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Europa prepara melhor mês de sempre e petróleo sobe pela quarta semana com euforia das vacinas
Acompanhe aqui os mercados ao minuto.
Europa prepara melhor mês de sempre
As principais praças europeias uniram-se no verde, confirmando uma tendência ascendente para o mês que poderá tornar-se aquele com a maior subida de que há registo.
O índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, o SToxx600, avançou 0,32% para os 392,90 pontos, rodeado das principais praças europeias, que superaram, na generalidade, esta fasquia.
O Stoxx600 conta a quarta semana consecutiva de ganhos, e prepara-se para fechar o mês com a maior subida de sempre, contrariando desta forma a tendência dos últimos dois meses: conta, para já, um salto de 15% em novembro.
Os setores do imobiliário e dos seguros ficaram para trás, enquanto as cotadas da energia e tecnologia se destacaram.
"As perspetivas de uma recuperação económica sólida na primeira metade de 2021 deverá impulsionar os ativos de risco até ao final de 2020 e na entrada de 2021", prevê o Commerzbank, citado pela Bloomberg.
Olhando às várias praças, apenas Londres notou uma subida ligeira, que não chegou ao 0,1%. O FTSE 100 chegou mesmo a cair, numa altura em que os investidores se estão a preparar para ajustamentos no índice, que incluem o aumento do peso da gigante Unilever.
Ouro a caminho de maior queda semanal em dois meses
O metal amarelo segue em baixa, rumo à queda semanal mais acentuada dos últimos dois meses, com as expectativas de uma vacina contra a covid-19 e de retoma do crescimento económico a diminuírem a procura por ativos considerados refúgio, como é o caso do ouro.
O ouro a pronto (spot) recua 1,67% para 1.780,30 dólares por onça no mercado londrino, tendo assim perfurado a barreira psicológica dos 1.800 pontos.
No mercado nova-iorquino (Comex), os futuros do ouro também cedem 1,67%, para 1.775,30 dólares por onça.
As vacinas promissoras e a transição de poder para Biden nos EUA retiraram alguma incerteza aos mercados, com os investidores a revelarem um maior apetite pelo risco, como as ações – pelo que o ouro, com o seu estatuto de valor-refúgio, não está a ser tão procurado.
"A quebra do nível de suporte dos 1.850 dólares prejudicou a tendência de médio prazo para o ouro, abrindo espaço para novas correções. Notícias positivas sobre as vacinas da Covid-19 levaram os investidores a apostar em ativos mais arriscados, reduzindo temporariamente a sua exposição ao ouro", sublinha Carlos Alberto de Casa, analista-chefe da ActivTrades, na sua análise diária.
Petróleo sobe há quatro semanas consecutivas
As cotações do "ouro negro" estão a negociar com uma tendência mista nos principais mercados internacionais. Ainda assim, o saldo semanal é positivo – pela quarta semana seguida.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em janeiro cede 1,14% para 45,19 dólares por barril.
Já o contrato de janeiro do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,25% para 47,92 dólares.
Os investidores estão na expectativa da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) na segunda-feira e do encontro no dia seguinte entre os 13 membros do cartel e os seus 10 aliados – o chamado grupo OPEP+ –, de onde poderá sair a decisão de estender, pelo menos por mais três meses, os atuais níveis de corte da produção.
A OPEP+ acordou reduzir a oferta em 7,7 milhões de barris por dia entre agosto e dezembro, para depois flexibilizar esse corte em cerca de dois milhões de barris diários a partir de janeiro de 2021. Mas poderá então adiar essa entrada de mais crude no mercado e manter durante mais tempo o atual nível de retirada de crude do mercado.
Juros portugueses a 10 anos aliviam de mínimos mas continuam perto de 0%
Os juros da dívida portuguesa com prazo a 10 anos inverteram face à tendência de descida e estão agora a negociar em alta, ajustando face ao mínimo histórico ontem registado de -0,001%, embora se mantenham em níveis muito próximos de 0%.
A "yield" relativa às obrigações lusas a 10 anos sobe 0,8 pontos base para 0,011%, a primeira subida em três sessões. Também a taxa de juro correspondente aos títulos espanhóis com a mesma maturidade cresce 1,2 pontos base para 0,059%, isto depois de esta manhã ter chegado a cair para o valor mais baixo desde agosto do ano passado.
O mesmo para a taxa de juro considerada de referência para a Zona Euro, com a "yield" associada às obrigações alemãs com prazo a 10 anos a agravar-se 0,5 pontos base para -0,585%.
Em sentido oposto volta a negociar a taxa de juro exigida pelos investidores para adquirirem dívida italiana nos mercados secundários, com a "yield" transalpina a 10 anos a recuar 0,2 pontos base para 0,597% na segunda descida seguida. Esta sexta-feira, a taxa de juro a 10 anos caiu mesmo para o valor mais baixo de sempre (0,589%).
