Notícia
Tecnológicas penalizam bolsas europeias. Petróleo dispara e juros continuam a subir
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Stoxx 600 cai para valores de 20 de julho
As bolsas europeias encerraram em baixa, com os riscos da subida da inflação e das perturbações nas cadeias de fornecimento a ameaçarem o panorama para as contas das empresas da região, o que pesou no sentimento dos investidores.
O índice de referência Stoxx 600 encerrou a ceder 0,41%, para 451,03 pontos, estando agora mais de 5% abaixo dos máximos históricos atingidos em agosto, negociando no mais baixo nível desde 20 de julho.
O setor tecnológico liderou as quedas, ao ceder 2,2%, numa altura em que os investidores têm fugido das cotadas com avaliações elevadas, receando que estejam sobrevalorizadas. A subida dos juros da dívida também pressiona as tecnológicas, cujos dividendos têm uma baixa rendibilidade face à aposta nas obrigações.
Também as cotadas do setor industrial recuaram, com uma descida agregada de 1,1%, devido aos receios em torno das perturbações nas cadeias de fornecimento e do aumento de preços das matérias-primas.
Em contrapartida, a energia somou 0,9%, liderando os ganhos setoriais desta segunda-feira na Europa. A contribuir estiveram os fortes ganhos do petróleo depois de a OPEP+ ter anunciado que mantinha o plano delineado em julho: o de aumentar a oferta em 400.000 barris por dia, todos os meses, até ao final do ano. Isto numa altura em que a procura está a superar grandemente a oferta.
Os recursos de base estiveram igualmente em alta (+0,4%), com o minério de ferro a valorizar na expectativa de uma retoma das operações nas siderurgias depois dos feriados desta semana na China.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cedeu 0,79%, o francês CAC-40 resvalou 0,61%, o italiano FTSEMIB recuou 0,60%, o britânico FTSE 100 perdeu 0,23% e o espanhol IBEX 35 deslizou 0,089%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 1,2%.
Juros continuam a subir no velho continente
Os juros da dívida estão a subir esta segunda-feira, numa semana em que os investidores vão ouvir com atenção os discursos de diversos membros do Banco Central Europeu (BCE).
Os juros das "bunds" alemãs a dez anos, a referência na Zona Euro, estão a subir 1,1 pontos base para -0,216%.
Quanto aos juros da dívida de Itália na mesma maturidade, a subida é mais acentuada, com a "yield" a agravar-se em 2,2 pontos base para 0,832%.
Na Península Ibérica, a tendência é a mesma. Os juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1,4 pontos base para 0,332% e em Espanha a "yield" com a mesma maturidade avança 1,5 pontos base para 0,436%.
Euro ganha terreno e libra avança pela terceira sessão
A moeda única europeia está a valorizar 0,32% face à nota verde, a avançar para 1,1623 dólares.
Já a libra esterlina, outra divisa de relevo no velho continente, está a valorizar 0,59% perante a moeda norte-americana, para 1,3626 dólares. A libra encaminha-se para a terceira sessão de ganhos.
Apesar de hoje o dólar estar mais débil, a sua robustez mantém-se. "O dólar americano mostrou alguma fraqueza no início desta segunda-feira, mas continua a negociar perto do nível mais alto deste ano, alcançado na semana passada", destaca Ricardo Evangelista, analista sénior e diretor executivo da ActivTrades Europe SA, na sua análise diária.
"As expectativas de que a Reserva Federal comece, em breve, a redução da compra de ativos impulsionou os ganhos do dólar na semana passada, a par da diminuição no apetite pelo risco, alavancada pelo receio dos investidores em torno da crise de Evergrande dado o potencial de se disseminar para outros mercados", sublinha.
"Assim, apesar da consolidação no final da semana passada, a perspetiva de curto prazo para a moeda americana permanece otimista", acrescenta Ricardo Evangelista.
Petróleo em máximos de 2014 nos EUA com status quo da OPEP
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) manteve o plano delineado em julho: o de aumentar a oferta em 400.000 barris por dia, todos os meses, até ao final do ano. Isto numa altura em que a procura está a superar grandemente a oferta.
