0,27%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,46%.
Juros da Zona Euro agravam-se em dia de ganhos no mercado acionista
Os juros continuaram a agravar-se na Zona Euro, num dia em que os investidores mostraram mais apetite por ativos de risco, como as ações.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – subiu 3,2 pontos base para 2,235%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos crescram 6,2 pontos base para 4,082%.
Na Península Ibérica, os juros das obrigações espanholas a dez anos somaram 4,9 pontos base para 3,219%, enquanto a "yield" da dívida nacional com a mesma maturidade avançou 3,8 pontos base para 3,123%.
Dólar mais forte, subida dos juros e apetite pelo risco travam ouro
O metal amarelo está a negociar em ligeira baixa, pressionado pela valorização do dólar, pela subida dos juros das obrigações nos EUA e pelo apetite dos investidores por ativos de maior risco, como as ações.
O ouro a pronto (spot) cede 0,28% para 1.923,55 dólares por onça no mercado londrino de metais (LME).
Já no mercado nova-iorquino (Comex) os futuros do ouro seguem inalterados face à véspera, nos 1.930,20 dólares por onça.
A robustez do dólar continua a pressionar o ouro – que é denominado na nota verde, pelo que, quando o dólar valoriza, fica menos atrativo como investimento alternativo para quem negoceia com outras moedas.
A pesar no metal amarelo está também a "yield" da dívida norte-americana a 10 anos, que está em alta, aumentando o custo de oportunidade de deter ouro sem remuneração de juros.
Os dados robustos do crescimento da economia norte-americana, divulgados ontem, são vistos como um motivo para a Reserva Federal manter os juros diretores elevados durante mais tempo, o que pode levar a uma maior procura pelo ouro como ativo refúgio, mas a prudência antes da reunião da Fed na próxima semana está a travar qualquer ímpeto no ouro.
Dólar avança já com Fed no horizonte
O dólar está a valorizar, embora não de forma muito expressiva, perante a maioria das principais divisas. A exceção é o iene, que ganha terreno face aos pares depois de os dados da inflação, a mais elevada em 41 anos, reforçarem a convicção de que o Banco do Japão terá de endurecer a sua política monetária.
O euro cede 0,35% em relação à moeda norte-americana, trocando-se por 1,0854 dólares. A moeda única europeia cai 0,61% perante o par nipónico, cotando nos 140,96 ienes, e desliza 0,03% face à divisa britânica, para as 0,8775 libras.
Petróleo sobe com crescimento nos EUA a animar
Os preços do "ouro negro" seguem em alta, pela segunda sessão consecutiva, ainda a serem impulsionados pelos pelos bons dados do PIB do quarto trimestre nos Estados Unidos – cujo crescimento foi superior ao esperado – e também pelas robustas margens na refinação de destilados.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, avança 0,91% para 81,75 dólares por barril.
Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 0,93% para 88,28 dólares.
Também pela expectativa de que a China reforce a sua posição de maior importador mundial de petróleo, à medida que reabre a sua economia, está a ajudar ao movimento positivo.
O crude segue, assim, a caminho da sua terceira semana consecutiva de ganhos.
Wall Street no verde após ser divulgado indicador favorito da Fed para a inflação
Wall Street abriu no verde, numa altura em que, por um lado continua a "earnings season" nos EUA e, por outro, os investidores digerem o mais recente indicador sobre a inflação, conhecido entre economistas ecomo o "favorito" da Reserva Federal norte-americana (Fed) neste segmento.
O industrial Dow Jones sobe 0,21% para 33.991,20 pontos, enquanto o S&P 500 negoceia na linha d’ água (0,01%) nos 4.059,6 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite avança ligeiramente (0,06%) para 11.518,48 pontos.
O "core" do índice de preços de despesas relacionadas com consumo pessoal – que exclui alimentos e energia – subiu 4,4% em dezembro em termos homólogos, segundo os dados do Departamento Comércio. Sem excluir estas duas categorias, o índice cresceu 5%.
Por sua vez, a despesa com consumo de bens pessoais caiu 0,3% em dezembro enquanto a despesa com serviços estagnou pela primeira vez, algo que não era visto desde janeiro do ano passado.
Taxas Euribor sobem em todos os prazos e a de seis meses renova máximo
As taxas Euribor subiram hoje nos prazos de três, seis e 12 meses, com a de seis meses a renovar máximo de 14 anos.
A taxa Euribor a seis meses, que é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, renovou hoje o máximo de 14 anos ao subir 0,020 pontos para 2,942%, contra 2,922% na quinta-feira.
No passado dia 25 de janeiro, a Euribor a seis meses tinha registado um máximo quando se fixou nos 2,928%.
A média da Euribor a seis meses subiu de 2,321% em novembro para 2,560% em dezembro.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
No prazo de 12 meses, a Euribor inverteu a tendência da véspera e subiu 0,004 pontos para 3,356%, contra 3,352% na sessão anterior.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,828% em novembro para 3,018% em dezembro.
Também a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu 0,024 pontos para 2,492%, depois de na quinta-feira se ter fixado nos 2,468%.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 1,825% em novembro para 2,063% em dezembro.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
Na última reunião de política monetária, em 15 de dezembro, o BCE aumentou em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, desacelerando assim o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa no verde à exceção de Lisboa. H&M afunda 8% após maus resultados
A Europa arrancou a sessão em terreno positivo, numa altura em que os investidores acompanham os resultados das empresas, de forma a compreenderem o impacto do contexto macroeconómico nas contas das cotadas.