Euro em máximos de 1 de setembro contra o dólar
A moeda única europeia está a apreciar 0,27% para 1,1945 dólares, pelo que está a transacionar em máximos de 1 de setembro contra o dólar. Por sua vez, o dólar negoceia em mínimos de 1 de setembro face a um cabaz que inclui as principais moedas internacionais. Trata-se da quarta sessão consecutiva em que o dólar não toca terreno positivo.
A depreciação do dólar decorre sobretudo da aposta dos investidores na aquisição de títulos de dívida pública, razão pela qual, por exemplo, os juros das dívidas mantenham uma tendência de descida ao longo dos últimos dias.
Wall Street sobe em sessão mais curta, com índice do medo em mínimos de fevereiro
Depois de ontem terem estado encerradas para celebração do Dia de Ação de Graças, as bolsas norte-americanas regressaram hoje à negociação, abrindo no verde.
O Dow Jones segue a somar 0,28%, para os 29.955,03 pontos, depois de terça-feira ter tocado nos 30.116,51 pontos – nível nunca antes atingido.
Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 ganha 0,26% para 3.639,12 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite avança 0,77% para 12.187,63 pontos, naquele que é um novo máximo histórico.
Neste dia conhecido como Black Friday, marcado por fortes descontos por parte das retalhistas um pouco por todo o mundo, as bolsas norte-americanas encerram mais cedo. Assim, a sessão bolsista será mais curta do outro lado do Atlântico, com as praças em Wall Street a fecharem às 13:00 (18:00 de Lisboa).
As bolsas estão a ganhar terreno, numa semana em que as novas vacinas promissoras contra a covid-19 e o início do processo de transição do poder para o presidente eleito Joe Biden melhoraram o apetite dos investidores pelo risco.
Donald Trump recuou ontem e não parece disposto a entregar sem luta as chaves da Casa Branca, mas disse que respeitará a decisão se o colégio eleitoral votar a favor de Biden, o que animou os intervenientes de mercado.
Os três índices estão a caminho de ganhos semanais robustos e a expectativa de boas vendas online na Black Friday está a reforçar este cenário.
A provar que no sentimento de mercado reina o otimismo está a evolução de hoje do índice de volatilidade (VIX), também conhecido como índice do medo, que está abaixo dos 20 pontos pela primeira vez desde fevereiro.
O VIX recua perto de 7% para 19,78 pontos.
Bolsas europeias estabilizam em terreno positivo
As bolsas europeia negoceiam em terreno positivo na última sessão desta semana, isto depois de uma abertura em que as principais praças do velho continente negociaram sem rumo definido e alternando entre ganhos e perdas, como no caso do índice lisboeta PSI-20.
Isto acontece numa fase em que os investidores demonstram alguma precaução quanto à evolução dos mercados depois dos ganhos acumulados nas últimas semanas, sobretudo devido ao otimismo decorrente do desenvolvimento de vacinas contra a covid-19.
Os investidores pesam as recentes valorizações bolsistas face ao agravar da situação pandémica na Europa e também nos Estados Unidos, circunstância que pode acentuar os efeitos recessivos da crise da covid-19.
O índice de referência europeu Stox600 soma ténues 0,04% para 391,80 pontos depois de dois dias no vermelho, com o setor da banca a impulsionar e os setores dos media e do imobiliário a impedirem uma subida mais consistente.
Apesar da subida da generalidade dos congéneres europeus, e com uma desvalorização próxima de 11%, o banco Sabadell é a cotada com pior registo depois de as negociações para uma fusão com o BBVA terem fracassado.
Já o PSI-20 avança 0,37% para 4.624,14 pontos, isto depois de ontem ter transacionado em máximos de 5 de junho. A Mota-Engil está a impulsionar ao disparar 10% para 1,648 euros e assim negociar em máximos de 31 de agosto depois da notícia de que a chinesa CCCC vai comprar uma participação 23% na cotada portuguesa por 169,4 milhões de euros.
Em Wall Street, a sessão de hoje será mais curta depois de ontem terem feito uma pausa para comemoração do Dia de Ação de Graças. A sessão bolsista será mais curta com as praças norte-americanas a fecharem às 13:00 (18:00 de Lisboa).
Tensão na OPEP+ pressiona petróleo
As cotações do petróleo estão a aprofundar a tendência negativa da véspera devido aos sinais mais fortes de divisões entre os membros da OPEP+ sobre os níveis de produção a adotar na importante reunião que vai ter lugar no início da próxima semana.
Os analistas estimam que o cartel e países produtores aliados optem por adiar um potencial aumento de produção por três meses, avançando só em março com níveis de produção mais elevados numa altura em que a procura já estará mais robusta. Contudo, países como os Emirados Árabes Unidos e o Iraque pretendem avançar já com um aumento de quotas.