Os preços do petróleo já estavam a subir com esta perspetiva e reforçaram o movimento altista quando se confirmou a decisão.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em novembro avança 3,02% para 78,16 dólares por barril, o valor mais alto desde finais de 2014. Ou seja, em quase sete anos.
Já o contrato de novembro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 3,18% para 81,80 dólares, em máximos de três anos.
Os ministros do cartel e seus aliados, onde se inclui a Rússia, decidiram então manter o plano delineado em julho de aumentar a oferta em 400.000 barris por dia, todos os meses, até ao final do ano. Isto numa altura em que a procura está a superar grandemente a oferta.
Ouro recupera e já negoceia acima dos 1.760 dólares
O metal precioso está a valorizar esta segunda-feira, pela terceira sessão consecutiva, avançando 0,36% em Londres para 1.767,31 dólares por onça.
A escalada do ouro está contudo a acalmar, depois de durante a manhã ter chegado a tocar em máximos de uma semana. Os receios ligados à inflação estão a amparar a subida do metal precioso, habitualmente mais procurado em tempos de incerteza.
Tecnológicas pressionam abertura de Wall Street após subida dos juros
Os índices de Wall Street abriram a sessão desta segunda-feira com o "pé esquerdo" com as empresas de tecnologia a serem pressionadas pela subida dos juros do Tesouro norte-americano, numa altura em que aquece a ideia de retirada de estímulos por parte do banco central (Fed).
Por esta altura, o Dow Jones ganha 0,10% para os 34.356,91 pontos, ao passo que o tecnológico Nasdaq Composite cai 0,87% para os 14.444,00 pontos e o S&P 500 desvaloriza 0,19% para os 4.348,19 pontos.
Os juros do Tesouro norte-americano subiram depois de os mais recentes dados do consumo terem mostrado uma aceleração na atividade industrial, alimentando a expectativa de que a Fed apresse a retirada de apoios.
Entre as empresas, um dos destaques vai para a fabricante de veículos elétricos Tesla, que viu o número de carros vendidos aumentar, em contraciclo com as rivais. A empresa de Elon Musk entregou mais de 241 mil veículos entre junho e setembro, o que representa um número recorde.
As grandes de tecnologia, como a Apple, o Facebook, a Microsoft, a Alphabet e a Amazon estõa a cair entre 0,2% e 0,9%.
Europa em leve queda com suspensão da Evergrande a causar novo susto
As ações europeias estão a cair pela terceira sessão consecutiva, ainda com o "efeito Evergrande" a ter repercussões no sentimento bolsista do "velho continente" - depois de setembro ter sido o pior mês em ano e meio para as bolsas em todo o mundo.
O Stoxx 600, índice que agrupa as 500 maiores empresas da Europa, está a cair 0,06% para os 452,65 pontos. A farmacêutica Merk (conhecida na Europa como MSD) está a disparar mais de 10%, reagindo ao anúncio de um medicamento experimental contra a covid-19, na sexta-feira.
Mas o impacto da gigante do imobiliário chinesa está a anular esta novidade, numa altura em que suas ações foram suspensas na bolsa de Hong Kong devido a uma possível oferta sobre uma subsidiária, agravando os receios de um colapso da empresa que vem arrastando os mercados nas últimas semanas.
"A negociação das ações do Grupo Evergrande na China será interrompida", disse a empresa à bolsa de valores do país, esclarecendo que se está a aguardar pela "divulgação, pela empresa, de um anúncio contendo informação privilegiada sobre uma grande transação".
As ações europeias estão agora 5% abaixo dos níveis máximos atingidos em agosto.
Esta semana, o calendário será menos atribulado e espera-se uma menor liquidez nos mercados de ações em todo o mundo devido ao encerramento da bolsa chinesa, que continuará inativa até quinta-feira graças à "semana dourada", do aniversário da República Popular da China.