O mercado está ainda a refletir sobre o futuro das políticas monetárias restritivas dos bancos centrais, dias antes da reunião do Banco Central Europeu na próxima semana.
O Stoxx 600 – o índice de referência que reúne as 600 maiores empresas do bloco – soma 0,10% para 454,45 pontos. Entre os 20 setores que compõe o índice, imobiliário e energia comandam os ganhos, enquanto retalho e tecnologia estão em queda.
Nas principais praças europeias, Madrid avança ligeiramente (0,07%), Frankfurt cresce 0,11% e Paris negoceia na linha d'água (0,03%). Londres avança 0,09%, Amesterdão acumula 0,31% e Milão sobe 0,18%. Já Lisboa contraria a tendência e perde 0,27%.
Entre as ações que estão a centrar a atenção dos investidores, os títulos da destilaria francesa Remy Cointreau, autora do licor com o mesmo nome, caem 3,04%, depois de as vendas terem recuado 6% no terceiro trimestre. Por sua vez, a LVMH avança 0,41% apesar dos resultados apontarem para um crescimento mais lento das vendas no quarto trimestre.
Por fim, a H&M regista uma queda de 8,62% depois de apresentar fracos resultados, devido à sua saída da Rússia o ano passado, aos custos relacionados com o plano de reestruturação da empresa e aumento dos preços das peças de roupa.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros agravam-se na Zona Euro, num dia em que o mercado acionista está em alta.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – agrava 4,9 pontos base para 2,251%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos crescem 6,8 pontos base para 4,088%.
Na Península Ibérica, os juros das obrigações espanholas a dez anos somam 5,8 pontos base para 3,229%.
Já a "yield" da dívida nacional com a mesma maturidade agrava 5,2 pontos base para 3,137%.
Ouro cai antes em dia de dados económicos nos EUA. Dólar avança face ao euro
O ouro segue a desvalorizar, horas antes de ser divulgado um importante indicador sobre a inflação nos EUA, o qual pode fornecer sinais sobre o ritmo que pautará a condução da política monetária restritiva da Reserva Federal norte-americana (Fed).
O metal amarelo cai 0,25% para 1.924,42 dólares por onça. Prata, platina e paládio seguem esta tendência negativa. Por sua vez, o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – avança ligeiramente (0,05%) para 101,88 pontos.
Esta sexta-feira é divulgado o índice de despesas do consumidor norte-americano de dezembro – um indicador importante para entender a evolução da inflação – e apontado pelos especialistas como o indicador preferido da Fed para a definição da sua política monetária. A Bloomberg Economics espera que o índice tenha subido ligeiramente no último mês de 2022.
A política restritiva da Fed favorece o dólar, o que acaba por pressionar as matérias-primas denominadas na nota verde, como é o caso do ouro, já que torna o investimento mais oneroso para quem negoceia com outras moedas.
Ainda no mercado cambial, o euro desliza 0,14% para 1,0877 dólares.
China dá força ao petróleo. Gás prestes a registar pior semana desde dezembro
O petróleo valoriza tanto em Nova Iorque como em Londres, à medida que o otimismo sobre a reabertura da economia chinesa ofusca a preocupação em torno do abrandamento económico.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque - soma 0,41% para 81,34 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte - referência para as importações europeias – valoriza 0,41% para 87,83 dólares por barril.
O grupo Trafigura – especializado em "commodities" – defende, citado pela Bloomberg, que daqui para a frente pode haver "muitos benefícios para o petróleo", à medida que a política "covid zero" da China vai sendo desmantelada, voltando a impulsionar o consumo do país.
No mercado do gás, a matéria-prima negociada em Amesterdão (TTF) cai pelo quinto dia, numa altura em que terminam as obras de reparação ao Freeport LNG no Texas, uma importante infraestrutura de gás que registou uma explosão no verão do ano passado, mas que já está reparado e com luz verde para arrancar com algumas operações no final do primeiro trimestre.
O gás que serve de referência ao mercado europeu está a cair cerca de 3% para 53,2 euros por megawatt-hora, estando prestes a registar uma perda semanal de cerca de 20% como não era visto desde dezembro.
Europa aponta para verde. Ásia fecha em terreno positivo
O avanço das ações tecnológicas em Wall Street e as perspetivas em torno da economia chinesa impulsionaram a sessão asiática, a qual terminou o dia em terreno positivo, e está também a influenciar a negociação de futuros na Europa, que deve assim começar a sessão no verde.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,2%.
Na Ásia, pelo Japão, o Topix valorizou 0,2% e o Nikkei avançou ligeiramente (0,07%). Já na Coreia do Sul, o Kospi ganhou 0,6%. Na China, o tecnológico Hang Seng cresceu 0,3%. Xangai permanece fechada devido às comemorações do Ano Novo chinês.
Destaque ainda para a Índia, onde o índice Nifty 50 chegou a cair mais de 1%, pressionado pelas cotadas do grupo Adani que chegaram a registar quedas de até 20%.
O "sell-off" das ações das empresas do homem mais rico da Ásia deve-se a um relatório da agência de "research" Hindenburg, a qual anunciou esta semana que estava a apostar na queda das ações das companhias de Gautam Adani, acusando o grupo de manipulação de mercado e de fraude contabilística.