O WTI em Nova Iorque desvaloriza 2,3% para 44,66 dólares e o Brent em Londres cede 0,73% para 47,45 euros. Ainda assim o Brent caminha para a quarta semana seguida de ganhos.
Juros da dívida portuguesa a 10 anos continuam no limiar dos 0%
Os juros das dívidas públicas mantêm a tendência de alívio na área da moeda única. E a taxa de juro relativa à dívida portuguesa a 10 anos continua a transacionar colada aos 0%.
A "yield" lusa a 10 anos recua 0,3 pontos base para 0,001%, a terceira descida consecutiva depois de ontem ter atingido um novo mínimo histórico abaixo de 0% ao tocar nos -0,001%. Isto significa que os investidores estão a pagar para adquirir dívida portuguesa no mercado secundário.
Esta tendência observa-se também na negociação dos títulos soberanos com maturidade a 10 anos da Espanha e da Itália, que caem respetivamente 0,4 e 0,3 pontos base para 0,043% e 0,596%.
Em sentido inverso está a negociar a taxa de juro correspondente às obrigações alemãs a 10 anos, que se agrava 0,3 pontos base para -0,587%.
Vacinas põem ouro a caminho de pior ciclo semanal desde junho
A acumulação de notícias positivas quanto ao desenvolvimento de vacinas contra a covid-19 permite reforçar a confiança dos investidores quanto à recuperação da economia global, o que se reflete na menor aposta em ativos de refúgio como é o caso do ouro.
O metal precioso recua 0,44% para 1.807,74 dólares por onça e encaminha-se para registar a terceira semana consecutiva com saldo acumulado negativo, o pior ciclo de perdas desde junho.
Também a prata está a ser penalizada pelo menor foco dos investidores em ativos considerados mais seguros, estando nesta altura a depreciar 0,76%.
Dólar recua com subida das obrigações de dívida
O dólar segue em queda nos mercados cambiais e não valoriza há quatro sessões face a um cabaz composto pelas principais moedas mundiais. A divisa norte-americana está a ser penalizada pela aposta dos investidores na aquisição de títulos de dívida pública.
Já o euro soma 0,08% para 1,1923 dólares.
PSI-20 desce pelo segundo dia
O PSI-20 abriu a cair 0,31% para 4.593,16 pontos, com oito cotadas em queda, seis em alta e uma sem variação. Esta é a segunda sessão negativa para o índice português, numa altura em que as praças europeias transacionam ainda sem um rumo definido.
À semelhança de ontem, a pressionar o PSI-20 estão as ações que mais ganharam do período recente de fortes subidas motivadas pelos avanços das vacinas contra a covid-19.
A Galp Energia desvaloriza 1,37% para 9,37 euros numa sessão em que o petróleo volt a negociar em terreno negativo, com o WTI a descer mais de 2% em Nova Iorque. Já o BCP cede 1,52% para 0,1170 euros, penalizado também pelo falhanço das negociações para uma fusão entre o Sabadell e o BBVA em Espanha.
Ainda a pressionar o PSI-20 estão as ações da EDP (-0,22% para 4,52 euros) e das cotadas do setor do papel (a Navigator desce 1,28% para 2,46 euros e a Altri recua 0,58% para 4,424 euros).
Em sentido inverso está a Jerónimo Martins (+0,18% para 14,15 euros), depois de ter anunciado que vai pagar o dividendo de 13,8 cêntimos a partir de 16 de dezembro.
A maior subida é protagonizada pela Mota-Engil, que soma 2,4% para 1,534 euros depois de ter anuciado que ganhou um contrato de 125 milhões de euros no Peru.
Cautela dos investidores deixa futuros na linha de água
Os futuros acionista seguem em alta ligeira na Europa e em queda simétrica nos Estados Unidos. Os futuros do Stoxx50 sobem 0,1% e os do S&P 500 descem 0,1%.
Na Ásia predominou o otimismo, com o Hang Seng de Honk Kong a somar 0,6% e o nipónico Topix ganhou 0,5%, sendo que a bolsa australiana recuou 0,5%.
Esta sexta-feira os mercados acionistas transacionam sem rumo definido numa fase em que depois dos fortes ganhos acumulados nas últimas semanas, os investidores tentam perceber se essa tendência tem sustentação para continuar.
É que apesar do maior otimismo decorrente do desenvolvimento de vacinas contra a covid-19, a situação pandémica continua a agravar-se em várias partes do globo, com a Europa à cabeça.
Por outro lado, foram divulgados novos indicadores na China que mostram que os lucros das empresas do setor industrial avançaram em outubro ao ritmo mensal mais rápido em quase nove anos.