Os investidores olham já para a próxima sexta-feira, altura em que será divulgado o relatório do emprego de setembro nos EUA, que será acompanhado de perto pelos membro do banco central do país (Fed).
Juros da Zona Euro sobem atentos a discursos de membros do BCE
Os juros da dívida soberana dos países europeus estão a subir na manhã desta segunda-feira, num dia que será marcado pelos discursos de vários membros do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco de Inglaterra.
Na Alemanha, que serve de referência para o bloco central, os juros estão a subir 0,6 pontos base para os -0,220%, enquanto que, mais a sul, a "yield" italiana com a mesma maturidade a dez anos está a escalar 3 pontos base para os 0,841%.
Por cá, os juros portugueses avançam à boleia do sentimento registado nos pares, com uma subida de 1,1 pontos base para os 0,330%.
Os discursos de Luis de Guindos, vice-presidente do BCE, e de Gabriel Makhlouf, governador do banco da Irlanda, serão acompanhados de perto pelos investidores que esperam sempre mais sinais sobre o plano de retirada de apoios.
As obrigações de França estão a negociar de forma estável, depois de a agência S&P ter reiterado um "rating" de AA com "outlook" estável para a nação gaulesa.
Euro ganha e ouro perde força. Moedas ligadas a "commodities" apreciam
A moeda única da União Europeia (UE) está a ganhar força ao rival dólar norte-americano, num dia em que as moedas ligadas à oscilação do preço das "commodities" estão a apreciar.
O euro ganha 0,05% para os 1,1602 dólares e o metal precioso está a cair 0,40% para os 0,40% para os 1.753,99 dólares por onça.
As moedas ligadas à variação das "commodities", como é o caso do dólar australiano, depois de o anúncio da produção de um medicamento contra a covid-19 por parte da farmacêutica Merk.
Petróleo perde fôlego em dia de encontro OPEP+
Os preços do petróleo estão a cair em dia de novo encontro mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os aliados conhecidos como OPEP+, depois de quatro semanas seguidas a ganhar força.
O Brent, negociado em Londres e que serve de referência para Portugal, perde 0,57% para os 78,83 dólares por barril e o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) encolhe 0,62% para os 75,62 dólares.
Hoje, o cartel petrolífero realiza a reunião mensal de fixação das quotas de produção e poderá fazer alterações, dado que alguns países membros têm estado com dificuldades em aumentar a produção na medida em que desejam. Ainda assim, a acontecerem, as mudanças deverão ser residuais.
O que significa que o grupo deverá continuar a injetar 400.000 barris diários, a cada mês, até setembro de 2022, altura em que se prevê que a produção desta matéria-prima regresse aos níveis pré-pandemia.
Futuros da Europa em leve alta apesar de quedas na Ásia e EUA
Os futuros das ações europeias estão a negociar em leve alta na pré-abertura de sessão desta segunda-feira, apontando para um início de semana com o "pé direito", apesar das quedas registadas durante a sessão asiática e nos futuros das ações norte-americanas.
Durante a madrugada em Lisboa, o "vermelho" pautou o ritmo da sessão asiática, com quedas registadas no Japão (-0,7%) e em Hong Kong (-2,1%). Esta semana, as bolsas chinesas estarão quase sempre fechadas, devido aos feriados da "golden week", voltando apenas na sexta-feira.
Os investidores continuam a tentar apalpar o ritmo da recuperação económica, enquanto permanecem atentos à situação com a chinesa Evergrande.
Esta semana, o foco estará no crescimento da economia dos EUA, com novos dados do emprego a serem divulgados na próxima sexta-feira. No mês de setembro, os mercados a nível global registaram o pior mês desde março de 2020, altura em que a pandemia da covid-19 se fez sentir nas bolsas em todo o mundo, graças aos receios em torno da inflação e à crise de energia.
Hoje, o cartel petrolífero da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os aliados conhecidos como OPEP+ realizam a reunião mensal de fixação das quotas de produção e poderão fazer alterações dado que alguns países membros têm estado com dificuldades em aumentar a produção na medida em que desejam.